EVANGELHO DE JESUS CRISTO

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O FALAR EM LÍNGUAS

O falar noutras línguas, ou a glossolalia (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS
1. As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspiração inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1 Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1 Co 13.1). Não é "fala extática" para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.
2. Língua como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas. 
3. As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1 Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais:
a. O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1 Co 14.5,6,13-17).
b. O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1 Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14. 2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou entrar (14.15; ver 1 Co 14 notas; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE).
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS
O  simples fato de alguém falar "noutras línguas", ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossa experiência espirituais procedem realmente de Deus (ver 1 Jo 4.1 nota).
1. Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crente a pronunciar sílabas sem nexo.
2. O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro de igreja (1 Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2 Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2 Pe 2.1,2).
3. Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9 nota; Mt 24.11-24, Jo 8.31).

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