EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

DAI A MÃO AO SENHOR


Ezequias ressalta quatro verdades a respeito do arrependimento genuíno.
1. O povo de Deus precisa voltar-se a Ele, resolvido a abandonar o pecado e confessá-lo como Senhor, se quiserem experimentar o seu favor (vv. 6-8). Deus não abençoará os seus, enquanto tiverem prazer no pecado (Os 5.4,15).
2. O povo de Deus deve voltar-se para Ele com a intenção sincera de cumprir os seus mandamentos. Se o povo de Deus não abandonar os caminhos pecaminosos do mundo, para viver em pureza de coração e em obediência à sua Palavra, Deus fará vir calamidade e destruição, inclusive às suas famílias (ver v. 7; Mt 5.13 nota).
3. O povo de Deus deve voltar-se a Ele com submissão, adoração e serviço, se quiser escapar da sua ira ardente contra o pecado. As palavras "dai a mão ao SENHOR" SIGNIFICAM "submeter-vos ao SENHOR". Dá-se, assim, a mão como sinal de absoluta lealdade e fidelidade a Deus e aos seus justos caminhos (cf. 2 Rs 10.15; Ed 10.19; Ez 17.18).
4. O povo de Deus deve voltar-se a Ele com oração perseverante, se quiser experimentar novamente sua graça e compaixão (vv. 9,18-20,27; ver 14.4 nota).
5. O povo de Deus, aqui estava desviados dos caminhos de Deus, o povo estava mais apegado aos caminhos do mundo do que aos caminhos de Deus, era necessário que o povo se convertesse  dos seus maus caminhos pecaminosos. Converter-se dos caminhos pecaminosos, para Deus, é uma condição prévia essencial ao avivamento (cf. Ez 1.4). Esta mensagem de arrependimento aplica-se hoje a todas as igrejas que deixaram o seu primeiro amor, que abraçaram doutrinas antibíblicas e que transigiram com o mundo (ver o estudo A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS).

VAI-TE SATANÁS,... AO SENHOR, TEU DEUS ADORARÁS


Satanás (do gr. satan, que significa adversário), foi antes um elevado anjo, criado perfeito e bom, Foi designado como ministro junto ao trono de Deus, porém num certo tempo, antes de o mundo existir, rebelou-se e tornou-se o principal adversário de Deus e dos homens (Ez 28.12-15).
1. Satanás na sua rebelião contra Deus arrastou consigo uma grande multidão de anjos das ordens inferiores (Ap 12.4) que talvez possam ser (após sua queda) com os demônios ou espíritos malignos (ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS). Satanás e muitos desses anjos inferiores decaídos foram banidos para a terra e sua atmosfera circundante, onde operam limitados segundo a vontade permissiva de Deus.
2. Satanás, também chamado "a serpente", provocou a queda da raça humana (Gn 3.1-6; ver 1 Jo 5.19 nota).
3. O império do mal  sobre o qual Satanás reina (12.26) é altamente organizado e exerce autoridade sobre as regiões do mundo inferior, os anjos caídos (25.41; Ap 12.7), os homens perdidos (vv. 8,9; Jo 12.31; Ef 2.2) e o mundo em geral (Lc 4.5,6; 2 Co 4.4; ver 1 Jo 5.19 nota). Satanás não é onipresente, onipotente, nem onisciente; por isso a maior parte da sua atividade é delegada a seus inumeráveis demônios (8.28; Ap 16.13,14; ver Jó 1.12 nota).
4. Jesus veio à terra a fim de destruir as obras de Satanás (1 Jo 3.8), de estabelecer o reino de Deus de livrar o homem do domínio de Satanás (12.28; Lc 4.19; 13.16; At 26.18). Cristo, pela sua morte e ressurreição, derrotou Satanás e ganhou a vitória final de Deus sobre ele (Hb 2.14).
5. No fim da presente era, Satanás será confinado ao abismo durante mil anos (Ap 20.1-3). Depois disso será solto, após o que fará uma derradeira tentativa de derrotar a Deus, seguindo-se sua ruína final, que será o seu lançamento no lago de fogo (Ap 20.7-10).
6. Satanás atualmente guerreia contra Deus e seu povo (Ef 6.11-18), procurando desviar os fiéis da sua lealdade a Cristo (2 Co 11.3) e fazê-los pecar e viver segundo o sistema do mundo (cf. 2 Co 11.3; 1 Tm 5.15; 1 Jo 5.19). O cristão deve sempre orar por livramento do poder de Satanás (6.13), para manter-se alerta contra seus ardis e tentações (Ef 6.11), e resistir-lhe no combate espiritual, permanecendo firme na fé (Ef 6.10-18; 1 Pe 5.8,9).

PELEJA CONTRA OS QUE PELEJAM CONTRA MIM


DAVI PEDE O CASTIGO DOS ÍMPIOS. DESCRIÇÃO DA MISÉRIA DESTES E SÚPLICA PARA QUE DEUS OS JULGUE
Salmos 35.1-28 Peleja contra os que pelejam contra mim. Este é um dos chamados salmos imprecatórios, em que o salmista ora a Deus para que Ele castigue os inimigos do seu povo e abata os ímpios (ver Sl 35; 69; 109; 137; Ne 6.14; 13.29; Jr 15.15; 17.18; Gl 5.12; 2 Tm 4.14; Ap 6.10). O crente é ensinado a perdoar seus inimigos (Lc 23.34) e a orar pela salvação deles (Mt 5.39,44), porém chega a hora em que devemos orar para que cesse o mal e prevaleça a justiça a favor do inocente. O crente deve estar seriamente preocupado com as vítimas da crueldade, da opressão e da injustiça. Necessário se torna uma maior explanação sobre os salmos imprecatórios:
1. São orações para que cessem a injustiça, o crime e a opressão. O crente tem o direito de orar rogando a proteção de Deus contra os maus.
2. São súplicas a Deus para que Ele aplique a justiça e inflija ao ímpio a penalidade de acordo com o seu crime (ver 28.4). Se a justa retribuição não vier da parte de Deus ou do governo humano, a violência e o caos dominará na sociedade (ver Dt 25.1-3; Rm 13.3,4; 1 Pe 2.13,14).
3. Ao ler essas orações, notamos que o salmista não executa vingança com suas próprias mãos, mas que confia na mão de Deus (cf. Dt 32.35; Pv 20.22; Rm 12.19).
4. Os salmos imprecatórios chamam a atenção para o fato de que, quando a iniquidade dos ímpios chega ao máximo, o Senhor, na sua justiça, com efeito julga e destrói (ver Gn 15.16; Lv 18.24; Ap 6.10,17).
5. Tenhamos em mente que essas orações são palavras inspiradas pelo Espírito Santo (cf. 2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21), e não apenas a expressão de um propósito humano do salmista.
6. O anseio maior de uma oração imprecatória é o fim da injustiça e da crueldade, a extinção do mal, a derrota de Satanás, a exaltação da piedade, o estabelecimento da justiça e a vinda do reino de Deus. Este alvo é um assunto predominante no NT. O próprio Cristo afirma que o verdadeiro crente pode ora pedindo a vindicação dos justos. A oração da viúva: "Faz-me justiça contra o meu adversário" (Lc 18.3) teve resposta nas palavras de Jesus, afirmando que Deus "fara justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite" (Lc 18.7; cf. 6.9,10).
7. O Crente deve manter em pé de igualdade dois princípios bíblicos:
a. o desejo que todos venham a conhecer Jesus Cristo como seu Salvador (cf. 2 Pe 3.9), e
b. o desejo de ver o mal eliminado e o reino de Deus triunfante. Devemos orar fervorosamente pela salvação dos perdidos e chorar pelos que rejeitam o evangelho. Devemos, no entanto, saber também que a justiça a bondade e o amor nunca serão estabelecido segundos segundo o propósito de Deus enquanto o mal não for eternamente vencido, e Satanás e seus seguidores subjugados (Ap 6.10,17; 19 - 21). Os fiéis devem orar: "vem, Senhor Jesus" (Ap 22.20) como a solução final, definitiva, para o mal no mundo.