EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

A RESSURREIÇÃO DO CORPO


A ressurreição do corpo é um doutrina fundamental das Escrituras. Refere-se ao ato de Deus, de ressuscitar dentre os mortos o corpo do salvo e reuni-lo à sua alma e espírito, dos quais esse corpo esteve separado entre a morte e a ressurreição.

(1) A Bíblia revela pelo menos três razões porque a ressurreição do corpo é necessária.
(a) O corpo é parte essencial da total personalidade do homem; o ser humano é incompleto sem o corpo. Por conseguinte, a redenção que Cristo oferece abrange a pessoa total, inclusive o corpo (Rm 8.18-25).

(b) O corpo é o templo do Espírito Santo (6.19); na ressurreição, ele voltará a ser templo do Espírito.

(c) Para desfazer o resultado do pecado em todas as áreas, o derradeiro inimigo do homem (a morte do corpo) deve ser aniquilado pela ressurreição (15.26).

(2) Tanto as Escrituras do AT (cf. Hb 11.17-19; com Gn 22.1-4; Sl 16.10 com At 2.24ss; Jó 19.25-27; Is 26.19; Dn 12.2; Os 13.14), como as Escrituras do NT (Lc 14.13,14; 20.35,36; Jo 5.21,28,29; 6.39,40,44,54; 1 Co 15.22,23; Fp 3.11; 1 Ts 4.14-16; Ap 20.4-6,13) ensinam a ressurreição futura do corpo.

(3) Nossa ressurreição corporal está garantida pela ressurreição de Cristo (ver Mt 28.6 nota; At 17.31; 1 Co 15.12,20-23).

(4) Em termos gerais, o corpo ressurreto do crente será semelhante ao corpo ressurreto de Nosso Senhor (Rm 8.29, 1 Co 15.20,42-44,49; Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2). Mais especificamente, o corpo ressurreto será:
(a) um corpo que terá continuidade e identidade com o corpo atual e que, portanto, será reconhecível (Lc 16.19-31);
(b) um corpo transformado em corpo celestial, apropriado para o novo céu e a nova terra (15.42-44,47,48; Ap 21.1);
(c) um corpo imperecível, não sujeito à deterioração e à morte (15.42);
(d) um corpo glorificado, como o de Cristo (15.43; Fp 3.20,21);
(e) um corpo poderoso, não sujeito às enfermidades, nem à fraqueza (15.43);
(f) um corpo espiritual (i.e., não natural, mas sobrenatural), não limitado pelas leis da natureza (Lc 24.31; Jo 20.19; 1 Co 15.44);
(g) um corpo capaz de comer e beber (Lc 14.15; 22.16-18,30; 24.43; At 10.41).

(5) Quando os crentes receberem seu novo corpo se revestirão da imortalidade (15.53). As Escrituras indicam pelo menos três propósitos nisso:
(a) para que os crentes venham a ser tudo quanto Deus pretendeu para o ser humano, quando o criou (cf 2.9);
(b) para que os crentes venham a conhecer a Deus de modo completo, conforme Ele quer que eles o conheçam (Jo 17.3);
(c) a fim de que Deus expresse o seu amor aos seus filhos, conforme Ele deseja (Jo 3.16; Ef 2.7; 1 Jo 4.8-16).

(6) Os fiéis que estiverem vivos na volta de Cristo, para buscar os seus, experimentarão a mesma transformação dos que morreram em Cristo antes do dia da ressurreição deles (15.51-54). Receberão novos corpos, idênticos aos dos ressurretos nesse momento da volta de Cristo. Nunca mais experimentarão a morte física.

(7) Jesus fala de uma ressurreição da vida, para o crente, e de uma ressurreição de juízo, para o ímpio (Jo 5.28,29).

Glória a Deus. Aleluias!
Deus em Cristo Jesus te abençoa.

TRÊS CLASSES DE PESSOAS


DIVISÃO BÁSICA DA RAÇA HUMANA
As Escrituras dividem todos os seres humanos em geral, em duas classes.

(1) O homem/mulher natural (gr. psuchikos, 2.14), denotado a pessoa irregenerada por seus próprios instintos naturais (2 Pe 2.12). Tal pessoa não tem o Espírito Santo (Rm 8.9), está sob o domínio de Satanás (At 26.18) e é escravo da carne com suas paixões (Ef 2.3). Pertence ao mundo, está em harmonia com ele (Tg 4.4) e rejeita as coisas do Espírito (2.14). A pessoa natural não consegue compreender a Deus, nem os seus caminhos; pelo contrário, depende do raciocínio ou emoções humanas.

(2) O homem/mulher espiritual (gr. pneumatikos, 2.15; 3.1) denota a pessoa regenerada, i.e., que tem o Espírito Santo. Essa pessoa tem mentalidade espiritual, conhece os pensamentos de Deus (2.11-13) e vive pelo Espírito de Deus (Rm 8.4-17; Gl 5.16-26). Tal pessoa crê em Jesus Cristo, esforça-se para seguir a orientação do Espírito que nela habita e resiste aos desejos sensuais e ao domínio do pecado (Rm 8.13,14).

COMO TORNAR-SE UM CRENTE ESPIRITUAL?
Aceitando pela fé a salvação em Cristo, a pessoa é regenerada; o Espírito Santo lhe confere uma nova natureza mediante a concessão da vida divina (2 Pe 1.4). Essa pessoa nasce de novo (Jo 3.3,5,7), é renovada (Rm 12.2), torna-se nova criatura (2 Co 5.17) e obtém a justiça de Deus mediante a fé em Cristo (Fp 3.9).
(veja o estudo A REGENERAÇÃO)

UMA DISTINÇÃO ENTRE OS CRENTES

Embora o crente nascido de novo receba a nova vida do Espírito, ele tem residente em si a natureza pecaminosa, com suas perversas inclinações (Gl 5.16-21). A natureza pecaminosa que no crente existe, não pode ser mudada em boa; precisa ser mortificada e vencida pelo poder e graça do Espírito Santo (Rm 8.13). O crente obtém tal vitória negando-se a si mesmo diariamente (Mt 16.24; Rm 8.13; Tt 2.11,12), deixando todo intendimento ou pecado  (Hb 12.1), e resistindo a todas as inclinações pecaminosas(Rm 13.14; Gl 5.16; 1 Pe 2.11). Pelo poder do Espírito Santo, o próprio crente guerreia contra a natureza pecaminosa e diariamente a crucifica (Gl 5.16-18,24; Rm 8.13,14) e a mortifica (Cl 3.5). Pela abnegação e submissão do poder da sus natureza pecaminosa e vive como um crente espiritual (Rm 6.13; Gl 5.16).

Nem todo crente se esforça como devia para vencer plenamente sua natureza pecaminosa. Ao escrever aos coríntios, Paulo mostra (3.1,3) que alguns deles viviam como carnais (gr. sarkikos), i.e., ao invés de resistirem com firmeza às inclinações da sua natureza pecaminosa, entregava-se a algumas delas. Embora não vivessem em contínua desobediência, estavam em parceria com o mundo, a carne e o diabo em certas áreas das suas vidas, e mesmo assim querendo permanecer como povo de Deus (10.21; 2 Co 6.14-18; 11.3; 13.5).

(1) A FIGURA DO CRENTE CARNAL 

Embora os crentes de corinto não vivessem em total carnalidade e rebeldia, nem praticassem grave imoralidade e iniquidade, que os separaria do reino de Deus (ver 6.9-11; cf. Gl 5.21; Ef 5.5), estavam vivendo de tal maneira que já não cresciam na graça, e agiam como recém-convertidos, sem divisar o pleno alcance da salvação em Cristo (13.1,2). A carnalidade deles era vista na "inveja e contendas" (3.3). Não se afligiam com a imoralidade dentro da igreja (5.1-13; 6.13-20). Não levavam a sério a Palavra de Deus, nem o ministro do Senhor (4.18,19). Moviam ação judicial, irmãos contra irmãos, por razões triviais (6.6-8). Observe-se que aos crentes coríntios que estavam vivendo em imoralidade sexual ou pecados semelhantes, Paulo os têm como excluídos da salvação em Cristo (5.1,9-11; 6.9,10).

(2) PERIGOS PARA OS CRISTÃOS CARNAIS

Os cristãos carnais de corinto corriam o perigo de se desviarem da pura e sincera devoção a Cristo (2 Co 11.3) e de conformarem cada vez mais com o mundo (cf. 2 Co 6.14-18). Caso isso continuasse, seriam castigados e julgados pelo Senhor, e se continuassem a viver segundo o mundo, acabariam sendo excluídos do reino de Deus (6.9,10; 11.31,32). Realmente, alguns deles já estavam mortos espiritualmente, por viverem em pecados que levavam a isso (ver 1 Jo 3.15 nota; 5.17 nota; cf. Rm 8.13; 1 Co 5.5; 2 Co 12.21; 13.5).

(3) ADVERTÊNCIAS AOS CRISTÃOS CARNAIS

(a) Se um crente carnal não tomar a resolução de se purificar de tudo quanto desagrada a Deus (Rm 6.14-16; 1 Co 6.9,10; 2 Co 11.3; Gl 6.7,-9; Tg 1.12-16), ele corre o risco de abandonar a fé.

(b) Devem tomar como exemplo o fato trágico dos filhos de Israel, que foram destruídos por Deus por causa de seus pecados (10.5-12).

(c) Devem entender que é impossível participar das coisas do Senhor e das coisas de Satanás ao mesmo tempo (Mt 6.24; 1 Co 10.21).

(d) Devem separar-se completamente do mundo (2 Co 6.14-18) e se purificar de tudo quanto contamina o corpo e o espírito, aperfeiçoando a sua santificação no temor do Senhor (2 Co 7.1).

DEUS TE ABENÇOA EM CRISTO JESUS.