EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 10 de abril de 2015

A HORA DA TENTAÇÃO


A promessa de Cristo, no sentido de livrar os fiéis de Filadélfia da hora da tentação, é idêntica à promessa bíblica aos tessalonicenses, de que seriam preservados da "ira futura" (1 Ts 1.10). 
Esta promessa é válida para todos os fiéis de Deus, em todas as eras (vv. 13,22). 
Essa hora inclui o tempo divinamente determinado para provação, ira e tribulação que sobrevirá a "todo o mundo" nos últimos anos desta era, imediatamente antes do estabelecimento do reino de Cristo na terra (5.10; 6-19; 20.4). 
A respeito desse tempo, a Bíblia revela as seguintes verdades:

(1) Esse tempo de tribulação envolve a ira de Deus sobre os ímpios (6-18; Dt 4.26-31; Is 13.6-13; 17.4-11; Jr 30.4-11; Ez 20.33-38; Dn 9.27; 12.1; Zc 14.1-4; Mt 24.9-31; 1 Ts 5.2 nota).

(2) Esse período de provação também inclui a ira de Satanás contra os fiéis, e, contra os que aceitarem a Cristo durante esse período terrível. Para eles haverá fome, sede, exposição às intempéries (7.16) e muito sofrimento e lágrimas (7.9-17; Dn 12.10; Mt 24.15-21). Experimentarão de todo indireto as catástrofes naturais da guerra, da fome e da morte. 
Serão perseguidos, torturados e muitos sofrerão o martírio (6.11; 13.7; 14.13). Sofrerão as assolações de Satanás e das forças demoníacas (9.3-5; 12.12), violências de homens ímpios e perseguição da parte do Anticristo (6.9; 12.17;13.15-17). 
Perderão suas casas e terão de fugir, aterrorizados (Mt 24.15-20;). 
Será um período terrivelmente calamitoso para quem tiver família e filhos (Mt 24.19); será tão terrível, que os santos que morrerem são tidos por bem-aventurados porque descansam da sua lida e ficam livres da perseguição (14.13).

(3) Quanto aos vencedores anteriores àquele tempo (ver 2.7 nota; Lc 21.36 nota), Deus os preservará da tribulação, através do arrebatamento, quando os fiéis encontrarão o Senhor nos ares, antes de Deus derramar sua ira (ver Jo 14.3 nota). 
Esse livramento é uma recompensa àqueles que perseverarem em guardar a Palavra de Deus, mantendo a fé verdadeira.

(4) Os crentes de nossos dias, que esperam escapar dessas coisas que estão para vir sobre o mundo, sós os conseguirão mediante a fidelidade a Cristo e a sua Palavra e a vigilância constante na oração (ver Lc 21.36 nota), para não serem enganados (ver Mt 24.5 nota).

sexta-feira, 13 de março de 2015

SAIU O SEMEADOR A SEMEAR, AS PARÁBOLAS DO REINO


Esta parábola conta como o evangelho será recebido no mundo. Três verdades podem ser aprendidas nesta parábola:

(1) A conversão e a frutificação espiritual dependem de como a pessoa se porta ante a Palavra de Deus (Mc 4.14; cf. Jo 15.1-10).

(2) Haverá diferentes reações ante o evangelho, da parte do mundo. Uns ouviram, mas não entenderão (Mc 4.15; Mt 13.19). Uns crerão, mas depois se desviarão (Mc 4.16-19). Uns perseverarão e frutificarão em diferentes proporções (Mc 4.20).

(3) Os inimigos da Palavra de Deus são: Satanás, os cuidados deste mundo, as riquezas e os prazeres pecaminosos desta vida (Mc 4.15,19; Lc 8.4).

AS PARÁBOLAS DO REINO:

No capítulo 13 temos as parábolas do reino dos céus, que descrevem o resultado da pregação do evangelho e das condições espirituais prevalecentes na terra, na esfera da manifestação visível do reino dos céus, até o fim dos tempos.

(1) Em quase todas estas parábolas, Cristo ensina que dentro da esfera da manifestação visível atual, do reino dos céus entre os homens, haverá o bem e o mal, e o verdadeiro e o falso. 
Entre aqueles que professam aqui o seu nome, haverá a apostasia e o mundanismo, bem como a fidelidade e a piedade. No fim da presente era, o mal será destruído (vv. 41,49), mas "os justos resplandecerão como o sol, no Reino de seu Pai" (v.43).

(2) Estas parábolas foram proferidas a fim de que os verdadeiros seguidores de Deus saibam que o mal e a oposição da parte de Satanás e seus seguidores existirão aqui na terra, até mesmo dentro do atual reino visível dos céus (vv. 25,38,48), que é a igreja, uma manifestação parcial do pleno e futuro reino prometido por Deus a Davi, e que será regido por Jesus (2 Sm 7.12-16; Lc 1.32,33; Dn 2.44; Ap 11.15). 
A única maneira de a pessoa vencer Satanás e a influência do mal será pela dedicação sincera e total a Cristo (vv. 44,46), e vivendo em santidade (v. 43; ver Ap 2-3 para exemplos de bem e do mal dentro das igrejas).

(3) As parábolas são histórias tirada da vida diária para descrever e ilustrar certas verdades espirituais. Sua singularidade consiste em revelar a verdade aos espirituais e, ao mesmo tempo, ocultá-la dos incrédulos (v.11). A parábola pode, às vezes , demandar uma decisão da pessoa (Lc 10.30-37).

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

NÃO VIM DESTRUIR A LEI... MAS CUMPRIR


O propósito de Cristo é que as exigências espirituais da lei de Deus se cumpram na vida de seus seguidores (Rm 3.31; 8.4). 
O relacionamento entre o crente e a lei de Deus envolve os seguintes aspectos:

(1) A lei que o crente é obrigado a cumprir consiste nos princípios éticos e morais do AT (7.12; 22.36-40; Rm 3.31; Gl 5.14); bem como nos ensinamentos de Cristo e dos apóstolos (28.20; 1 Co 7.19; Gl 6.2). 
Essas leis revelam a natureza e a vontade de Deus para todos e continuam hoje em vigor. 
As leis do AT destinadas diretamente à nação de Israel, tais como as leis sacrificiais, cerimoniais, sociais ou cívicas, já não são obrigatórias (Hb 10.1-4; e.g.; Lv 1.2,3; 24.10).

(2) O crente não deve considerar a lei como sistema de mandamentos legais através do qual se pode obter mérito para o perdão e a salvação (Gl 2.16,19). 
Pelo contrário, a lei deve ser vista como um código moral para aqueles que já estão num relacionamento salvífico com Deus e que, por meio da sua obediência à lei, expressam a vida de Cristo dentro de si mesmos (Rm 6.15-22).

(3) A fé em Cristo é o ponto de partida para o cumprimento da lei. Mediante a fé nEle, Deus torna-se nosso Pai (cf. Jo 1.12). 
Por isso, a obediência que prestamos como crentes não provém somente do nosso relacionamento com Deus como legislador soberano, mas também do relacionamento de filhos para com o Pai (Gl 4.6).

(4) Mediante a fé em Cristo, o crente, pela graça de Deus (Rm 5.21) e pelo Espírito Santo que nele habita (Gl 3.5,14; Rm 8.13), recebe o impulso interior e o poder para cumprir a lei de Deus (Rm 16.25,26; Hb 10.16). 
Nós a cumprimos, ao andarmos segundo o Espírito (Rm 8.4-14). O Espírito nos ajuda a mortificar as ações pecaminosas do corpo e a cumprir a vontade de Deus (Rm 8.13); ver Mt 7.21 nota). 
Por isso a conformidade externa com a lei de Deus deve ser acompanhada pela transformação interior do nosso coração e espírito (cf. vv. 21-28).

(5) Os crentes, tendo sido liberto do poder do pecado, e sendo agora servos de Deus (Rm 6.18-22), seguem o princípio da "fé", pois estão "debaixo da lei de Cristo" (1 Co 9.21). 
Ao fazermos assim, cumprimos "a lei de Cristo" (Gl 6.2) e em nós mesmos somos fiéis à exigência da lei (ver Rm 7.4 nota; Gl 3.19 nota; 5.16-25).

(6) Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai é uma condição permanente para a entrada no reino dos céus (ver 7.21 nota).