EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sábado, 15 de abril de 2017

A PÁSCOA

OS VOSSOS LOMBOS CINGIDOS, OS VOSSOS SAPATOS NOS PÉS. Esta linguagem figurativa indica a necessidade de obediência irrestrita e imediata da parte do povo de Deus.

CONTEXTO HISTÓRICO

Desde que Israel partiu do Egito em cerca de 1445 a.C., o povo hebreu (posteriormente chamado "judeus") celebra a Páscoa todos os anos, na primavera (em data aproximada da sexta-feira santa).
Depois de os descendente de Abraão, Isaque e Jacó passarem mais de quatrocentos anos de servidão no Egito, Deus decidiu libertá-los da escravidão. Suscitou Moisés e o designou como o líder do Êxodo (3 - 4). Em obediência ao chamado de Deus, Moisés compareceu perante Faraó e lhe transmitiu a ordem divina: "Deixa ir o meu povo." Para conscientizar Faraó da seriedade dessa mensagem da parte do Senhor, Moisés, mediante o poder de Deus, invocou pragas como julgamentos contra o Egito. No decorrer de várias dessas pragas, Faraó concordava em deixar o povo ir, mas, a seguir, voltava atrás, uma vez a praga sustada. Soou a hora da décima e derradeira praga, aquela que não deixaria aos egípcios nenhuma outra alternativa senão a de lançar fora os israelitas. Deus mandou um anjo destruidor através da terra do Egito para eliminar "todo primogênito... desde os homens até aos animais" (12.12).

Visto que os israelitas também habitavam no Egito, como poderiam escapar do anjo destruidor? O Senhor emitiu uma ordem específica ao seu povo; a obediência a essa ordem traria a proteção divina a cada família dos hebreus, com  seus respectivos primogênitos. Cada família tinha de tomar um cordeiro macho de um ano de idade, sem defeito e sacrificá-lo ao entardecer do dia quatorze do mês de Abibe; famílias menores podiam repartir um único cordeiro entre si (12.4) Parte do sangue do cordeiro sacrificado, os israelitas deviam aspergir nas duas ombreiras e na verga da porta de cada casa. Quando o destruidor passasse por aquela terra, ele passaria por cima daquelas casas que tivessem o sangue aspergido sobre elas (daí o termo Páscoa, do hb. pesah, que significa "pular além da marca", "passar por cima", ou "poupar"). Assim, pelo sangue do cordeiro morto, os israelitas foram protegidos da condenação da morte executada contra todos os primogênitos egípcios. Deus ordenou o sinal do sangue, não porque queria ensinar ao seu povo a importância da obediência e da redenção pelo sangue, preparando-o para o advento do "Cordeiro de Deus," que séculos mais tarde tiraria o pecado do mundo (Jo 1.29).

Naquela noite específica, os israelitas deviam estar vestidos e preparados para viajar (12.11). A ordem recebida era para assar o cordeiro e não fervê-lo, e preparar ervas amargas e pães sem fermento. Ao anoitecer, portanto, estariam prontos para a refeição ordenada e para partir apressadamente, momento em que os egípcios iam se aproximar e rogar que deixassem o país. Tudo aconteceu conforme o Senhor dissera (12.29-36).

A PÁSCOA NA HISTÓRIA ISRAELITA

A partir daquele momento da história, o povo de Deus ia celebrar a Páscoa toda primavera, obedecendo as instruções divinas de que aquela celebração seria "estatuto perpétuo" (12.14). Era, porém, um sacrifício eficaz. Antes da construção do templo, em cada Páscoa os israelitas reuniam-se segundo suas famílias, sacrificavam um cordeiro, retiravam todo fermento de suas casas e comiam ervas amargas. Mais importante: recontavam a história de como seus ancestrais experimentaram o êxodo milagroso na terra do Egito e sua libertação da escravidão ao Faraó. Assim, de geração em geração, o povo hebreu relembrava a redenção divina e seu livramento do Egito (ver 12.26 nota). Uma vez construído o templo, Deus ordenou que a celebração da Páscoa e o sacrifício do cordeiro fossem realizados em Jerusalém (Dt 16.1-6). O AT registra várias ocasiões em que uma Páscoa especialmente relevante foi celebrada na cidade santa (2 Cr 30.1-20; 35.1-19; 2 Rs 23.21-23; Ed 6.19-22).

Nos tempos do NT, os judeus observavam a Páscoa da mesma maneira. O único incidente na vida de Jesus como menino, que as Escrituras registram, foi quando seus pais o levaram a Jerusalém, aos doze anos de idade, para a celebração da Páscoa (Lc 2.41-50). Posteriormente, Jesus ia a cada ano a Jerusalém para participar da Páscoa (Jo 2.13). A última Ceia que Jesus participou com os seus discípulos em Jerusalém, pouco antes da cruz, foi uma refeição da Páscoa (Mt 26.1,2,17-29). O próprio Jesus foi crucificado na Pascoa, como o cordeiro pascoal (cf. 1 Co 5.7) que liberta do pecado e da morte todos aqueles que nEle creem.

Os judeus hoje continuam celebrando a Páscoa, embora seu modo de celebrá-la tenha mudado um pouco. Posto que já não há em Jerusalém um templo para se sacrificar o cordeiro em obediência a Dt 16.1-6, a festa judaica contemporânea (chamada Seder) já não é celebrada com o cordeiro assado. Mas as famílias ainda se reúnem para a solenidade. Retiram-se cerimonialmente das casas judaicas, e o pai da família narra toda a história do Êxodo.

A PÁSCOA E JESUS CRISTO
Para os cristãos, a Páscoa contém rico simbolismo profético a falar de Jesus Cristo. O NT ensina explicitamente que as festas judaicas "são sombras das coisas futuras" (Cl 2.16,17; Hb 10.1), i.e., a redação pelo sangue de Jesus Cristo. Note os seguintes itens em Êxodo 12, que nos fazem lembrar do nosso Salvador e do seu propósito para conosco.

(1)- O âmago do evento da Páscoa era a graça salvadora de Deus. Deus tirou os israelitas do Egito, não porque eles eram um povo merecedor, mas porque Ele os amou e porque Ele era fiel ao seu concerto (Dt 7.7-10). Semelhantemente, a salvação que recebemos de Cristo nos vem através da maravilhosa graça de Deus (Ef 2.8-10; Tt 3.4,5).
(2)- O propósito do sangue aplicado às vergas das portas era salvar da morte o filho primogênito de cada família; esse fato prenuncia o derramamento do sangue de Cristo na cruz a fim de nos salvar da morte e da ira de Deus contra o pecado (12.13,23,27; Hb 9.22).

(3)- O cordeiro pascoal era um "sacrifício" (12.27) a servi de substituto do primogênito; isto prenuncia a morte de Cristo em substituição à morte do crente (ver Rm 3.25 nota). Paulo expressamente chama Cristo nosso Cordeiro da Pascoa, que foi sacrificado por nós (1 Co 5.7).

(4)- O cordeiro macho separado para morte tinha de ser "sem mácula" (12.5); esse fato prefigura a impecabilidade de Cristo, o perfeito Filho de Deus (Jo 8.46; Hb 4.15).

(5)- Alimentar-se do cordeiro representava a identificação da comunidade israelita com a morte do cordeiro, morte esta que os salvou da morte física (1 Co 10.16,17; 11.24-26). Assim como no caso da Páscoa, somente o sacrifício inicial, a morte dEle na cruz, foi um sacrifício eficaz. Realizamos em continuação a Ceia do Senhor como um memorial, "em memória" dEle (1 Co 11.24).

(6)- A aspersão do sangue nas vergas das portas era efetuada com fé obediente (12.28; Hb 11.28); essa obediência pela fé resultou, então, em redenção mediante o sangue (12.7,13). A salvação mediante o sangue de Cristo se obtém somente através da "obediência da fé" (Rm 1.5; 16.26).

(7)- O cordeiro da Páscoa devia ser comido juntamente com pães asmos (12.8). Uma vez que na Bíblia o fermento normalmente simboliza o pecado e a corrupção (ver 13.7 nota; Mt 16.6 nota; Mc 8.15 nota), esses pães asmos representavam a separação entre os israelitas redimidos e o Egito, i.e., o mundo e o pecado (ver 12.15 nota). Semelhantemente, o povo redimido por Deus é chamado para separar-se do mundo pecaminoso e dedicar-se exclusivamente a Deus (ver os estudos A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE, e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO).

DEUS EM CRISTO JESUS VOS ABENÇOE. 

sexta-feira, 14 de abril de 2017

O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ

E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mando, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Gn 26.3-5

A NATUREZA DO CONCERTO
A Bíblia descreve o relacionamento entre Deus e seu povo em termos de "pacto" ou "concerto". Esta palavra aparece pela primeira vez em 6.18 e prossegue até o NT, onde Deus fez um novo concerto com a raça humana mediante Jesus Cristo (ver estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO). Quando compreendemos o concerto entre Deus e os patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó), aprendemos a respeito de como Deus quer que vivamos em nosso relacionamento pactual com Ele.
(1)- O nome especial de Deus, em relação ao concerto, conforme a revelação bíblica, é Jeová (traduzido "SENHOR"; ver 2.4 nota). Inerente neste nome pactual está a benignidade de Deus, sua solicitude redentora pela raça humana, sua contínua presença entre o seu povo, seu propósito de estar em comunhão com os seus e de ser o seu Senhor.
(2)- A divina e fundamental promessa do concerto é a seguinte: "...para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti" (ver 17.7 nota). Desta promessa dependem todas as demais integrantes do concerto. Significa que Deus se compromete firmemente com o seu povo fiel a ser o seu Deus, e que por amor, Ele lhe concede graça, proteção, bondade e bênção (Jr 11.4; 24.7; 30.22; 32.38; Ez 11.20; Zc 8.8).
(3)- O alvo supremo do concerto entre Deus e a raça humana era salvar não somente uma nação (Israel), mas a totalidade da raça humana. No caso de Abraão, Deus já lhe prometera que nele "todas as nações da terra" seriam benditas (12.3; 18.18; 22.18; 26.4). Deus estendeu sua graça pactual à nação de Israel a fim de que esta fosse "para luz dos gentios" (Is 49.6; cf. 42.6). Isso cumpriu-se mediante a vinda do Senhor Jesus Cristo como Redentor, quando, então, os cristãos começaram a levar a mensagem do evangelho por todo mundo (Lc 2.32; At 13.46,47; Gl 3.8-14).
(4)- Nos diversos concertos que Deus fez com o ser humano através das Escrituras, há dois princípios atuantes: (a) era somente Deus quem estabelecia as promessas e condições do seu concerto, e (b) cabia ao ser humano aceitar por fé obediente essas promessas e condições. Em certos casos, Deus estabeleceu com muita antecipação as promessas e as responsabilidades de ambas as partes (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS); em tempo algum, porém, o povo conseguiu, junto a Deus, alterar as condições dos concertos para beneficiar-se.
O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO
(1)- Deus, ao estabelecer comunhão com Abraão, mediante o concerto (cap. 15), fez-lhe claramente várias promessas: Deus como escudo e recompensa de Abraão, (15.1), descendência numerosa (15.5) e a terra de Canaã como sua herança (15.7; ver 15.6 nota; 17.8 nota; cf.12.1-3; ver o estudo A CHAMADA DE ABRAÃO).
(2)- Deus conclamou Abraão a corresponder a essas promessas por fé, aceitá-las, e confiar nEle como seu Senhor. Por Abraão assim fazer, Deus o aceitou como justo (15.6) e foi confirmado mediante comunhão pessoal com Ele.
(3)- Não somente Abraão precisou, de início, expressar sua fé para a efetuação do concerto, como também Deus requereu que, para a continuação das bênçãos do referido concerto, Abraão devia, de coração, agradar a Deus, através de uma vida de obediência. (a) Deus requereu que Abraão andasse na sua presença e que fosse "perfeito" (ver 17.1 nota). Noutras palavras, se a sua fé não fosse acompanhada de obediência (Rm 1.5), ele estaria inabilitado para participar dos eternos propósitos de Deus. (b) Num caso especial, Deus provou a fé de Abraão ao ordenar-lhe que sacrificasse seu próprio filho, Isaque (22.1,2). Abraão foi aprovado no teste e, por conseguinte, Deus prometeu que o seu pacto com ele (Abraão) ia continuar (ver 22.18 nota). (c) Deus informou diretamente a Isaque que as bênçãos continuariam imutáveis e que seria transferida para ele porque Abraão foi obediente e guardou os seus mandamentos (26.4,5).
(4)- Deus ordenou diretamente a Abraão e aos seus descendentes que circuncidassem cada menino nascido na sua família (17.9-13). O Senhor determinou que cada criança do sexo masculino não circuncidada fosse excluída do seu povo (17.14) por violação do concerto. Noutras palavras, a desobediência a Deus levaria à perda das bênçãos do concerto.
(5)- O concerto entre Deus e Abraão foi chamado um "concerto perpétuo" (17.7). A intenção de Deus era que o concerto fosse um compromisso permanente. Era, no entanto, passível de ser violado pelos descendentes de Abraão, e assim acontecendo, Deus não teria de cumprir as suas promessas. Por exemplo, a promessa que a terra de Canaã seria uma possessão perpétua de Abraão e seus descendentes (17.8) foi quebrada pela apostasia de Israel e pela infidelidade de Judá e sua desobediência à lei de Deus (Is 24.5; Jr 31.32); Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2 Rs 17), enquanto que Judá foi posteriormente levado para o cativeiro em Babilônia (2 Rs 25.2; 2 Cr 36; Jr 11.1-17; Ez 17.16-21).
O CONCERTO DE DEUS COM ISAQUE
(1)- Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão (17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai Abraão: ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: "Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente" (26.24). 
(2)- Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos (25.20,26). Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse (25.21). Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face (ver 25.21 nota).
(3)- Isaque também tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: "...confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai" (26.3; ver 26.5 nota).
O CONCERTO DE DEUS COM JACÓ
(1)- Isaque e Rebeca tinham dois filhos: Esaú e Jacó. Era de se esperar que as bênção do concerto fossem transferidas ao primogênito, i,e., Esaú. Deus, porém, revelou a Rebeca que seu gêmeo mais velho serviria ao mais novo, e o próprio Esaú veio a desprezar a sua primogenitura (ver 25.31 nota). Além disso ele ignorou os padrões justos dos seus pais, ao casar-se com duas mulheres que não seguiam ao Deus verdadeiro. Em suma:Esaú não demonstrou qualquer interesse pelas bênçãos do concerto de Deus. Daí, Jacó, que realmente aspirava às bênçãos espirituais futuras, recebeu as promessas no lugar de Esaú (28.13-15).
(2)- Como no caso de Abraão e de Isaque, o concerto com Jacó requeria "a obediência da fé" (Rm 1.5) para a sua perenidade. Durante boa parte da sua vida, esse patriarca serviu-se da sua própria habilidade e destreza para sobreviver e progredir. Mas foi somente quando Jacó, finalmente, obedeceu ao mandamento e à vontade do Senhor (31.13), no sentido de sair de Herã e voltar à terra prometida de Canaã e, mais expressamente, de ir a Betel (35.1-7), que Deus renovou com ele as promessas do concerto feito com Abraão (35.9-13); Para mais a respeito do concerto, ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).

O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém! 2 Tm 4.22

quinta-feira, 13 de abril de 2017

SENHOR MEU, E DEUS MEU


SENHOR MEU, E DEUS MEU

As Escrituras declaram que Jesus é Deus. Este é o alicerce da fé cristã e da máxima importância para a nossa salvação. Se Cristo não fosse Deus, não poderia ter feito a expiação pelos pecados do mundo. A divindade de Jesus Cristo é demonstrada pelos seguintes fatos:

(1)- Os nomes divinos são atribuídos a Ele, nas Escrituras: (a) Deus (Jo 20.28; Hb 1.8; Rm 9.5; Tt 2.13; Is 9.6); (b) o Filho de Deus (5.25; Mt 1616,17; 8.29; 27.40,43; Mc 14.61,62; Lc 22.70; (c) o Primeiro e o Último (Ap 1.17; Is 41.4); (d) o Santo (At 3.14; Os 11.9); (e) o Senhor (At 9.17; Lc 2.11; At 4.33; 16.31); (f) Senhor de todos e Senhor da glória (At 10.36; 1 Co 2.8; Sl 24.8-10).

(2)- Culto divino é prestado a Cristo (5.23;13.13; 20.28; Mt 14.33; Lc 5.8) e orações lhe são dirigidas (1 Co 1.2; 2 Co 12.8,9; At 7.59).

(3)- Funções divina são atribuídas a Cristo: (a) Criador do universo (1.3; Cl 1.16; Hb 1.8,10; Ap 3.14); (b) preservador de todas as coisas (Hb 1.3; Cl 1.17); (c) perdoador dos pecados (Mc 2.5,10; Lc 7.48-50); (d) doador da vida ressurreta (5.28,29; 6.39-44); (e) juiz de todos os homens (5.21-23; 2 Tm 4.1; Mt 25.31-46; At 17.31); (f) doador da salvação (5.24-26; 6.47;10.28; 17.2).

(4)- O NT atribui a Cristo declarações do AT referentes a Jeová. Compare Sl 102.24-27 com Hb 1.10-12; Jr 17.10 com Ap 2.23; Is 8.13,14 com 1 Pe 2.7,8; Sl 23.1 com Jo 10.11; Ez 34.11,12 com Lc 19.10.

(5)- O nome Jesus Cristo está associado com o de Deus Pai (14.1,23; 2 Co 13.13; Mt 28.19; Rm 1.7; Cl 2.2; 1 Ts 3.11; Tg 1.1; Ap 5.13; 7.10; Jl 2.32; At 2.21).

(6)- Sua impecabilidade e sua santidade dão testemunho da sua divindade (Lc 1.35; 2 Co 5.21).

(7)- Foi declarado Filho de Deus pela sua ressurreição (Rm 1.4). Estas provas conclusivas da divindade de Cristo significam que o crente deve portar-se diante de Cristo, exatamente da mesma maneira que se porta diante de Deus Pai. O crente deve crer nEle, reverenciá-lo e adorá-lo, orar a Ele, servi-lo e amá-lo (ver também 1.1 nota; Mc 1.1 nota sobre a Trindade).

A graça seja com todos vós. Amém!
Hb 13.25

quarta-feira, 12 de abril de 2017

A VOSSA SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR


OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO
Como crentes salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo, nós a perdemos.
(1)- Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da graça de Deus e do poder do Espírito Santo que nos foram outorgados (ver o estudo FÉ E GRAÇA).
(2)- A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender os desejos do Espírito Santo em nosso íntimo.
 Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto, de usar todos os meios determinados por Deus para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de Cristo. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na importância da santificação (ver Gl 5.17 nota; ver o estudo AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO).
(3)- Operamos a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de Cristo. (ver Hb 7.25 nota) e recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de Deus (ver v. 13 nota). 
Deste modo, somos "cooperadores de Deus" (1 Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu.
(4)- Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e tremor" (ver a próxima nota).

TEMOR E TREMOR
Na salvação efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte. 
Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7;8.13). 
O temor (gr. phobos) do Senhor não é de conformidade com a definição frequentemente usada, a mera "confiança reverente", mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das consequência desse pecado (cf. Êx 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). 
Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de sua bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (cf. Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6; ver o estudo O TEMOR DO SENHOR).

DEUS EM CRISTO JESUS TE ABENÇOA. AMÉM!

terça-feira, 11 de abril de 2017

A FÉ DOS SANTOS


A FÉ QUE... FOI DADA AOS SANTOS

Os fiéis em Cristo Jesus têm o solene encargo de "batalhar" pela fé que Deus entregou aos apóstolos e demais santos (Fp 1.27; Cf. 1 Tm 1.18; 6.12).
(1)- "A fé", aqui, significa o evangelho proclamado por Cristo Jesus nosso Senhor e os apóstolos. É a verdade estabelecida e inalterável, comunicada pelo Espírito Santo e incorporada no NT. Toda via, "a fé" é mais do que a verdade objetiva. É, também, um modo de vida a ser vivido em amor e pureza (Cl 1.9-11; 1 Tm 1.5). É um reino que se manifesta com poder para batizar no Espírito Santo a todos os crentes (ver o estudo O REINO DE DEUS), a fim de proclamarem o evangelho a todas as nações (Mc 16.15-17; ver 1Ts 1.5 nota) com sinais, milagres e dons do Espírito Santo (ver At 2.22; 14.3; Rm 15.19; Hb 2.4 nota; ver estudo SINAIS DOS CRENTES).
(2)- A palavra "batalhar" (gr. epagonizomai) descreve a luta que o crente fiel deve travar na defesa da fé. Significa, literalmente, "contender", "estar sob muita pressão", ou "travar uma luta". Devemos esforçar-nos aos máximo na defesa da Palavra de Deus e da fé segundo o NT, mesmo se isso nos custoso e agonizante. Devemos negar-nos a nós mesmos e, se necessário for, sofrer o martírio em prol do evangelho (Cf. 2 Tm 4.7).
(3)- Batalhar pela fé significa tomar posição firme contra aqueles que, dentro da igreja visível, negam a autoridade da Bíblia ou distorcem a fé original anunciada por Cristo Jesus e pelos apóstolos; significa também pregar essa fé como verdade redentora a todos os povos (ver Jo 5.47 nota; ver estudo A INSPIRAÇÃO E A AUTORIDADE DAS ESCRITURAS). Quem é leal a Cristo Jesus e à fé integral do NT, nunca deve permitir que sua mensagem seja enfraquecida, caso a sua autoridade seja comprometida, sua verdade distorcida e seu poder e suas promessas enfraquecidas mediante explicações forjadas.

JESUS CRISTO ESTA VOLTANDO. AMÉM!