EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

VIVENDO SEMPRE PARA INTERCEDER

Cristo vive no céu, na presença do Pai (8.1), intercedendo por todos os seus seguidores, individualmente, de acordo com a vontade do Pai (cf. Rm 8.33,34; 1 Tm 2.5; 1 Jo 2.1).
 (1) Pelo ministério da intercessão de Cristo, experimentamos o amor e a presença de Deus e achamos misericórdia e graça para sermos ajudados em qualquer tipo de necessidade (4.16), tentação (Lc 22.32), fraqueza (4.15; 5.2), pecado (1 Jo 1.9; 2.1) e provação (Rm 8.31-39).
(2) A oração de Cristo como sumo sacerdote em favor do seu povo (Jo 17), bem como sua vontade de derramar o Espírito Santo sobre todos os crente (At 2.33), nos ajudam a compreender o alcance do seu ministério de intercessão (ver Jo 17.1 nota).
(3) Mediante a intercessão de Cristo, aquele que se chega a Deus (e, se chega continuamente a Deus, pois o particípio no grego está no tempo presente e salienta a ação contínua), pode receber graça para ser salvo "perfeitamente".
A intercessão de Cristo, como nosso sumo sacerdote, é essencial para a nossa salvação. Sem ela, e sem sua graça, misericórdia e ajuda que nos são outorgadas através daquela intercessão, nos afastaríamos de Deus, voltando a ser escravo do pecado e ao domínio de Satanás, e incorrendo em justa condenação. Nossa única esperança é aproximar-nos de Deus por meio de Cristo, pela fé (ver 1 Pe 1.5 nota).
(4) Note que Cristo não permanece como advogado e intercessor dos que recusam a confessar e abandonar o pecado e que se apartam da comunhão com Deus (cf. 1 Jo 1.5-7,9; 3.10). Sua intercessão para salvar "perfeitamente" é somente para aqueles que "por ele se chegam a Deus" (7.25). Não há segurança nem garantia para quem deliberadamente peca e deixa de se chegar a Deus por Ele (10.21-31; ver 3.6 nota).
(5) Posto que Cristo é o nosso único mediador e intercessor no céu, qualquer tentativa de ter anjos ou santos falecidos como mediadores e de oferecer orações ao Pai através deles, é tanto inútil quanto antibíblico.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

TODOS FORAM CHEIOS DO ESPÍRITO SANTO

Várias verdades importantes destacam-se aqui.
(1) A expressão "batizados com Espírito Santo" (ver 1.5 nota) descreve a obra de consagração do Espírito Santo capacitando inicialmente o crente com poder divino para testemunhar. Os termos "cheios" "revestido" e "com autoridade" descrevem essa sua capacitação para trabalhar ( 2.4; 4.8,31; 9.17; 13.9,52).
Conforme a necessidade, o "enchimento" do Espírito pode ser renovado.
(2) As expressões "do meu Espírito derramarei" (2.17,18; 10.45), "veio sobre eles o Espírito Santo" (19.6), retratam de modo diferente a ocasião em que os crentes são "cheios do Espírito Santo" (2.4; 4.31; 9.17).
(3) Todos os crentes, inclusive os apóstolos anteriormente cheios (2.4), foram novamente cheios a fim de enfrentarem a oposição contínua dos judeus (v. 29). Novos enchimentos co o Espírito Santo fazem parte da vontade e provisão de Deus para todos os que receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 4.8 nota; 13.52). Devemos esperá-los e buscá-los.
(4) Aqui, o Espírito visita uma congregação inteira. Logo, para que seja cumprida a vontade de Deus quanto a igreja, não somente indivíduos devem ser cheios do Espírito (4.8; 9.17; 13.9), mas também congregações inteiras (2.4; 4.31) devem experimentar visitações repetidas do Espírito Santo face  às necessidades e desafios especiais.
(5) A atuação de Deus sobre toda a congregação, com um novo enchimento do Espírito Santo, resulta em ousadia e poder no testemunho dos crentes, em amor uns pelos outros e no recebimento de graça abundante sobre todos (vv. 31-33).
ANUNCIAVAM COM OUSADIA A PALAVRA DE DEUS:
O pode interior do Espírito Santo e a realidade da presença de Deus que vêm da plenitude do Espírito libertam o crente do medo doutras pessoas e aumenta grandemente a sua coragem e motivação para falar de Deus.

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

LEVANDO CATIVO TODO ENTENDIMENTO

A nossa guerra contra o mal inclui o alinhamento de todos os nossos pensamentos com a vontade de Cristo. Deixar permanecer em nossa mente pensamentos contrários à santidade de Deus nos levará ao pecado e à morte espiritual (Rm 6.16,23; 8.13). Siga os quatro passos abaixo para sujeita todos os seus pensamentos aos senhorio de Cristo:
(1) Saiba que Deus conhece todos os seus pensamentos, e de que nada jamais se oculta dEle (Sl 94.11; 139.2,23,24).
Somos tão responsáveis diante de Deus pelos nossos pensamentos, quanto somos pelas nossas palavras e ações (5.10; Ec 12.14; Mt 12.35-37; Rm 14.12).
(2) Saiba que a mente é um campo de batalha. Alguns pensamentos têm sua origem em nós mesmos, enquanto outros provêm diretamente do inimigo. Levar cativo todo pensamento à obediência de Cristo demanda uma guerra espiritual contra a natureza humana pecaminosa e as forças satânicas (Ef 6.12,13; cf. Mt 4.3-11). Quando você for atacado com pensamentos maus ou imundos, resista-os e rejeite-os firmemente em nome do Senhor Jesus Cristo. Permita que a paz de Deus guarde o seu coração e mente, em Cristo Jesus (Fp 4.7). Nas lutas espirituais lembre-se de que nós, crentes, vencemos nosso adversário pelo sangue do Cordeiro, pela palavra do nosso testemunho e por dizer um "NÃO" persistente ao diabo, à atenção e ao pecado (Tt 2.11,12; cf. Mt 4.3-11).
(3) Seja resoluto ao concentrar a sua mente em Cristo e nas coisas celestiais, e não nas coisas terrenas (Fp 3.19; Cl 3.2). Compreenda que a mente firmada no Espírito é vida e paz, ao passo que a mente firmada na carne é morte (Rm 8.6,7). Encha  sua mente da Palavra de Deus (Sl 1.1-3; 19.7-14; 119) e com aquilo que é verdadeiro, justo e de boa fama (Fp 4.8).
(4) Tenha cuidado com aquilo que seus olhos veem e seus ouvidos ouvem. Recuse-se terminantemente (a) a deixar seus olhos serem um instrumento de concupiscência (Jó 31.1; 1 Jo 2.16) e (b) a colocar diante dos seus olhos qualquer coisa má ou vil, quer livros, revistas, quadros, televisão/vídeos/filmes ou cenas da vida real (Sl 101.3; Is 33.14,15; Rm 13.14).

NENHUM HOMICIDA TEM... A VIDA ETERNA

A Bíblia geralmente faz uma distinção entre tipos diferente de pecados: pecados involuntários (Lv 4.2,13.22; 5.4-6; ver 4.2 nota; Nm 15.31 nota), pecados menos sérios (Mt 5.19), pecados voluntários (5.16,17) e os pecados que levam à morte espiritual (5.16). João enfatiza que há certos pecados que o crente nascido de novo não cometerá, porque nele permanece a vida eterna de Cristo (cf. 2.11,15,16; 3.6-8,10,14,15; 4.20; 5.2; 2 Jo 9). Esses pecados, por causa da sua gravidade e da sua origem no próprio espírito da pessoa, evidenciam uma rebelião resoluta da pessoa contra Deus, um afastamento de Cristo, um decair da graça e uma cessação da vida vital da salvação (Gl 5.4).
(1) Exemplos de pecados nos quais há evidência clara de que a pessoa continua nos braços da iniquidade ou que caiu da graça e da vida eterna são: a apostasia (2.19; 4.6; Hb 10.26-31), o assassinato (v. 15; 2.11), a impureza ou imoralidade sexual (Rm 1.21-27; 1 Co 5; Ef 5.5; Ap 21.8), abandonar a própria família (1 Tm 5.8), fazer o próximo pecar (Mt 18.6-10) e a crueldade (Mt 24.48-51). Esses pecados abomináveis evidenciam uma total rejeição da honra devida a Deus, e da solicitude amorosa para com o próximo (cf. 2.9,10; 3.6-10; 1 Co 6.9-11; Gl 5.19-21; 1 Ts 4.5; 2 Tm 3.1-5; Hb 3.7-19). Por isso, quem disser: "O Espírito Santo habita em mim, tenho comunhão com Jesus Cristo e estou salvo por Ele", mas pratica tais pecados, engana a si mesmo e "é mentiroso, e nele não está a verdade" (2.4; cf. 1.6; 3.7,8).
(2) O crente deve ter em mente que todos os pecados, até mesmo os menos graves, podem levar ao enfraquecimento da vida espiritual, à rejeição da direção do Espírito Santo e, daí, à morte espiritual (Rm 6.15-23; 8.5-13).

terça-feira, 25 de agosto de 2015

NASCIDO DE DEUS NÃO COMETE PECADO


"Comete pecado", (gr. hamartano) é um infinitivo presente ativo, que subentende ação contínua. João enfatiza que quem realmente nasceu de Deus, não pode continuar a viver pecando conscientemente, porque a vida de Deus não pode permanecer em quem vive na prática do pecado (cf. 1.5-7; 2.3-11,15-17,24-29; 3.6-24; 4.7,8,20).

(1) O novo nascimento resulta em vida espiritual, a Deus. Nesta epístola, cada vez que João fala do novo nascimento, emprega o tempo pretérito perfeito em grego, para enfatizar o relacionamento contínuo e ininterrupto iniciado pelo novo nascimento (2.29; 3.9; 4.7; 5.1,4,18).

(2) É impossível, espiritualmente, alguém ter em si a vida divina (e, ser nascido de Deus), e viver de modo pecaminoso. Às vezes o crente afasta-se do alto padrão divino para a nova vida espiritual, mas ele não continuará em pecado conhecido (vv. 6.10).

(3) O que faz o crente evitar o pecado é a "semente" de Deus permanecente nele. A "semente" é a própria vida, natureza e Espírito de Deus habitando no crente (5.11,12; Jo 1.1; 15.4; 2 Pe 1.4).

(4) Pela fé (5.4), pela presença de Cristo em nós, pelo poder das Santas Escrituras (ver 1 Ts 2.10 nota), todo crente pode viver a cada momento livre de delitos e pecados contra Deus.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

TODO O MUNDO ESTÁ NO MALIGNO


Nunca compreenderemos adequadamente o NT a não ser que reconheçamos o fato subjacente nele de que Satanás é o deus deste mundo. Ele é o maligno, e o seu poder controla o presente século mau (cf. Lc 13.16; 2 Co 4.4; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14; ver Mt 4.10 nota).
(1) As Escritura não ensinam que Deus hoje controla diretamente este mundo ímpio, cheia de gente pecaminosa, de maldade, de crueldade, de injustiça, de impiedade, etc. 
Deus não deseja, nem causa, de nenhuma maneira, todo o sofrimento que há no mundo; nem tudo quanto aqui ocorre procede da sua perfeita vontade (ver Mt 23.37; Lc 13.34; 19.41-44).

A Bíblia indica que atualmente o mundo não está sob o domínio de Deus, mas em rebelião contra seu governo e sob o domínio de Satanás. Por causa dessa condição, Cristo veio a morrer (Jo 3.16) e reconciliar o mundo com Deus (2 Co 5.18,19). 
Nunca devemos afirmar que "Deus está no controle de tudo", a fim de nos esquivar-nos da responsabilidade de lutar seriamente contra o pecado, a iniquidade ou a mornidão espiritual.

(2) Há, no entanto, um sentido em que Deus está no controle do mundo ímpio. Deus é soberano e, portanto, todas as coisas acontecem de acordo com sua vontade permissiva e controle oi, às vezes, através da sua ação direta, de conformidade com o seu propósito e sabedoria. 
Mesmo assim, na presente era da história, Deus tem limitado seu supremo poder e domínio sobre o mundo.
Esta auto-limitação é apenas temporária porque no tempo determinado pela sua sabedoria, Ele destruirá toda a iniquidade e o próprio Satanás (Ap 19.20). 
Somente então é que " Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre" (Ap 11.15). 

A SEGURANÇA DA SALVAÇÃO


Todo cristão deseja ter a certeza da salvação, ou seja: a certeza de que, quando Cristo voltar ou a morte chegar, esse cristão irá estar com o Senhor, no céu (Fp 1.23; 2 Co 5.8). 
O propósito de João ao escrever esta primeira epístola é que o povo de Deus tenha esta certeza (5.13). Note que João não declara em parte alguma da carta que uma experiência de conversão vivida apenas no passado proporciona certeza ou garantia da salvação hoje. 
Supor que possuímos a vida eterna, tendo por base única uma experiência passada, ou uma fé morta, é um erro grave. Esta epístola expõe nove maneiras de sabermos que estamos salvos como crentes em Jesus Cristo.

(1) Temos a certeza da vida eterna quando cremos "no nome do Filho de Deus" (5.13; cf. 4.15; 5.1,5). Não há vida eterna, nem certeza da salvação, sem uma fé inabalável em Jesus Cristo; fé esta que confessa como Filho de Deus, enviado como Senhor e Salvador nosso.

(2) Temos a certeza da vida eterna quando temos Cristo como Senhor da nossa vida e procuramos sinceramente guardar os seus mandamentos. 
"E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele" (2.3-5; ver também 3.24; 5.2; Jo 8.31,51; 14.23; Hb 5.9).
(3) Temos a certeza da vida eterna quando amamos o Pai e o Filho, e não o mundo (2.15; cf. 5.4).

(4) Temos a certeza da vida eterna quando habitual e continuamente praticamos a justiça, e não o pecado (2.29). Por outro lado, quem vive na prática do pecado é do diabo (3.7-10; ver. 3.9 nota).

(5) Temos a certeza da vida eterna quando amamos os irmãos (3.14; ver também 2.9-11; 4.7,12,20; 5.1; Jo 13.34,35).

(6) Temos a certeza da vida eterna quando temos consciência da habitação do Espírito Santo em nós. "E nisto conhecemos que ele está em nós: pelo Espírito que nos tem dado" (3.24).
 Ver também 4.13: "Nisto conhecemos que estamos nele, e ele em nós, pois que nos deu do teu Espírito".

(7) Temos a certeza da vida eterna quando nos esforçamos para seguir o exemplo de Jesus e viver como ele viveu (2.6; cf. Jo 13.15).

(8) Temos a vida eterna quando cremos, aceitamos e permanecemos na "Palavra de vida", e, o Cristo vivo (1.1), e de igual modo procedemos com a mensagem de Cristo e dos apóstolos, conforme o NT (2.24; cf. 1.1-5; 4.6).

(9) Temos a certeza da vida eterna quando temos um intenso anelo e uma inabalável esperança pela volta de Jesus Cristo, para nos levar para si mesmo. 
"Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é o veremos. 
E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro" (3.2,3; cf. Jo 14.1-3).

domingo, 23 de agosto de 2015

PERMANECEREMOS NO PECADO?




PERMANECEREMOS NO PECADO? 

No capítulo 6, Paulo contesta a ideia errônea de que os crentes podem continuar no pecado e ainda assim estarem livres da condenação eterna, em virtude da graça e misericórdia de Deus em Cristo. 
Paulo refuta esta distorção antinomiana da doutrina da graça, pondo em relevo uma verdade fundamental: o verdadeiro crente demonstra estar "em Cristo" por estar morto para o pecado. Ele foi transportado da esfera do pecado para a esfera da vida - com Cristo (vv. 2-12). 
Uma vez que o crente genuíno separou-se definitivamente do pecado, não continuará a viver nele. Inversamente, quem vive no pecado não é crente genuíno (cf. 1 Jo 3.4-10).
 Em todo este capítulo, Paulo enfatiza que não se pode ser servo do pecado e servo de Cristo a um só tempo (vv. 11-13, 16-18). 
Se um crente torna-se servo do pecado, o resultado será a condenação e a morte eternas (vv. 16.23).

PECADO:

(1) O NT emprega várias palavras em grego para descrever o pecado nos seus vários aspectos. 
As mais importantes são: 
(a) Hamartia, que significa "transgredir", "praticar o mal", "pecar contra Deus" (Jo 9.41).
 (b) Adikia, que significa "iniquidade", "maldade" ou "injustiça" (1.18; 1 Jo 5.17). O termo pode ser descrito como falta de amor a Deus e ao próximo (Mt 22.37-40; Lc 10.27-37). Adikia é, também, o pecado como poder, agindo na pessoa, para escravizar e enganar (5.12; Hb 3.13). 
(c) Anomia, que denota a "ilegalidade", a "iniquidade" e a "rebeldia contra a Lei de Deus" (v. 19; 1 Jo 3.4). 
(d) Apistia, que indica "incredulidade" ou "infidelidade" (3.3; Hb 3.12).

(2) Destas definições podemos tirar a conclusão de que a essência do pecado jaz no egoísmo, e, apegamento do ser humano às coisas ou aos prazeres, para si mesmo, sem fazer caso do bem-estar dos outros e dos mandamentos de Deus e sua Lei. 
Em última análise, o pecado é a recusa da sujeição a Deus e à sua Palavra (1.18-25; 8.7). 
É inimizade contra Deus (5.10; 8.7; Cl 1.21), e desobediência (11.32; Gl 3.22; Ef 2.2; 5.6).

(3) O pecado é também a corrupção moral nos seres humanos, opondo-se a todas as vontades humanas sadias. Ele nos leva tanto a deleitar-nos em cometer iniquidade, como também a sentir prazer nas más ações dos outros (1.21-32; cf. Gn 6.5). 
É, por outro lado, um poder que escraviza e corrompe, à medida que nos entregamos a ele (3.9; 6.12ss.; 7.14; Gl 3.22). 
O pecado está arraigado nos desejos humanos (Tg 1.14; 4.1,2; ver 1 Pe 2.11 nota).

(4) O pecado foi introduzido por Adão na raça humana e afeta a todos (5.12), resulta em julgamento divino (1.18), leva à morte física e espiritual (Gn 2.17; Rm 6.23), e o seu poder somente pode ser dominado pela fé em Cristo e por sua obra redentora pela humanidade (5.8-11; Gn 3.13; Ef 4.20-24; 1 Jo 1.9; Ap 1.5).

UM PROFETA... UM JUSTO


Jesus fala em receber alguém profeta e justo; aqueles que são mais frequentemente perseguidos por causa da sua posição firme em favor da piedade e por causa da sua proclamação da verdade (ver 5.10). 
Por essa razão, aqueles que escolhem o profeta de Deus e recebem a sua mensagem, receberão o galardão especial da parte de Deus.

(1) Isto significa que se nossa dedicação à verdade e à justiça é tão sólida que dedicamos nossa vida à assistência, cooperação e ao conforto dos ministros de Deus que são realmente justos, nosso galardão será o mesmo daquele profeta ou justo que ajudamos.

(2) Por outro lado, não devemos apoiar, assistir ou cooperar com pastores e pregadores que não proclamam a verdade de Deus de conformidade com a revelação do N T, ou que não vivem uma vida piedosa, segundo os padrões justos de Deus. Se apoiarmos tais pessoas, participaremos do juízo que virá sobre elas.

sábado, 22 de agosto de 2015

O DEVER DE ORAR SEMPRE


O empenho constante de Jesus era levar seus seguidores a reconhecerem a necessidade de estarem continuamente em oração, para cumprirem a vontade de Deus na suas vidas. Desta parábola da viúva que perseverava em oração, aprendemos que:

(1) Os crentes devem persevera em oração em todo tempo, até a volta de Jesus. 

ESCOLHIDOS... CLAMAM... DE DIA E DE NOITE:

Os verdadeiros escolhidos de Deus (e, os que perseveram na fé e na santidade) nunca cessarão de clamar a Deus pela volta de Cristo à terra, a fim de destruir o poder de Satanás e o presente sistema iníquo deste mundo. 
Perseverarão na oração, para Deus "depressa fazer justiça" (vv. 3,8) e para Cristo reinar em justiça, sabendo que a sua segunda vinda é a única esperança veraz para este mundo (cf. Jo 14.2; 1 Ts 5.2,3; 2 Ts 2.8; Ap 19.11-21). 
"E Deus não fará justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles?" 18.7. (vv. 8; Rm 12.12; Cl 4.2; Ef 6.18; 1 Ts 5.17).

(2) Nesta vida, temos um adversário (v. 3), que é Satanás (1 Pe 5.8). A oração pode nos proteger do Maligno (Mt 6.13).

(3) Através da oração, os filhos de Deus devem clamar-lhe contra o pecado e por justiça (v. 7).

(4) A oração perseverante é considerada como fé (v. 8).

(5) Nos últimos dias antes da volta de Cristo haverá um aumento de posição diabólica às orações dos fiéis (1 Tm 4.1).
 Por causa de Satanás e dos prazeres do mundo, muitos deixarão de ter uma vida de perseverante oração (8.14; Mt 13.22; Mc 4.19).

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

POR SEUS FRUTOS OS CONHECEREIS


Os falsos mestres exteriormente parecem Justos, mas "interiormente são lobos devoradores" (v.15). Eles devem ser identificados pelos seus "frutos". 
Os "frutos" dos falsos mestres consistem, principalmente, no caráter dos seus seguidores (1 Jo 4.5,6). O falso mestre produzirá discípulos que manisfestarão as seguintes características:

(1) serão cristãos professos, cuja lealdade é dedicada mais a indivíduos do que à Palavra de Deus (v. 21).
Honram e servem a criatura mais do que ao seu Criador (cf. Rm 1.25).

(2) Serão seguidores que se ocupam mais com seus próprios desejos do que com a glória e honra a Deus. Sua doutrina será mais antropocêntrica do que teocêntrica (vv. 21-23; ver 2 Tm 4.3 nota).

(3) Serão discípulos que aceitam doutrinas e tradições dos homens, mesmo que isso contradiga a Palavra de Deus (vv. 24-27; 1 Jo 4.6).

(4) Serão seguidores que buscam mais a experiências religiosas e as manifestações sobrenaturais do que a Palavra de Deus e seus padrões de justiça. 
A sua experiência religiosas ou manifestações espirituais são a sua autoridade da verdade (vv. 22,23), e não todo o conselho da Palavra de Deus.

(5) Serão seguidores que não suportarão a sã doutrina, mas procurarão mestres que lhes oferecem a salvação, em conjunto com o caminho largo da injustiça (vv. 13,14,23; ver 2 Tm 4.3 nota). 
O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, diversos obreiros corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (v. 24.11,24). 
Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que hoje, nem todo escritor evangélico, missionário, pastor, evangelistas, professor, diácono e outros obreiros são aquilo que dizem ser.

BUSCAI PRIMEIRO O REINO DE DEUS,... JUSTIÇA

Aqueles que seguem a Cristo são conclamados a buscar acima de tudo o mais, o reino de Deus e a sua justiça. O verbo "buscar" subentende estar continuamente ocupado na busca de alguma coisa, ou fazendo um esforço vigoroso e diligente para obter algo (cf. 13.45). Cristo menciona dois objetos da nossa busca:
(1) "O REINO DE DEUS": - devemos buscar diligentemente a demonstração da soberania e do poder de Deus em nossa vida e em nossas reuniões. Devemos orar para que o reino de Deus se manifeste no grandioso poder do Espírito Santo para salvar pecadores, para destruir a influência demoníaca, para curar os enfermos e para engrandecer o nome do Senhor Jesus Cristo.
(2) "SUA JUSTIÇA"- com a ajuda do Espírito Santo, devemos procurar obedecer aos mandamentos de Cristo, ter a sua justiça, permanecer separados do mundo e demonstrar o seu amor para com todos (cf. Fp 2.12,13).
O PAPEL DO CRENTE NO REINO: 
(1) É responsabilidade do crente buscar incessantemente o reino de Deus, em todas as suas manifestações, tendo fome e sede pela presença e pelo poder de Deus, tanto na sua vida como no meio da sua comunidade cristã (ver 5.10 nota).
(2) Em 11,12, Jesus revela novos fatos sobre a natureza dos membros do reino. Ali Ele disse que somente quem se esforça apodera-se do reino de Deus. Os tais, movidos por Deus, resolvem romper com as práticas pecaminosas e morais do mundo e seguem a Cristo, a sua Palavra e seus justos caminhos. Não importando o preço a pagar, esses, resolutamente, buscam o reino com todo o seu poder. Noutras palavras, pertencer ao reino de Deus e desfrutar de todas as suas bênçãos requer esforço sincero e constante - um combate de fé, aliado a uma forte vontade de resistir a Satanás, ao pecado e à sociedade perversa em que vivemos.
(3) Não conhecerão o reino de Deus aqueles que raramente oram, que transigem
com o mundo, que negligenciam a Palavra e que têm pouca fome espiritual. É para crentes como José (Gn 39.9), Natã (2 Sm 12.7), Elias (1 Rs 18.21), Daniel e seus três amigos (Dn 1.8;3.16-18), Mardoqueu (Et 3.4,5), Pedro e João (At 4.19,20), Estêvão (At 6.8; 7.51) e Paulo (Fp 3.13,14); inclusive mulheres como Débora (Jz 4.9), Rute (Rt 1.16-18), Ester (Et 4.16), Maria (Lc 1.26-35), Ana (Lc 2.36-38) e Lídia (At 16.14,15,40).

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

BEM-AVENTURADO AQUELE QUE LÊ


Esta é a primeira das sete "bem-aventuranças" ou bênçãos que se acham no Apocalipse, e que são concedidas àqueles que leem, ouvem e obedecem às coisas nele escritas. 
As outras seis bênçãos acham-se em 14.13; 16.15; 19.9; 20.6; 22.7,14 "Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam" Lc 11.28. 
O fato de ser ordenado aos crentes guardar os mandamentos do livro de Apocalipse indica tratar-se de um livro prático, de instruções morais, e não simplesmente profecias do futuro. 
Isso quer dizer que devemos ler este livro, não somente para compreender o plano futuro de Deus para o mundo e seu povo, mas também para aprender e aplicar os seus grandes princípios espirituais. 
Acima de tudo, tal leitura deve nos levar cada vez mais perto de Jesus Cristo, com fé, esperança e amor.
"Nem todo o que me diz: 
Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus" Mt 7.21.

FÉ E OBRAS, A FÉ SEM OBRAS É MORTA

FÉ E OBRAS: 
Os versículos 14-26 tratam do problema, sempre presente na igreja, daqueles que professam ter fé salvífica no Senhor Jesus Cristo, mas que, ao mesmo tempo, não demonstram pelas obras nenhuma evidência de devoção sincera a Ele e à sua Palavra.
(1) A fé salvífica é sempre uma fé viva que não se limita à mera confissão de Cristo como Salvador, mas que também nos leva a obedecê-lo como Senhor. Portanto, a obediência é um aspecto fundamental da fé. Somente quem obedece pode de fato crer, e somente aqueles que creem podem de fato obedecer ao Senhor (ver v. 24 nota; Rm 1.5 nota sobre a "obediência da fé").
(2) Notem que não há nenhuma contradição entre Paulo e Tiago no tocante à questão da fé salvífica. No sentido geral, Paulo enfatiza a fé como o meio pelo qual aceitamos a Cristo como Salvador (Rm 3.22). Tiago enfatiza o fato de que a verdadeira fé deve ser uma ativa, duradoura e que molde nossa própria existência.
A FÉ SEM AS OBRAS É MORTA: 2.17,26
(1) A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de se expressar por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem a fé são obras mortas. A fé sem obras é morta. A fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e atos compassivos para com os necessitados (v.22 nota; Rm 1.5 nota).
(2) Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professavam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa (vv. 14-16,20-24). 
O único tipo de fé que salva é "a fé que opera por caridade" (Gl 5.6).
(3) Não devemos, por outro lado, pensar que mantemos uma fé viva, exclusivamente por nossos próprios esforços. A graça de Deus, o Espírito Santo que em nós habita e a intercessão sacerdotal de Cristo (ver Hb 7.25 nota) operam em nossa vida, capacitando-nos a obedecer a Deus pela fé, do começo ao fim (cf. Rm 1.17). Se deixarmos de ser receptivos à graça de Deus e à direção do Espírito Santo, nossa fé sucumbirá.

EU SOU A VIDEIRA VERDADEIRA TODA VARA...

Nesta parábola ou alegoria, Jesus se descreve como "a videira verdadeira" e aqueles que se tornaram seus discípulos, como "os ramos". Ao permanecerem ligados nEle como a fonte da vida, frutificam. Deus é o lavrador que cuida dos ramos, para que deem fruto (vv. 2.8). Deus espera que todo crente dê fruto.
TODA VARA
Jesus fala de duas categorias de varas: infrutíferas e frutíferas.
(1) As varas que cessam de dar fruto são as que já não têm em si a vida que provém da fé perseverante em Cristo e do amor a Ele. A essas varas o Pai tira, e, Ele as separa da união vital com Cristo, Deus passa a julgá-las e a rejeitá-las (v.6).
(2) As varas que dão fruto são as que têm vida em si por causa da sua perseverante fé e amor para com Cristo. A essas varas o Pai "limpa", poda, a fim de ficarem mais frutíferas. Isso quer dizer que Ele remove de suas vidas qualquer coisa que desvia ou impede o fluxo vital de Cristo. O fruto é o caráter Cristão, como qualidades, que no crente glorifica a Deus, mediante sua vida e seu testemunho (ver Mt 3.8; 7.20; Rm 6.22; Gl 5.22,23; Ef 5.9; Fp 1.11).

quarta-feira, 19 de agosto de 2015

EU ROGAREI AO PAI O CONSOLADOR

ROGAREI UE AO PAI:

Jesus rogou ao Pai que enviasse o Consolador, mas somente àqueles que o amam sinceramente e que se dedicam à sua Palavra. Jesus emprega o tempo presente em "Se me amardes" (v.15), ressaltando assim uma atitude contínua de amor e de obediência.

O CONSOLADOR:

Jesus chama o Espírito Santo de "Consolador". Trata-se da tradução da palavra grega parakletos, que significa literalmente "alguém chamado para ficar ao lado de outro para o ajudar". É um termo rico de sentido, significando Consolador, Fortalecedor, Conselheiro, Socorro, Advogado, Aliado e Amigo. O termo grego para "outro" é, aqui, allon, significando "outro da mesma espécie", e não heteros, que significa outro, mas espécie diferente. Noutra palavras, o Espírito Santo dá prosseguimento ao que Cristo fez quando na terra.

(1) Jesus promete enviar outro Consolador. O Espírito Santo, pois, faria pelos discípulos, tudo quanto Cristo tinha feito por eles, enquanto estava com eles.
O Espírito estaria ao lado deles para os ajudar (cf. Mt 14.30,31), prover a direção certas para a suas vidas (v. 26), consolar nos momentos difíceis (v. 18), interceder por eles em oração (Rm 8.26,27; cf. 8.34) e permanecer com eles para sempre.

(2) A palavra parakletos é aplicada ao Senhor Jesus em 1 Jo 2.1. Jesus, portanto, é nosso Ajudador e Intercessor no céu (cf. Hb 7.25) enquanto que o Espírito Santo é nosso Ajudador e Intercessor, habitando em nós, aqui na terra (Rm 8.9,26; 1 Co 3.16; 6.19; 2 Co 6.16; 2 Tm 1.14).

VIREI OUTRA VEZ E LEVAREI PARA MIM MESMO

(1) Tão certamente como Cristo subiu ao céu, Ele voltará para levar seus seguidores para si mesmo, conduzindo-os à casa do Pai
"na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vo-lo teria dito, pois vou preparar-vos lugar" (14.2 nota cf. 17.24), "Na casa de meu Pai" é claramente uma referência ao céu, porque Jesus para lá precisa "ir", para nos preparar lugar (cf. Mt 6.9; Sl 33.13,14; Is 63.15). Deus tem um celeste lar onde há "muitas moradas", e para as quais a "família de Deus", ora vivendo na terra, (Ef 2.19) será trasladada; "não temos aqui cidade permanente" (Hb 13.14). O lugar que lhes está preparado. Esta era a esperança dos crentes dos tempos do NT, e de igual modo, a de todos os crentes de hoje. O propósito supremo da volta do Senhor é ter os crentes com Ele para sempre.
(2) A expressão "vos levarei para mim mesmo" fala da esperança futura de todos os crentes vivos naquele momento, quando então serão "arrebatados juntamente com eles nas nuvens a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor" (1 Ts 4.17).
(3) Avinda de Cristo para buscar os seus fiéis, livrá-los-á da futura "hora da provação" que sobrevirá ao mundo (ver Lc 2.36-38 nota; Ap 3.10 nota; 1 Ts 1.10 nota; 5.9).

terça-feira, 18 de agosto de 2015

HABITA CONVOSCO E ESTARÁ EM VÓS

HABITA CONVOSCO E ESTARÁ EM VÓS: 
Cristo declara que o Espírito Santo habita agora com os discípulos, e lhes promete que futuramente Ele estaria "em vós". A promessa do Espírito Santo para habitar nos fiéis cumpriu-se depois da ressurreição de Cristo, quando Ele assoprou sobre eles e disse-lhes: "Recebei o Espírito Santo" (ver Jo 20.22 nota). A seguir, Cristo lhes ordenou a aguardarem uma outra experiência no Espírito Santo, que lhes daria grande poder para testemunhar.
"Mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias... recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós" (At 1.5,8; 2.4, para a operação do Espírito Santo na regeneração do pecador).
O ESPÍRITO DA VERDADE:
O Espírito Santo é chamado "O Espírito da verdade" (15.26; 16.13; cf. 1 Jo 4.6; 5.6), porque Ele é o Espírito de Jesus, que é a verdade (18.37), instrui quanto à verdade, expõe a mentira (At 5.1-9) e guia o crente em toda a verdade (16.13). Aqueles que querem sacrificar a verdade em favor da unidade, do amor, ou outra qualquer razão, negam o Espírito da verdade, que os tais alegam ter. A igreja que abandona a verdade, abandona o seu Senhor. O Espírito Santo não será conselheiro dos que são indiferentes à fá ou a seu compromisso com a verdade. Ele vive somente nos que adoram ao Senhor "em espírito e em verdade" (4.24).

AO ÍMPIO: CERTAMENTE MORRERÁS


Ezequiel era um atalaia para advertir os seus compatriotas de que a sua persistência no pecado e na rejeição a Deus resultava em morte. Se Ezequiel deixasse de advertir os ímpios, ele seria considerado responsável pela morte deles. 
(1) Segundo o novo concerto, o fiel ministro de Deus também deve advertir sua congregação a que não viva no pecado, para que não seja excluída do reino de Deus (ver 1 Co 6.9 nota; Gl 5.21 nota; Ef 5.5 nota). 
Aqueles que ensinam que o crente pode viver uma vida ímpia e imoral sem comprometer a sua salvação eterna, sofrerão eles mesmos o severo juízo divino.
 (2) Sempre devemos lembrar que Deus nos ordenou ir ao mundo inteiro e proclamar o evangelho (Mt 28.18-20; At 1.8), e que isso inclui advertência da morte eterna para todos aqueles que não se arrependerem, nem crerem em Cristo (cf. At 17.22-31). Deus, portanto, constitui a igreja como um atalaia (ver Mt 18.15 nota).
Deus precisa de servos autênticos e fiéis para proclamarem a sua Palavra ao povo. servos que falem tudo quanto Ele quer, sem medo e sem transigência com o erro. 
Sua mensagem não é determinada pela reação dos ouvintes, mas, sim, entregue com total lealdade a Deus e à sua verdade (ver Ez 2.7). 
Se alguns ouvintes decidem resistir a Deus e à sua lei, que o façam, porém esses servos vão continuar a entregar a mensagem de Deus, repreendendo o pecado e a rebeldia, e conclamando o povo a ser fiel ao Senhor. 
Seja um atalaia onde quer que esteja, seja autêntico e verdadeiro, e Deus será contigo.

segunda-feira, 17 de agosto de 2015

SE O BUSCARDES, O ACHAREIS


Buscar fielmente ao Senhor produz resultados maravilhosos.

(1) Os que buscam ao Senhor experimentam a paz de Deus (14.6,7); isso significa, não somente a ausência de conflitos, como também a realidade do perdão, uma consciência sem ofensa (At 24.16; 1 Tm 3.9) e o bem-estar que brota do correto relacionamento com Deus (cf. Is 26.3; At 10.36; Rm 5.1; Gl 5.22; ver Rm 8.1 nota).

 (2) Os que buscam ao Senhor alcançam misericórdia, graça, "a fim de sermos ajudados em tempo oportuno" (ver Hb 4.16 nota; cf. 2 Cr 14.11-15). 
(3) Os que buscam ao Senhor desfrutam da presença de Deus (vv. 1-4). Deus promete que todos que o buscarem de coração, achá-lo-ão. Sob o novo concerto, a presença de Deus através do Espírito Santo comunica força e consolo aos crentes, e os guia à verdade, à pureza e ao poder (ver Jo 14.16-26; 15.26,27; At 2.4; Rm 8.5-16; Gl 4.6). 
(4) Os que buscam ao Senhor podem, com firmeza, resistir aos seus inimigos (14.9-15; 16.7,8). Esses terão muito poder, para com eficácia guerrearem contra Satanás e suas forças espirituais (cf. Ef 6.1018; ver Mt 4.10 nota).
Parte essencial de qualquer renovação espiritual ou avivamento entre o povo de Deus é a busca da face do Senhor (ver 7.14 nota). O escritor de Crônicas emprega o verbo "buscar [ ao SENHOR]" oito vezes nos caps. 14 - 16 (14.4,7; 15.2,4,12,13,15; 16.12) e trinta vezes ao todo nos dois livros de Crônicas. significa desejar e buscar com fervor a presença do Senhor, sua comunhão, seu reino e sua santidade (1 Cr 16.11). 
Buscar ao Senhor inclui: 
(1) voltar-se de todo o coração para Deus, em oração fervorosa (Is 55.6; Jr 29.12,13); 
(2) Ter fome e sede de justiça do Senhor (15.2; Sl 24.3-6; Is 51.1; cf. Mt 5.8; Jo 4.14; ver Mt 5.6 nota); 
(3) dedicar-se resolutamente a fazer a vontade de Deus e abandonar a prática de tudo que possa ser ofensivo a Deus (vv. 14.2-7; 7.14) e (4) crer em Deus e depender dEle como nosso verdadeiro socorro (Hb 13.6), na certeza de que Ele é "galardoador dos que o buscam" (Hb 11.6; 2 Cr 14.11).


SE O MEU POVO... SE HUMILHAR, E ORAR, E BUSCAR... E SE CONVERTER


SE O MEU POVO... SE HUMILHAR, E ORAR, E BUSCAR... E SE CONVERTER: (Parte 1) 

O castigo que Deus envia ao seu povo nos tempos de declínio moral, indiferença espiritual e de parceria com o mundo é a seca, a esterilidade e a peste (v.13). 
A promessa de Deus (ver nota seguinte), embora originalmente feita a Israel, é de igual modo aplicável ao povo de Deus em qualquer época, desde que este povo, uma vez sob castigo divino, satisfaça as seguinte condições para um avivamento espiritual e restauração do santo propósito e bênção de Deus para seu povo (cf. At 3.19):
(1) "Humilhar-se". O povo de Deus deve reconhecer as suas faltas, manifestar tristeza pelo seu pecado e renovar seu compromisso de fazer a vontade de Deus.
Diante Humilharmos, importa em reconhecer nossa pobreza espiritual (11.16; 15.12,13,15; 34.15-19; Sl 51.17; Mt 5.3).

(2) "Orar". O povo de Deus deve clamar agonizante, pedindo-lhe misericórdia, deve depender totalmente dEle e confiar nEle para a sua intervenção. A oração deve ser fervente e perseverante até Deus responder do céu (cf. Lc 11.1-13; 18.1-8; Tg 5.17,18).

(3) "Buscar a minha face". O povo de Deus deve, com dedicação, buscar a Deus de todo o coração e ansiar pela sua presença - e não simplesmente tentar fugir da adversidade (11.16; 19.3; 1 Cr 16.11; 22.19; Is 55.6,7).

(4) "E se converter dos seus maus caminhos". O povo de Deus deve se arrepender com sinceridade, abandonar pecados específicos e todas as formas de idolatria, renunciar o mundanismo e chegar-se a Deus; pedindo misericórdia, perdão e purificação (29.6-11; 2 Rs 17.13; Jr 25.5; Zc 1.4; Hb 4.16).

ENTÃO, EU OUVIREI... PERDOAREI... SARAREI (Parte 2)

Quando são cumpridas as quatro condições da parte de Deus, para o avivamento e renovação espiritual do seu povo (ver nota anterior), cumpre-se também a tríplice promessa divina do avivamento:

(1) Deus desviará a sua ira do seu povo, ouvirá o seu clamor angustiado e atenderá a sua oração (v.15). Noutras palavras, a primeira evidência de um reavivamento é Deus começar a ouvir, do céu, a oração e responder de lá (vv. 14,15) e a manifestar compaixão pelo seu povo (Sl 85.4-7; 102.1,2,13; Jr 33.3; Jl 2.12,13,18,19).

(2) Deus perdoará o seu povo, purificá-lo-á dos seus pecados e restaurará entre eles o seu favor, presença, paz, verdade, justiça e poder (cf. Sl 85.9-13; Jr 33.7,8; Os 10.12; Jl 2.25; 2 Co 6.14-18).

(3) Deus sarará o seu povo e sua respectiva terra, derramando novamente chuvas (e, favor e bênção físicas) e o Espírito Santo (e, despertamento espiritual entre o seu povo e entre os perdidos, cf. Sl 51.12,13; Os 5.14 - 6.3,11; Jl 2.28-32).



domingo, 16 de agosto de 2015

ADQUIRE A SABEDORIA, ADQUIRE A INTELIGÊNCIA


A sabedoria de Deus é essencial para uma vida cristã proeminente segundo a vontade de Deus (vv. 20-22; 3.21,22), Devemos, portanto, buscá-la acima de todas as coisas. 
Não é fácil, porém, alcançar semelhante sabedoria, pois é dada àqueles que esforçadamente pagam o seu preço. Essa sabedoria nos chega por dois caminhos. 
 O ensino. 
1. Mediante uma transformação espiritual que importará em apartar-se do mal e voltar-se para o conhecimento de Deus. A comunhão pessoal com Deus é o primeiro passo para se obter a verdadeira sabedoria. O crente deve temer ao Senhor e odiar o mal (Rm 8.13; 9.10).
 Dedicação.
2. A sabedoria é concedida à pessoa que perceber o seu valor e que por isso a busca com diligência (Rm 8.17). 
O sábio aprende através do ensino (9.9) e da disciplina da parte de Deus (3.11); ele acata os mandamentos de Deus (10.8), ouve o santo conselho dos pais e de outras pessoas (v. 1; 13.10) e considera a sabedoria de Deus mais valiosa do que a prata, o ouro, ou jóias preciosas (3.14,15; 23.23).
 Jesus Cristo é a suprema manifestação da sabedoria de Deus (1 Co 1.30; Cl 2.2,3). Logo, essa exortação do AT equivale a um chamamento para a pessoa dedicar sua vida a Jesus Cristo. Devemos abandonar o pecado e, renunciando ao nosso eu, voltar-nos para Ele, largando tudo o que for necessário e fim de segui-lo como seus discípulos (Mt 13.44-46; Lc 14.33). 

TEM O SEU PRAZER NA LEI DO SENHOR... MEDITA... DE DIA... NOITE


TEM O SEU PRAZER NA LEI DO SENHOR:
Os santos de Deus não somente evitam o mal, como também edificam a sua vida em torno das palavras do Senhor. 
Procuram obedecer à vontade de Deus porque seus corações realmente têm prazer nos caminhos e mandamentos do Senhor (ver 2 Ts 2.10, onde os ímpios perecem porque não querem amar a verdade). A motivação dos atos dos salvos provém dos seus espíritos e emoções redimidos, conquistados pela verdade de Deus conforme a temos na sua Palavra.

NA SUA LEI MEDITA DE DIA E DE NOITE:
Aqueles que procuram viver na bênção de Deus, meditam na sua lei ( e na sua Palavra), a fim de moldarem seus pensamentos, atitudes e ações. Leem as palavras das Escrituras, meditam nelas e as comparam com outros trechos bíblicos. 
Ao meditarem num texto bíblico, vêm às suas mentes perguntas como estas:
O Espírito de Deus está aplicando este versículo à minha condição no momento?
Há aqui uma promessa para eu buscar?
Este texto revela um pecado específico que devo empenhar-me em evitar?
Deus está dando uma ordem para eu obedecer?
Meu espírito está em harmonia com o que o Espírito Santo está me dizendo aqui?
Este texto revela uma verdade a respeito de Deus, da salvação, do mundo,ou da minha obediência pessoal a Deus, a respeito da qual preciso receber a iluminação do Espírito Santo?

sábado, 15 de agosto de 2015

SEGUI... A SANTIFICAÇÃO

  
Ser santo é estar separado do pecado e consagrado a Deus. É ficar perto de Deus, ser semelhante a Ele, e, de todo o coração, buscar sua presença, sua justiça e a sua comunhão. Acima de todas as coisas, a santidade é a prioridade de Deus para o seus seguidores (Ef 4.21-24).
(1) A santidade foi o propósito de Deus para seu povo quando Ele planejou sua salvação em Cristo (Ef 1.4).
(2) A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele veio a esta terra (Mt 1.21; 1 Co 1.2,30).
(3) A santidade foi o propósito de Cristo para seu povo quando Ele se entregou por eles na cruz (Ef 5.25-27).
(4) A santidade é o propósito de Deus, ao fazer de nós novas criaturas e nos conceder o Espírito Santo (Rm 8.2-15; Gl 5.16-25, Ef 2.10).
(5) Sem santidade, ninguém poderá ser útil a Deus (2 Tm 2.20,21).
(6) Sem santidade, ninguém terá intimidade nem comunhão com Deus (Sl 15.1,2).
(7) Sem santidade, ninguém verá o Senhor (v. 14; Mt 5.8).
(8) Os filhos de Deus são santificados mediante a fé (At 26.18), pela união com Cristo na sua morte e ressurreição (Jo 15.4-10; Rm 6.1-11; 1 Co 1.30), pelo sangue de Cristo (1 Jo 1.7-9), pela Palavra (Jo 17.17) e pelo poder regenerador e santificador do Espírito Santo no seu coração (Jr 31.31-34; Rm 8.13; 1 Co 6.11; 1 Pe 1.2; 2 Ts 2.13).
(9) A verdadeira santificação requer que o crente mantenha profunda comunhão com Cristo (ver Jo 15.4 nota), mantenha comunhão com os crentes (Ef 4.15,16), dedique-se à oração (Mt 6.5-13; Cl 4.2), obedeça a Palavra de Deus (Jo 17.17), tenha consciência da presença e dos cuidados de Deus (Mt 6.25-34), ame a justiça e odeie a iniquidade (Hb 1.9), mortifique o pecado (Rm 6), submeta-se à disciplina de Deus (Hb 12.5-11), continue em obediência e seja cheio do Espírito Santo (Rm 8.14; Ef 5.18).

SE TEU IRMÃO PECAR CONTRA TI


Em 18.15-17, o Senhor Jesus Cristo expõe o método de restauração espiritual, mediante a disciplina, de um cristão professo que venha a pecar contra outro membro da igreja. 
Negligenciar este ensino de Cristo, levará os crentes à transigência com o pecado e logo mais essa igreja deixará de ser um povo santo de Deus (cf. 1 Pe 2.9; ver Mt 5.13 nota).

(1) O propósito da disciplina eclesiástica é manter a reputação de Deus (6.9; Rm 2.23,24), proteger a pureza moral e a integridade doutrinária da igreja (1 Co 5.6,7; 2 Jo 7-11) e procurar salvar a alma do crente desgarrado e restaurá-lo à semelhança de Cristo (18.15; Tg 5.19,20).

(2) Primeiramente deve-se  lidar com o transgressor e repreendê-lo em particular. Se ele atender, deverá ser perdoado (v. 15). Se o transgressor recusar atender ao seu irmão na fé (vv. 15,16), e a seguir fizer o mesmo ao ser avisado por um ou dois membros, juntos (v. 16), e por fim recusar, também, atender à igreja local, deve ser considerado "como um gentio e um publicano", e, como alguém que está fora do reino de Deus, separado de Cristo e caído da graça (Gl 5.4). 
Não tem condições de ser membro da igreja e deve ser desligado da comunhão da mesma.

(3) A conservação da pureza da igreja deve ser mantidas não somente nas áreas do pecado e da imoralidade, como também em caso de heresia doutrinária e da infidelidade à fé histórica do NT (Gl 1.9).
(4) ensinam que a disciplina eclesiástica deve ser exercida num espírito de humildade, de amor, de pesar e de auto-exame (ver 22.37 nota; 2 Co 2.6,7; Gl 6.1).

(5) Pecados de imoralidade sexual na igreja devem ser tratados de conformidade com 1 Co 5.1-5 e 2 Co 2.6-11. Nesses tipos de pecados graves, a igreja toda deve tratar o culpado com pesar e lamento (1 Co 5.2) disciplinando o transgressor o suficiente (2 Co 2.6) e excluindo-o da igreja (1 Co 5.2,13). 
Posteriormente, após um período de evidente arrependimento, o disciplinado poderá ser perdoado, receber outra vez o amor dos irmãos e ser restaurado à comunhão (2 Co 2.6-8).

(6) Os pecados de um obreiro devem ser, primeiro, tratados em particular e, a seguir, comunicados à igreja, pois está escrito: "repreende-os na presença de todos, para que também os outros tenham temor" (1 Tm 5.19,20; Gl 2.11-18).

(7) Os dirigentes de igrejas locais devem sempre lembrar-se da responsabilidade de "apascentar a igreja". 
O Senhor requererá deles uma prestação de contas "do sangue de todos" (At 20.26) que se perderem, porque os ditos líderes não cuidaram de sua restauração, disciplina ou exclusão, segundo a vontade e o propósito de Deus (cf. Ez 3.20,21; At 20.26,27; ver Ez 3.18 nota).

sexta-feira, 14 de agosto de 2015

APOSTATARÃO ALGUNS DA FÉ


O Espírito Santo revelou explicitamente que haverá, nos últimos tempos, uma rebeldia organizada contra a fé pessoal em Jesus Cristo e da verdade bíblica (cf. 2 Ts 2.3; Jd 3,1).

(1) Aparecerão na igreja pastores de grande capacidade e poderosamente ungidos por Deus. Alguns realizarão grandes coisas por Deus, e pregarão a verdade do evangelho de modo eficaz, mas se afastarão da fé e paulatinamente se voltarão para espíritos enganadores e falsas doutrinas. Por causa da unção e do zelo por Deus que tinham antes, desviarão a muitas pessoas.

(2) Muitos crentes se desviarão da fé porque deixarão de amar a verdade (2 Ts 2.10) e de resistir às tendências pecaminosas dos últimos dias (cf. Mt 24.5, 10-12; ver 2 Tm 3.2,3, notas). Por isso, o evangelho liberal dos ministros e educadores modernistas encontrará pouca resistência em muitas igrejas (4.1; 2 Tm 3.5; 4.3; ver Cl 11.13 nota).

(3) A popularidade dos ensinos antibíblicos vem sobretudo pela ação de Satanás, conduzindo as suas hostes numa oposição cerrada à obra de Deus. A segunda vinda de Cristo será precedida de uma maior atividade de satanismo, ocultismo, possessão e engano demoníacos, no mundo e na igreja (Ef 6.11,12).

 (4) A proteção do crente contra tais engano e ilusões consiste na lealdade total a Deus e à sua Palavra inspirada, e a conscientização de que homens de grandes dons e unção espirituais podem enganar-se, e enganar os outros com sua mistura de verdade e falsidade. Essa conscientização deve estar aliada a um desejo sincero do crente praticar a vontade de Deus (Jo 7.17) e de andar na justiça e no temor de Deus (Sl 25.4,5,12-15).

(5) Os crentes fiéis não devem pensar que pelo fato da apostasia predominar dentro do cristianismo nesses últimos dias, não poderá ocorrer reavivamento autêntico, nem que o evangelismo segundo o padrão do NT não será bem- sucedido.
 Deus prometeu que nos "últimos dias" salvará todos quanto invocarem o seu nome e que se separarem dessa geração perversa, e que Ele derramará sobre eles o seu Espírito Santo (At 2.16-21,33,38-40;3.19).

RIOS DE ÁGUA VIVA COMO DIZ A ESCRITURA


RIOS DE ÁGUA VIVA:

 Quando o crente recebe o dom do Espírito Santo, passa a ter uma vida transbordante no Espírito. 
A seguir, essa "águas vivas correrão" para os outros com a mensagem sanadora de Cristo (10.10; 14.12; 15.5; ver também Sl 46.4; Is 32.15; 44.3; 58.11; Jr 31.12; Ez 47.1-12; Jl 3.18; Zc 14.8).

COMO DIZ A ESCRITURA:

Jesus citava a Escritura para ratificar o que dizia, porque a Sagrada Escritura é a própria Palavra do seu Pai e, portanto, a autoridade suprema da sua vida. 
A Escritura é, também, a única autoridade suprema do cristão. Somente Deus tem o direito de determinar a regra de fé do homem e seus padrões de conduta, e quis exercer essa autoridade revelando ao homem sua verdade num livro chamado Bíblia. 
A Bíblia, por ser a Palavra e mensagem de Deus, exerce a mesma autoridade que o próprio Deus exerceria se fosse falar-nos diretamente.

(1) A Escritura divinamente inspirada é a autoridade final do crente. Idéias humanas, tradições eclesiásticas ou humanas, profecias na igreja e supostas novas revelações ou doutrinas, tudo deve ser testado pelo padrão das Sagradas Escrituras ou coexistente com elas (cf. Mc 7.13; Cl 2.8; 1 Pe 1.18,19; Is 8.20).

(2) Professar lealdade igual ou maior a qualquer autoridade além de Deus (como revelado em Cristo) e da sua Palavra inspirada é afastar-se da fé cristã e do senhorio de Cristo.
 Afirmar que qualquer pessoa, instituição, credo ou igreja possui autoridade religiosa igual à revelação inspirada de Deus, ou maior do que ela, equivalente a idolatria. 
Se, portanto, alguém não submeter suas crenças e sua doutrina à autoridade da revelação apostólica do NT, coloca-se fora do cristianismo bíblico e da salvação em Cristo.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

VERDADEIRAMENTE, SEREIS LIVRES

O não-salvo é escravo do pecado (v. 34; Rm 6.17-20). Escravizado pelo pelo pecado e por Satanás, é forçado a viver segundo as concupiscência da carne e os desejos de Satanás (Ef 2.1-3)
(1) O verdadeiro crente, salvo em Cristo com a graça acompanhante do Espírito Santo que nele habita, é liberto do poder do pecado (Rm 6.17-22; 8.1-14). Quando tentado a pecar, ele agora tem o poder de agir de conformidade com a vontade de Deus e da justiça (Rm 6.18-22).
(2) A libertação da escravidão do pecado é um critério seguro para o crente professo testar e comprovar se a vida eterna habita nele com a sua graça regeneradora e santificadora. Quem vive como escravo do pecado, ou nunca experimentou o renascimento espiritual pelo Espírito Santo, ou experimentou a regeneração espiritual, mas cedeu ao pecado e voltou à morte espiritual, a qual leva à escravidão do pecado (Rm 6.16,21,23; 8.12,13; ver 1 Jo 3.15 nota).
Não se quer dizer com isso que os crentes estão livres da guerra espiritual contra o pecado. Durante nossa vida inteira, teremos de lutar constantemente contra as pressões do mundo, da carne e do diabo (ver Gl 5.17 nota; Ef 6.11,12 notas). A plena liberdade da tentação e da atração do pecado terá lugar somente com a redenção completa, quando da nossa morte, ou na volta de Cristo para buscar os seus fiéis. O que Cristo nos oferece agora é o poder santificador da sua vida, mediante o qual aqueles que seguem o Espírito são libertos dos desejos  e paixões da carne (Gl 5.16-24) e capacitados a viverem como santos e inculpáveis diante dEle, em amor (Ef 1.4).

NASCER DE NOVO, A REGENERAÇÃO

Em 3.1-8, Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém pode ver o reino de Deus, receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada  ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus "em verdade justiça e santidade" (Ef 4.24).

(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1 Co 2.14).

(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (ver. 1.12 nota).

(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver. 8.36 nota; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).

(5) Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver. 1 Jo 3.9 nota). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1 Jo 2.3-11, 15-17,24-29; 3.6-24;4.7,8,20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo (ver. 15.4 nota) e a dependência do Espírito Santo (Rm 8.2-14).

(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1 Jo 3.6,7).

(7) Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: "se viverdes segundo a carne, morrereis" (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão "como já antes vos disse" (v, 21).

(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do Espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13 nota). Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2 Tm 2.12).