EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA (PARTE 1)

O DOADOR
Este versículo alista os dons de ministério (i.e., líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons:
1. Para preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (4.12)
2. Para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo, segundo o plano de Deus (4.13-16; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE).
APÓSTOLOS
 O título "apóstolo" se aplica a certos líderes cristão no NT. O verbo apostello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1 Ts 2.6,7).
1. O termo "apóstolo" era usado no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (ver At 14.4,14; Rm 16.7; cf. 2 Co 8.23; Fp 2.25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igreja segundo a verdade e pureza apostólica. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25,26). Eram homens de fé e de oração, cheios do Espírito Santo (ver At 11.23-25; 13.2-5;46-52; 14.1-7,21-23).
2. Apóstolos, no sentido geral, continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o undo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor (Mt 28.18-20).
3. O termo "apóstolo" também é usado no NT em sentido especial, em referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje (ver 2.20 nota). O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores (ver 1 Co 15.8 nota).

A SEGUIR:
PARTE 2. PROFETAS
PARTE 3. EVANGELISTAS E PASTORES
PARTE 4. DOUTORES E MESTRES.

ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO (PARTE 1)

INTRODUÇÃO
Com este versículo, Paulo começa uma extensa análise da maneira de Deus lidar com a nação de Israel e da razão da sua descrença atual.
Em Rm 9-11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: como as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo.
SÍNTESE
Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano de salvação.
1. O primeiro (9.6-29) é um exame da releição de Israel no passado.
a. Em 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa.
b. Em 9.14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhe a salvação, se Ele assim decidir.
2. O segundo elemento (9.30 - 10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro da não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas á sua própria incredulidade e desobediência (ver 10.3 nota).
3. Finalmente, Paulo explica (11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em Cristo. O argumento dele contém vários passos.
a. Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, ois Ele permaneceu fiel ao "remanescente" que permanece fiel a Ele, aceitando a Cristo (11.1-6).
b. No presente, Deus endureceu a maior  parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a Cristo (11.7-10; cf. 9.31 - 10.21).
c. Deus transformou a transgressão de Israel (i.e., a crucificação de Cristo) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (11.11,12,15).
d. Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como os gentios (cf. 10.12,13) depende da fé em Jesus Cristo (11.13-24).
e. A fé em Jesus Cristo, por uma parte do Israel nacional, acontecerá no futuro (11.25-29).
f. O propósito sincero de Deus é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que creem em Cristo (11.30-36; cf. 10.12,13; 11.20-24). 

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO (PARTE 2)

E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito Joel 2.29.
O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
O Espírito Santo é a terceira pessoa de Deus Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11 nota). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de Jesus (ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO) e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do Espírito Santo.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia descreve várias atividades do Espírito Santo no Antigo Testamento.
CONTINUAÇÃO
3. A liderança do povo de Deus no AT era fortalecida pelo Espírito do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o Espírito de Deus que compartilhava dos próprios sentimentos de Deus; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11 nota; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, Deus tomou do Espírito que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12 nota). Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse Moisés como líder, Deus indicou que "o Espírito" (i.e., o Espírito Santo) estava nele (Nm 27.18 ver nota). O mesmo Espírito veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1 Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, no AT a maior qualificação para a liderança era a presença do Espírito de Deus.
4. O Espírito de Deus também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o Espírito para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais Deus concedeu a plenitude do seu Espírito para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35). A plenitude do Espírito Santo, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no Espírito Santo no NT (ver O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO). No AT, o Espírito Santo vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a Deus de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3 nota). O Espírito do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando Deus opta por usar grandemente uma pessoa, o seu Espírito vem sobre ela.