EVANGELHO DE JESUS CRISTO

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

TODO O MUNDO ESTÁ NO MALIGNO


Nunca compreenderemos adequadamente o NT a não ser que reconheçamos o fato subjacente nele de que Satanás é o deus deste mundo. Ele é o maligno, e o seu poder controla o presente século mau (cf. Lc 13.16; 2 Co 4.4; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14; ver Mt 4.10 nota).
(1) As Escritura não ensinam que Deus hoje controla diretamente este mundo ímpio, cheia de gente pecaminosa, de maldade, de crueldade, de injustiça, de impiedade, etc. 
Deus não deseja, nem causa, de nenhuma maneira, todo o sofrimento que há no mundo; nem tudo quanto aqui ocorre procede da sua perfeita vontade (ver Mt 23.37; Lc 13.34; 19.41-44).

A Bíblia indica que atualmente o mundo não está sob o domínio de Deus, mas em rebelião contra seu governo e sob o domínio de Satanás. Por causa dessa condição, Cristo veio a morrer (Jo 3.16) e reconciliar o mundo com Deus (2 Co 5.18,19). 
Nunca devemos afirmar que "Deus está no controle de tudo", a fim de nos esquivar-nos da responsabilidade de lutar seriamente contra o pecado, a iniquidade ou a mornidão espiritual.

(2) Há, no entanto, um sentido em que Deus está no controle do mundo ímpio. Deus é soberano e, portanto, todas as coisas acontecem de acordo com sua vontade permissiva e controle oi, às vezes, através da sua ação direta, de conformidade com o seu propósito e sabedoria. 
Mesmo assim, na presente era da história, Deus tem limitado seu supremo poder e domínio sobre o mundo.
Esta auto-limitação é apenas temporária porque no tempo determinado pela sua sabedoria, Ele destruirá toda a iniquidade e o próprio Satanás (Ap 19.20). 
Somente então é que " Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Ap 11.15). 

A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO


Todo cristão deseja ter a certeza da salvação, ou seja: a certeza de que, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8). 
O propósito de João ao escrever esta primeira epístola é que o povo de Deus tenha esta certeza (5.13). Note que João não declara em parte alguma da carta que uma experiência de conversão vivida apenas no passado proporciona certeza ou garantia da salvação hoje. 
Supor que possuímos a vida eterna, tendo por base única uma experiência passada, ou uma fé morta, é um erro grave. Esta epístola expõe nove maneiras de sabermos que estamos salvos como crentes em Jesus Cristo.

(1) Temos a certeza da vida eterna quando cremos "no nome do Filho de Deus" (5.13; cf. 4.15; 5.1,5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação, sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que confessa como Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.

(2) Temos a certeza da vida eterna quando temos Cristo como Senhor da nossa vida e procuramos sinceramente guardar os seus mandamentos. 
"E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele" (2.3-5; ver também 3.24; 5.2; Jo 8.31,51; 14.23; Hb 5.9).
(3) Temos a certeza da vida eterna quando amamos o Pai e o Filho, e não o mundo (2.15; cf. 5.4).

(4) Temos a certeza da vida eterna quando habitual e continuamente praticamos a justiça, e não o pecado (2.29). Por outro lado, quem vive na prática do pecado é do diabo (3.7-10; ver. 3.9 nota).

(5) Temos a certeza da vida eterna quando amamos os irmãos (3.14; ver também 2.9-11; 4.7,12,20; 5.1; Jo 13.34,35).

(6) Temos a certeza da vida eterna quando temos consciência da habitação do Espírito Santo em nós. "E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado" (3.24).
 Ver também 4.13: "Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do teu Espírito".

(7) Temos a certeza da vida eterna quando nos esforçamos para seguir o exemplo de Jesus e viver como ele viveu (2.6; cf. Jo 13.15).

(8) Temos a vida eterna quando cremos, aceitamos e permanecemos na "Palavra de vida", e, o Cristo vivo (1.1), e de igual modo procedemos com a mensagem de Cristo e dos apóstolos, conforme o NT (2.24; cf. 1.1-5; 4.6).

(9) Temos a certeza da vida eterna quando temos um intenso anelo e uma inabalável esperança pela volta de Jesus Cristo, para nos levar para si mesmo. 
"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. 
E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro" (3.2,3; cf. Jo 14.1-3).