EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quinta-feira, 15 de outubro de 2015

ESTUDO. O REINO DE DEUS


A NATUREZA DO REINO

O reino de Deus (ou dos céus), no presente, significa Deus intervindo e predominando no mundo, para manifestar seu poder, sua glória e suas prerrogativas contra o domínio de Satanás e a condição atual deste mundo.
Trata-se de algo além da salvação ou da igreja; é Deus revelando-se com poder na execução de todas as suas obras.

1. O reino é antes de tudo uma demonstração do poder divino em ação. 
Deus inicia seu domínio espiritual na terra, nos corações do seu povo e no meio deste (Jo 14.23; 20.22).
Ele entra no mundo com poder (Is 64.1; Mc 9.1; 1 Co 4.20).
Não se trata de poder no sentido material ou político, e sim, espiritual. 
O reino não é uma teocracia  relígio-política; ele não está vinculado ao domínio social ou político sobre as nações ou reino deste mundo (Jo 18.36). 
Deus não pretende atualmente redimir e reformar o mundo através de ativismo social ou político, da força, ou de ação violenta (26.52; ver Jo 18.36, nota). 
O mundo, durante a presente era, continuará inimigo de Deus e do seu povo (Jo 15.19; Rm 12.1,2; Tg 4.4; 1 Jo 2.15-17; 4.4). 
O governo de Deus mediante o juízo direto e à força só ocorrerá no fim desta era (Ap 19.11-21).

2. Quando Deus se manifesta com poder sobre o mundo, este entra em crise. O império do diabo fica totalmente alarmado (12.28,29; Mc 1.23,24), e todos encaram a decisão se submeter-se ou não ao governo de Deus (3.1,2; 4.17; Mc 1.14,15).
A condição necessária e fundamental para se entrar no reino de Deus è: "Arrependei-vos e crede no evangelho" (Mc 1.15).

3. O fato de Deus irromper no mundo com poder, abrange:

  • seu poder divino sobre o governo e domínio de Satanás (Jo 12.31; 16.11) e do livramento da humanidade das forças demoníacas (Mc 1.34,39; 3.14,15; At 26.18) e do pecado (Rm 6);
poder para operar milagres e curar os enfermos (4.23; 9.35; At 4.30; 8.7 ver estudo A CURA DIVINA);
  • a pregação do evangelho, que produz a convicção do pecado, da justiça pecado e do juízo (11.5; Jo 16.8-11; At 4.33);
  • a salvação e a santificação daqueles que se arrependem e creem no evangelho (ver Jo 3.3; 17.17; At 2.38-40; 2 Co 6.14-18);
  • e o batismo no Espírito Santo, com pode, para testemunhar de Cristo (ver At 1.8 notas; 2.4 notas).
4. Uma evidência máxima de que a pessoa está vivendo o reino de Deus é viver uma vida de "justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo" (Rm 14.17).

5. O reino de Deus tem um aspecto tanto presente como futuro. É uma realidade presente no mundo hoje (Mc 1.15; Lc 18.16,17; Cl 1.13; Hb 12.28), mas o governo e o poder de Deus não predominam plenamente em todos e em tudo.
A obra e a influência de Satanás e dos homens maus continuarão até o fim desta era (1 Tm 4.1; 2 Tm 3.1-5; Ap 19.19 - 20.10).
A manifestação futura da glória de Deus e do seu poder e reino ocorrerá quando Jesus voltar para julgar o mundo (24.30; Lc 21.27; Ap 19.11-20; 20.1-6).
O estabelecimento total do reino virá, quando Cristo finalmente triunfar sobre todo mal e oposição e entregar o reino a Deus Pai (1 Co 15.24-28; Ap 20.7-21.8; ver também Mc 1.15, nota a respeito das várias manifestações do reino na história da redenção).

O PAPEL DO CRENTE NO REINO
O NT contém abundante ensino sobre a missão do crente no reino de Deus, na sua presente manifestação.

1. É responsabilidade do crente buscar incessantemente o reino de Deus, em todas as suas manifestações, tendo fome e sede pela presença e pelo poder de Deus, tanto na sua vida como no meio da sua comunidade cristã (ver 5.10 nota; 6.33 nota).

2. Em 11.12, Jesus revela novos fatos sobre a natureza dos membros do reino. Ali Ele disse que somente quem se esforçar apoderar-se do reino de Deus.
Os tais, movidos por Deus, resolvem romper com as práticas pecaminosas e imorais do mundo e seguem a Cristo, a sua Palavra e seus justos caminhos.
Não importando o preço a pagar, esses, resolutamente, buscam o reino com todo o seu poder. 
Noutras palavras, pertencer ao reino de Deus e desfrutar de todas as suas bênçãos requer esforças sincero e constante - um combate de fé, aliado a uma forte vontade de resistir a Satanás, ao pecado e à sociedade perversa em que vivemos.

3. Não conhecerão o reino de Deus aqueles que raramente oram, que transigem com o mundo, que negligenciam a Palavra e que tem pouca fome espiritual.
É para crentes como José (Gn 39.9), Natã (2 Sm 12.7), Elias (1 Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8; 3.16-18),
Mardoqueu (Et 3.4,5), Pedro e João (At 4.19,20), Estevão (At 6.8; 7.51) e Paulo (Fp 3.13,14); inclusive mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At 16.14,15,40).

DEUS ABENÇOA EM CRISTO JESUS.

O CORAÇÃO


DEFINIÇÃO DE CORAÇÃO
O povo da atualidade geralmente considera que o cérebro é o centro diretor da atividade humana. 
A Bíblia, no entanto, refere-se ao coração como esse centro; "dele procedem as saídas da vida" (cf. Lc 6.45). Biblicamente, o coração pode ser considerado como algo que abarca a totalidade do nosso intelecto, emoção e volição (ver Mc 7.20-23 nota).

 No coração está a fonte dos desejos e das decisões. Seguir a Deus e conhecer os seus caminhos requer uma firme decisão de permanecermos dedicados a Ele, buscando em primeiro lugar o seu Reino e a sua justiça (Mt 6.33). 
Se a nossa fome e sede por Deus e pelo seu reino arrefecer, devemos reavaliar nossas prioridades, admitir com honestidade a nossa frieza e orar fervorosamente por uma renovação do nosso anseio por Deus e por sua graça. 
Deixar de "guardar" o nosso coração nos fará sair do caminho seguro e cair numa armadilha destruidora (cf. 7.24-27). Vigiando o nosso coração com toda diligência, teremos caminhos aplainados pela graça e bondade de Deus (vv. 25-27). 

O CORAÇÃO É O CENTRO DE INTELECTO

1. As pessoas sabem as coisas em seus corações (Dt 8.5), oram no coração (1 Sm 1.12,13), meditam no coração (Sl 19.14), guardam as Palavras de Deus no coração (Sl 119.11), maquinam males no coração (Sl 140.2) guardam as palavras da sabedoria no coração (4.21), pensam no coração (Mc 2.8),duvidam no coração (Mc 11.23), conferem as coisas no coração (Lc 2.19), creem no coração (Rm 10.9) e cantam no coração(Ef 5.19). Todas essas ações do coração são primordialmente fatos a envolver a mente.

2. O coração é o centro das emoções. A Bíblia fala a respeito do coração alegre (Êx 4.14), do coração amoroso (Dt 6.5), do coração medroso ((Js 5.1), do coração corajoso (Sl 27.14), do coração arrependido (Sl 51.17), do coração ansioso (12.25), do coração irado (19.3), do coração avivado ( Is 57.15), do coração angustiado (Jr 4.19; Rm 9.2), do coração gozoso (Jr 15.16), do coração pesaroso (Lm 2.18), do coração humilde (Mt 11.29), do coração ardente pela Palavra  do Senhor (Lc 24.32) e do coração perturbado (Jo 14.1). Todas essas atitudes do coração são, antes de tudo, de natureza emocional.

3. Por fim o coração é o centro da vontade humana. Lemos nas Escrituras a respeito do coração endurecido que se recusa a fazer o que Deus ordena (Êx 4.21), do coração submisso a Deus (Js 24.23), do coração que decide fazer algo para Deus (2 Cr 6.7), do coração que se dedica a buscar o Senhor (1 Cr 22.19), do coração que deseja receber as bênçãos do Senhor (Sl 21.1-3), do coração a inclinado aos estatutos de Deus (Sl 119.36) e do coração que deseja fazer algo pelos outros (Rm 10.1). Todas essas atividades ocorrem na vontade humana.

A NATUREZA DO CORAÇÃO DISTANTE DE DEUS

Quando Adão e Eva deram ouvidos à tentação da serpente para comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal, sua decisão afetou horrivelmente o coração humano, o qual ficou repleto de maldade. Desde então, segundo o testemunho de Jeremias: "Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá? (Jr 17.9). 
Jesus confirmou a descrição de Jeremias, quando disse o que contamina uma pessoa diante de Deus não é o descumprimento de uma lei cerimonial,mas, sim, a obediência às inclinações malignas alojadas no coração tais como "os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os frutos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura," (Mc 7.21,22). 
Jesus expôs a gravidade do pecado no coração ao declarar que o pecado da ira é igual ao assassinato (Mt 5.21,22), e que o pecado da concupiscência é tão grave como o próprio adultério (Mt 5.27,28; ver Êx 20.14 nota; Mt 5.28 nota).

Um coração entregue à prática da iniquidade corre o grave risco de tornar-se endurecido.
Quem recusa continuamente a ouvir a Palavra de Deus e ao obedecer ao que Deus ordena e, em vez disso, segue os desejos pecaminosos do seu coração, verá que, depois, Deus endurecerá seu coração de tal modo que se tornará insensível para com a Palavra de Deus e os apelos do Espírito Santo (ver Êx 7.3 nota; Hb 3.8 nota).
O principal exemplo bíblico desse fato é o coração de Faraó, na ocasião do êxodo (ver Êx 7.3,13,22,23; 8.15,32 9.12; 10.1; 11.10; 14.17). Paulo viu o mesmo princípio geral em ação na sociedade ímpia da presente era (cf. Rm 1.24,26,28) e predisse que também ocorreria o mesmo fato nos dias do anticristo (2 Ts 2.11,12).
O livro aos Hebreu contém muitas advertências ao crente, no para que não endureça o seu coração (e.g., Hb 3.8-12;).

(ver o estudo A APOSTASIA PESSOAL, 1ª Parte; para uma exposição dos passos que levam ao endurecimento do coração). Todo aquele que persistir na rejeição da Palavra de Deus, terá por fim um coração endurecido.

O CORAÇÃO REGENERADO

A solução de Deus para o coração pecaminoso é a regeneração, que tem lugar em todo aquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus, e pela fé aceita a Jesus como seu Salvador e Senhor pessoal.

1. A regeneração está ligada ao coração, se arrepende e confessa que Jesus é o Senhor (Rm 10.9), nasce de novo e recebe da parte de Deus um coração novo (cf. Sl 51.10; Ez 11.19).

2. No coração daquele que experimenta o nascimento espiritual, Deus cria o desejo de amá-lo e de obedecê-lo (ver estudo A REGENERAÇÃO).
Repetidas vezes, Deus realça diante do seu povo a necessidade do amor que provém do coração (ver Dt 4.29 nota; 6.6 nota).
Tal amor e dedicação a Deus não podem estar separado da obediência à sua lei (cf. Sl 119.34,69,112).
Jesus ensinou que o amor a Deus, de todo o coração, juntamente com o amor ao próximo, resume toda a lei de Deus (Mt 22.37-40).

3. O amor de todo o coração é o elemento essencial a uma vida de obediência. Repetidas vezes, o povo de Deus, no passado, procurou substituir o verdadeiro amor do coração pela observação de formalidade religiosa exteriores (tais como festas, ofertas e sacrifícios; ver Is 1.10-17; Nm 5.21-26; Dt 10.12 nota).
 A observância exterior sem o desejo interior de servir a Deus é hipocrisia, e foi severamente condenada por nosso Senhor (ver Mt 23.13-28; ver Lc 21.1-4 nota).


4. Muitos outros fatos espirituais têm lugar no coração da pessoa regenerada. Ela louva a Deus de todo o coração (Sl 9.1), medita no coração (Sl 19.14), clama a Deus do coração (Sl 84.2), busca a Deus de todo o coração (Sl 119.2,10), oculta a Palavra de Deus no seu coração (Sl 119.11; ver Dt 6.6 nota), confia no Senhor de todo o coração (3.5), experimenta o amor de Deus derramado em seu coração (Rm 5.5) e canta a Deus no seu coração (Ef 5.19; Cl 3.16).

DEUS EM CRISTO JESUS TE ABENÇOA.