EVANGELHO DE JESUS CRISTO

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO

Êxodo 20.1,2 "Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão."
Um dos aspectos mais importante da experiência dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de Deu através do seu líder, Moisés.
A Lei Moisaica (hb. Torah, que significa "ensino"), admite uma tríplice divisão:
(a) a lei moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver (20.1-17);
(b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (21.1 - 23.33); e
(c) a lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema sacrificial, que (24.12 - 31.18). Note os seguintes fatos no tocante à natureza e à função da lei no Antigo Testamento.
(1) A lei foi dada por Deus em virtude do concerto que Ele fez com o seu povo.
Ela expunha as condições do concerto a que o povo devia obedecer por lealdade ao Senhor Deus, a quem eles pertenciam.
Os israelitas aceitaram formalmente essas obrigações do concerto (24.1-8; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS. BREVE).
(2) A obediência de Israel à lei devia fundamentar-se na misericórdia redentora de Deus e na sua libertação do povo (19.4).
(3) A lei revela a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1- 24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33).
A lei não foi dada como um meio de salvação com Deus (20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo.
Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-20)
(4) Tanto no AT quanto no NT, a total confiança em Deus e na sua Palavra (Gn 15.6), e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o fundamento para a guarda dos seus mandamentos.
Israel fracassou exatamente nesse ponto, pois constantemente aquele povo não fazia da fé em Deus, do amor para com Ele de todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo de cumprirem a sua lei.
Paulo declara que Israel não alcançou a justiça que a lei previa, porque "não foi pela fé" que buscavam (Rm 9.32).
(5) A lei ressaltava a verdade eterna que a obediência a Deus, partindo de um coração cheio de amor (ver Gn 2.9 nota; Dt 6.5 nota) levaria a uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor (cf. Gn 2.16 nota; Dt 4.1,40; 5.33; 8.1; Sl 119.45; Rm 8.13; 1 Jo 1.17).
(6) A lei expressava a natureza e o carácter de Deus, i.e., seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei moral de Deus, pois foram criados à sua imagem (Lv 19.2).
(7) A salvação no AT jamais teve por base a perfeição mediante a guarda de todos os mandamentos. 
Inerente no relacionamento entre Deus e Israel, estava o sistema de sacrifício, mediante os quais, o transgressor da lei obtinha o perdão, quando buscava a misericórdia de Deus, com sinceridade, arrependimento e fé, conforme a provisão divina expiatória mediante o sangue.
(8) A lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem permanentes. A lei funcionava como um tutor temporário para o povo de Deus até que Cristo viesse (Gl 3.22-26).
O antigo concerto agora foi substituído pelo novo concerto, no qual Deus revelou plenamente o seu plano de salvação mediante Jesus Cristo (Rm 3.24-26; ver Gl 3.19, nota com matéria adicional sobre a natureza e função da lei no AT).
(9) A lei foi dada por Deus e acrescentada à promessa "por causa das transgressões" (Gl 3.19); i.e., tinha o propósito (a) de prescrever a conduta de Israel; (b) definir o que era pecado; (c) revelar aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a vontade de Deus e de praticar o mal, e (d) despertar neles o sentimento da necessidade da misericórdia, graça e redenção divina (Rm 3.20; 5.20; 8.2).
Deus abençoe todos vocês em Cristo Jesus. Amém!