EVANGELHO DE JESUS CRISTO

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O SENHOR O ENSINARÁ

O tema principal deste salmo é a maneira como Deus dirige o crente fiel na sua sabedoria. Note aqui as seguintes verdades:

(1) Deus tem um plano para cada crente. Ele teve um plano para Adão (Gn 1.28; 2.18-25), Abraão (Gn 12.1-3), José (Gn 45.4-9) e seu povo Israel (Gn 50.24; Êx 6.6-8). Teve um plano para Jesus (Lc 18.31) e para Paulo (At 21.10-14; 22.14,15; 26.16-19; ver 21.14 nota). Deus tem um plano específico para cada um de seus filhos (1 Co 12; Ef 1.10; 2.10; 3.11; 4.11-13).

(2) O plano de Deus nos pode ser comunicado por meios extraordinários, tais como sonhos, visões e profecia (At 21.10, nota). Porém, a maneira normal de Ele nos guiar e comunicar sabedoria é através das Sagradas Escrituras (2 Tm 3.16), e por meio do Espírito Santo, habitando em nosso coração (Jo 14.26; At 8.29; 10.19; 13.2; 15.28; 16.6; 1Jo 2.20,27).

(3) O plano de Deus para o crente pode deixar de realizar-se caso a pessoa desconhece a Palavra de Deus ou a interprete erroneamente e tome decisões contrárias à vontade de Deus. Se as convicções, os posicionamentos e doutrinas básicas da Bíblia não estiverem solidamente arraigada em nosso espírito, cairemos no erro.

(4) Uma área fundamental na direção do crente é a sua santidade de vida (cf. v. 21; Rm 8.11-14), pois Deus nos guia "pelas veredas da justiça" (23.3).

PALAVRAS... QUE O ESPÍRITO SANTO ENSINA


Embora Paulo esteja escrevendo a respeito da origem divina da sua própria pregação, suas palavras nos vv. 9-13 sugerem os passos pelos quais o Espírito Santo inspirou as Sagradas Escrituras.
Passo 1: Deus deseja comunicar à humanidade a sua sabedoria (vv. 7-9). Essa sabedoria dizia respeito à nossa salvação e centrava-se em Cristo como a sabedoria de Deus (cf. 1.30; 2.2,5).
Passo 2: Foi somente pelo Espírito Santo que a verdade e a sabedoria de Deus foram revelada à humanidade (v. 10) O Espírito Santo conhece plenamente os pensamentos de Deus (v. 11)
Passo 3: A revelação de Deus foi concedida a crentes escolhidos, mediante a presença do Espírito Santo que neles habitava (v. 12; cf. Rm 8.11,15)
Passo 4: Os escritores da Bíblia usaram palavras ensinadas pelo Espírito Santo (v.13); o Espírito Santo guiava os escritores nas escolha das palavras que empregavam (cf. Êx 24.4; Is 51.16; Jr 1.9; 36.28,32; Ez 2.7; Mt 4.4). Ao mesmo tempo, a orientação do Espírito na comunicação da verdade divina, não era mecânica; pelo contrário, o Espírito usava o vocabulário e estilo pessoal de cada escritor.
Passo 5: As escrituras divinamente inspiradas são compreendidas pelos crentes espirituais, à medida que eles examinam o seu conteúdo pela iluminação do Espírito Santo (vv. 14-16).
Daí, tantos os pensamentos quanto a linguagem das Escrituras foram inspirados pelo Espírito de Deus. Nenhum escritor sequer, escreveu uma única palavra ou frase errada. A Palavra de Deus foi protegida de todo erro por meio do Espírito Santo.

FERIDO PELAS NOSSAS TRANSGRESSÕES


Cristo foi crucificado por nossos pecados e nossas culpas diante de Deus (cf. Sl 22.16; Zc 12.10; Jo 19.34; 1 Co 15.3). Como nosso substituto, Ele sofreu o castigo que merecíamos, e pagou a penalidade dos nossos pecados - a penalidade da morte (Rm 6.23). Por isso, podemos ser perdoados por Deus e ter paz com Ele (cf. Rm 5.1).
Pelas suas pisaduras fomos sarados.
Esta cura refere-se à salvação, com todas as suas bênçãos, espirituais e materiais. A doença e a enfermidade
são consequências da queda adâmica e da atividade de Satanás no mundo. "Para isto o Filho de Deus se manifestou; para desfazer as obras do diabo" (1Jo 3.8). Cristo concedeu os dons de cura à sua igreja (1 Co 12.9) e ordenou a seus seguidores curar os enfermos, como parte da sua proclamação do Reino de Deus (Lc 9.1,2; 10.1.8,19).

DEUS... NOS ABENÇOE... PARA QUE SE CONHEÇA NA TERRA O TEU CAMINHO


Este salmo fala do plano de Deus para o seu povo quando no princípio Ele chamou Abraão (ver Gn 12.1-3; cf. Nm 6.24). (1) Deus escolheu esse homem para que, através da sua descendência, Ele se tornasse conhecido das nações da terra. Seu propósito era que Israel recebendo e desfrutando a sua graça e bênção, levasse as nações pagãs a reconhecerem isso, para também adorarem-no e aceitarem seus caminhos de verdade e retidão.

(2) Os crentes do Nt devem orar para que Deus os abençoe e às suas famílias, mediante sua presença, amor, graça, direção, salvação, cura divina e plenitude do Espírito, a fim de que os perdido busquem a verdade e a salvação em Cristo (Mt 5.14-16).

(3) A chave do evangelismo eficaz e da obra missionária é a bênção de Deus ricamente derramada sobre seu povo (vv. 2,7). Essa bênção é descrita no Nt como o Espírito Santo prometido (Gl 3.14), enviado pelo Pai ao nosso coração (Gl 4.6). Por meio do Espírito habitando em nós, a proclamação do evangelho às nações alcançará seus resultados desejados (cf. At 1.8).

A VINDA DO FILHO DO HOMEM


As declarações de Jesus sobre a "vinda do Filho do Homem" revelam que ela abrange dois aspectos. "A vinda do Filho do Homem" refere-se, tanto à primeira faze da sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (Ap 3.10), para buscar os santos da igreja, o arrebatamento, "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor." Ap 3.42. (Jo 14.3; 1 Ts 4.14), como também a segunda faze da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justo no seu reino (Ap 19.11-20.4). Que Cristo se referiu a dois eventos, tanto à sua volta imprevisível (vv. 42,44), como também à sua volta previsível (vv. 29,30), vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os "dias de Noé". As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de Cristo são:
(1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (vv. 38,39,43; cf. Lc 17.26-29) trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação.

(2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos sinais do tempo do fim, os santo da tribulação sabem, quase exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v 27; cf. Gn 7.4). Aqui trata-se da segunda volta de Cristo depois da tribulação.

(3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos nossos dias, os crentes da igreja, entes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu. Não haverá sinais específicos precedidos à vinda do Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente. Note que Jesus assemelha os discípulos ( os santos da igreja), não como Noé ( os crentes da tribulação), mas como o povo do dilúvio. Eles não saberão o tempo da volta de Cristo e, semelhantemente, serão surpreendidos quando Ele vier. Devem, portanto, aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos para qualquer momento.

BEM-AVENTURADO O VARÃO

O Sl 1 serve como introdução a todo o livro dos Salmos. Ele contrasta os dois únicos tipos de pessoas do ponto de vista de Deus, tendo cada tipo um conjunto distintivo de princípios de vida: (1) os justos, que são caracterizados pela retidão, pelo amor, pela obediência à Palavra de Deus e pela separação do mundo; (2) os ímpios, que representam o modo de ser e as idéias do mundo, que não permanecem na Palavra de Deus, e que por isso não têm parte na assembléia do povo de Deus. Deus conhece e abençoa o justo, mas o ímpio não tem parte no Reino de Deus (1 Co 6.9) e perecerá. A separação entre esses dois grupos de pessoas existirá no decurso da história da redenção e continuará na eternidade.
O primeiro versículo do livro dos Salmos ressalta a distinção entre os justos e os ímpios, Os crentes verdadeiros podem ser conhecidos pelas coisas que praticam, pelos lugares que frequentam e pelas pessoas pelas quais convivem. Ninguém pode experimentar a bênção de Deus sem evitar as coisas danosas ou destrutivas.

AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI

Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus (cf. vv. 22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforço ou obras. Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
(1) O perdão divino o homem obtém mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós (ver 26.28 nota Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A obediência a vontade de Deus à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o crente deve buscá-la continuamente; recebê-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. Esse fato é visto na Oração Dominical (6.9-13) e nas muitas exortações para que o crente mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo (cf. Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12. 1,2; ver 5.6, nota sobre a fome e sede de justiça).
(3) O crente deve fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus... Porque somos feitura sua" (Ef 2. 8-10).
(4) Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isto é atribuído à ação redentora de Deus. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (ver Fp 2.13 nota).
Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas. O crente deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência (ver Fp 2. 12 nota; Jd 20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo
(ver Hb 7.25 nota), e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida (ver Mt 5.6 nota).

ESTAI EM MIM

Quando uma pessoa  crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em
 Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são: (1) conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações; (2) cultivar o hábito da comunhão constantemente e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça; (3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor e amar uns aos outros; (4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22)

À MENINA DO OLHO


Aqui o salmista emprega duas figuras de linguagem que relembra o amor de Deus por seus fiéis, e seu cuidado por eles. 

(1) "A menina do olho" é a pupila, sendo aqui uma metáfora em hebraico, expressando algo muito valioso e querido.

(2) "À sombra das tuas asas" é uma metáfora oriunda da sena de uma galinha, protegendo seus filhotes sob asas, significa, pois, amorável proteção. 
Cristo empregou esta metáfora para expressar seu amor por Israel. Todo crente deve orar para que Deus lhe estenda sua mão protetora em tempos de perigo, exatamente como alguém instintivamente reage a sua pupila em qualquer caso de perigo, e para que o Pai celestial sempre lhe abrigue e proteja como a galinha cobre seus filhotes. (Sl 91.4; Mt 23.37)

PREPARAS UMA MESA

Deus é aqui descrito como aquele que supre as necessidades de seus filhos em meio as forças do mal que procura destruí-los, corpo e alma ( Rm 8.31-39). (1) Apesar de o crente estar em luta diária contra Satanás e ter em volta de si uma sociedade pagã, a graça de Deus que ele recebe capacita-o a viver e se regozijar na presença de Deus. Ele pode saciar à mesa do Senhor com fé, ação de graça e esperança, em perfeita paz, e protegido pelo sangue derramado e o corpo partido desse Bom Pastor. (2) "Unges a minha cabeça com óleo" refere-se ao favor e bênção especiais de Deus, pela unção do seu Santo Espírito no corpo, mente e espírito do crente. (3) "O meu cálice transborda". Aqui, a tradução literal é: "meu cálice tem bebida abundante". É uma alusão ao bebedouro do Pastor, que era uma pedra grande, escavada em forma de tanque, cabendo quase 200 litros de água, onde as ovelhas bebiam.

SENHOR, QUEM HABITARÁ NO TEU TABERNÁCULO?

Este salmo responde à pergunta: "Que tipo de pessoa desfruta da íntima presença de Deus e tem comunhão com Ele?" Esta pergunta subentende que o crente pode dar motivo para que Deus retire a sua presença da vida dele, pela prática da iniquidade, do engano, da calúnia, ou do egoísmo. Por isso, devemos examinar diariamente os nossos atos, confessar nossos pecados, abandoná-los e esforçar-nos constantemente em Cristo Jesus para nos apresentar aprovados diante de Deus, e reconhecer que perder a comunhão com Deus é perder tudo. "Se dissermos que temos comunhão com ele e andarmos em trevas, mentimos e não praticamos a verdade." 1 Jo 1.6
Andar nas trevas significa viver no pecado e nos prazeres mundanos. Tais pessoas não têm "comunhão com ele", não nasceram de Deus. Aqueles que têm comunhão com Deus experimentam a sua graça e vivem em santidade na sua presença.

AMARÁS O SENHOR TEU DEUS


O que Deus pede de todos quantos creem em Cristo e que recebem a salvação é o amor devotado.

(1) Este amor requer uma atitude de coração, pela qual atribuímos a Deus tanto valor e estima, que verdadeiramente ansiamos pela comunhão com Ele, esforçamo-nos para obedecer-lhe e sinceramente nos importamos com a sua glória e vontade na terra. Aqueles que realmente amarem a Deus, desejarão compartilhar do sofrimento por amor a Ele, promover o seu reino e viver em prol da sua honra e dos seus padrões de justiça na terra.

(2) Nosso amor a Deus deve ser sincero e predominante, inspirado pelo seu amor a nós, mediante o qual Ele deu seu Filho para nos salvar. Nosso amor deve ser idêntico ao amor expresso em Rm 12.1-2, 1Co 6.20; 10.31 2 Co 9.15; Ef 4.30.

(3) O amor de Deus abrange: 
(a) um vínculo pessoal de fidelidade e lealdade a Ele; 
(b) a fé como firme e inabalável liame com aquele  a quem fomos unidos pela filiação; 
(c) o fiel cumprimento das nossas promessas e compromissos para com Ele; 
(d) a devoção cordial, expressada em nossa dedicação aos padrões justos de Deus no meio de um mundo que o rejeita; e 
(e) o anseio pela sua presença e pela comunhão com Ele.

SE ELE SE ARREPENDER, PERDOA-LHE

No tocante à declaração de Jesus a respeito do perdão ao próximo, observamos o que se segue:
(1) Jesus deseja que o crente queira sempre perdoar e ajudar os que o ofendem, em vez de abrigar um espírito de vingança e ódio.
(2) O perdão e a reconciliação não podem ocorrer verdadeiramente, até que o transgressor reconheça sua ação errada e se arrependa sinceramente. Além disso, Jesus não se referia ao mesmo delito repedido constantemente.
(3) O ofendido deve estar disposto continuar perdoando, se o culpado se arrepender sinceramente. Quanto a perdoar "sete vezes ao dia", Jesus não está justificando a prática do pecado habitual. Nem está Ele dizendo que o crente deve permitir que alguém o maltrate ou abuse dele indefinidamente. Seu ensino é que devemos estar sempre disposto a ajudar e perdoar o ofensor.
Então, Pedro, aproximando-se de Jesus, disse: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu lhe perdoarei? Até Sete?
Jesus lhe disse: Não te digo que até sete, mas até setenta vezes sete.
Mateus 18.21-22

O ESPÍRITO E A ESPOSA DIZEM: VEM.


A última menção do Espírito Santo na Bíblia mostra-o levando a esposa ( a igreja) a convidar todos os que quiserem a salvação a virem a Cristo.
A igreja está capacitada pelo poder do Espírito Santo a levar a efeito a evangelização do mundo. " Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém!
Ora, vem, Senhor Jesus"! Ap 22.20
Vem, Senhor Jesus. A Bíblia termina com a promessa de que Jesus breve voltará, à qual João responde: "Vem, Senhor Jesus". Este anseio é também o de todos os cristãos verdadeiros.

(1) Esta súplica é também uma confissão de que, enquanto Ele não vier, nossa redenção está incompleta, o mal e o pecado não estão exterminados, e este mundo não está renovado.

(2) Temos toda razão para crer que rapidamente aproxima-se o dia em que aquele que é chamado " a Palavra de Deus" descerá do céu para levar da terra os seus fiéis para a casa do Pai, depois Ele voltará em glória e triunfo para reinar para sempre como "Rei dos reis e Senhor dos senhores". Essa é a nossa imutável esperança e jubilosa expectativa. 

O SENHOR É O MEU PASTOR


O SENHOR . 

Este salmo, originado na mente do Senhor e inspirado pelo Espírito Santo, expressa seu empenho e incessante cuidado pelos seus seguidores. Eles são o precioso alvo do seu divino amor. 
Ele tem cuidado de cada um deles, como um pai cuida dos seus filhos e como um pastor, das suas ovelhas.

O SENHOR É O MEU PASTOR.

 Mediante uma metáfora frequentemente empregada no AT, Deus é comparado aqui a um pastor, ilustrando isso o seu grande amor  por seu povo. O próprio Senhor Jesus empregou a mesma metáfora para expressar seu relacionamento com os seus. Duas verdades destacam-se aqui:

(1) Deus, através de Cristo e do Espírito Santo, está tão afeiçoado a cada um de seus filhos, que Ele deseja amar, cuidar, proteger, guiar e estar perto desses filhos, como o bom pastor cuida das suas ovelhas.

(2) Os crentes são as ovelhas do Senhor. Pertencemos a Ele e somos alvo especial do seu amor e atenção. 
Embora "todos nós andamos desgarrados como ovelhas", o Senhor nos redimiu com o seu sangue derramado, e agora somos dEle. Como suas ovelhas, podemos lançar mão das promessas desse salmo quando atendemos a sua voz e o seguimos.

NADA ME FALTARÁ.

Isto significa: 
(1) que não me faltará nada que for necessário à realização da vontade de Deus na minha vida, e 
(2) que me contentarei com a provisão e o cuidado do Bom Pastor, mesmo em tempos pessoalmente difíceis, porque confio no seu amor e cuidado por mim.

Posso todas as coisas naquele que me fortalece. Filipenses 4.13

O SENHOR É O MEU ROCHEDO... LUGAR FORTE... FORTALEZA


As metáforas deste versículo podem ser aplicadas às lutas contínuas do crente contra as forças físicas e espirituais do presente. Seis símbolos descrevem o cuidado de Deus por nós: 
"meu rochedo" - segurança e proteção, pela força imutável de Deus, "meu lugar forte" - um lugar de refúgio e segurança onde o inimigo não pode penetrar; "meu libertador" - um protetor vivente; "meu escudo" - Deus se interpõe entre nós e o mal; "a força da minha salvação" - força e poder vitoriosos para nos livrar e salvar; "meu alto refúgio" - um lugar seguro para nos elevar acima dos perigos desta vida. Grande é o seu amor por nós somente no Senhor teremos segurança, paz e amor. Deus seja louvado. Amém!

A ORAÇÃO EFICAZ

A oração é uma comunicação multifacetada entre os crentes e o Senhor. Além de palavras como "oração" e "orar", essa atividade é descrita como invocar a Deus. Invocar o nome do Senhor, clamar ao Senhor, levantar nossa alma ao Senhor, buscar ao Senhor, aproximar-se do trono da graça com confiança e chegar perto de Deus. A Bíblia apresenta motivos claros para o povo de Deus orar. Antes de tudo, Deus ordena que o crente ore. O mandamento para orarmos vem através dos salmistas, dos profetas, dos apóstolos e do próprio Senhor Jesus. Deus aspira a comunhão conosco, mediante a oração, mantemos o nosso relacionamento com Ele. A oração é o elo de ligação que carecemos para recebermos as bênçãos de Deus, o seu poder e o cumprimento das suas promessas. Numerosas passagens bíblicas ilustram esse principio. Jesus, por exemplo, prometeu aos seus seguidores que receberiam o Espírito Santo se perseverassem em pedir, buscar e bater à porta do seu Pai celestial. Por isso, depois da ascensão de Jesus, seus seguidores reunidos permaneceram em constante oração no cenáculo até o Espírito Santo ser derramado com poder no dia de pentecostes. 

SÍMPLICES NO MAL

Deus quer que os crentes sejam inocentes naquilo que é mal; esta palavra significa "sem mistura" ou "puro", inocente como a criança, cuja mente não teve contato com o mal, nem contaminou-se com os males deste mundo. Este princípio bíblico contraria a ideia que alguns defendem,
de que os filhos de crentes devem ser expostos  ao pecado, à imoralidade, à impiedade e às coisas de Satanás, afim de aprenderem a enfrentar a tentação. Alguns sugerem que as crianças não precisam ser protegidas da impiedade. Porém, segundo a revelação bíblica, essa filosofia não somente se contrapõe à vontade de Deus para o crente, como também representa a vontade do próprio Satanás, de que todos sejam expostos ao conhecimento do bem e do mal.

ESCAPA-TE DO INFERNO


A palavra traduzida "inferno" (gr. gehenna) nesta passagem refere-se a um lugar de tormento eterno e de fogo inextinguível, reservados aos ímpios. 
A Bíblia ensina que a existência do homem não termina com a morte, mas que continua para sempre, ou na presença de Deus, ou num lugar de tormento. 
A respeito do estado dos perdidos, na outra vida, devemos notar os seguintes fatos: 
Jesus ensinou que há um lugar de castigo eterno para aqueles que são condenados por rejeitarem a salvação. 
Trata-se da terrível realidade do inferno, como o lugar onde "o fogo nunca se apaga"; "O fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos"; um lugar de "pranto e ranger de dentes" onde os perdidos ficarão aprisionados nas trevas; e um lugar de tormento e angústia e de separação do céu. 
O ensino nas Epístolas é do mesmo teor. 
Fala de um julgamento vindouro da parte de Deus. Da sua vingança sobre os que desobedecem ao evangelho. 
Fala de uma separação da presença e da glória do Senhor, e da destruição dos inimigos de Deus. 
A Bíblia ensina que é inevitável o castigo dos malfeitores. 
O fato predominante é a condenação, o sofrimento e a separação de Deus, eternamente. 
O cristão sabe que essa doutrina não é agradável, nem de fácil entendimento. Mesmo assim, ele deve submeter-se à autoridade da Palavra de Deus e confiar na decisão e na justiça divinas. 
Devemos sempre ter em mente que Deus enviou seu Filho para morrer por nós, para que ninguém pereça. 
É intenção e desejo de Deus que ninguém vá para o inferno. 
Quem for para o inferno é porque rejeitou a salvação provida por Deus. 
O fato e a realidade do inferno devem levar todo o povo de Deus a aborrecer e repelir o pecado com toda veemência; a buscar continuamente a salvação dos perdidos, e a advertir todos os homens a respeito do futuro e justo juízo de Deus.

CORAÇÃO PURO COM CERTEZA DE FÉ

São inseparáveis a fé e a nossa aproximação a Deus mediante Jesus Cristo. A fé é definida como chegar-se sinceramente a Deus, crendo na sua bondade. Ao chegar-nos a Deus mediante Cristo, achamos misericórdia, graça, ajuda e purificação. Isso subentende claramente que, quando a pessoa não se aproxima de Deus em oração e em comunhão com Cristo, não tem fé salvífica. O próprio Jesus nivela a fé à oração contrita  a Deus. ( Disse-lhe Jesus: E Deus não fará justiça aos escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite, ainda que tardio para com eles? Digo-vos que, depressa, lhes fará justiça. Quando, porém, vier o Filho do homem, porventura, achará fé na terra )?
Lucas 18.7,8  

EXPURGA-ME TU DOS [ERROS] QUE ME SÃO OCULTOS

Os crentes sinceros procuram amar e servir a Deus de todo o coração. Por ainda serem imperfeitos nesta vida, podem estar em desobediência à vontade de Deus sem saberem disso, e daí precisarem buscar o perdão de Deus por seus erros e pecados ocultos. Por outro lado, os pecados intencionais ou deliberados são "grande transgressão", que abrange o desprezo a Deus e à sua Palavra e a perda de um lugar no seu reino. Porque as obras da carne são manifestas, as quais são: prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçarias, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já vos disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gálatas 5.19-21)

TRISTEZA SEGUNDO DEUS... TRISTEZA DO MUNDO


Aqui se identifica dois tipos de tristezas. Há a tristeza autêntica, causada pelo pecado, que leva ao arrependimento. 
Consiste numa mudança de atitude, que nos leva a voltar-nos contra o pecado, e para Deus. 
Esse tipo de arrependimento leva à salvação. O arrependimento do pecado e a fé em Cristo são responsabilidades humanas quanto à salvação. 
Em contraste, os que não se arrependem, se entristecem repetidamente devido as consequências do seu pecado; tal tristeza conduz à morte e à condenação eterna. 
( porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor).
 Romanos 6.23
Hoje estamos debaixo da graça, ainda há esperança para o pecador que se arrepende. Buscai ao Senhor enquanto se pode achar. Hoje!