EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quarta-feira, 2 de setembro de 2015

RECEBEREIS A VIRTUDE. SER-ME-EIS TESTEMUNHAS


RECEBEREIS A VIRTUDE:
O termo original para "virtude" é dunamis, que significa poder real; poder em unção. 
Esse é o versículo-chave do livro de Atos. 
O propósito principal do batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou. 
Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus (cf. Mt 28.18-20; Lc 24.49; Jo 5.23; 15.26,27).

(1) "Poder" (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação. O batismo no Espírito Santo trará o poder pessoal do Espírito Santo à vida do crente.

(2) Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no Espírito Santo com a salvação e regeneração da pessoa, mas com o poder celestial no interior do crente para este testemunhar com grande eficácia).

(3) A obra principal do Espírito Santo no testemunho e na proclamação do evangelho diz respeito a obra salvífica de Cristo, à sua ressurreição e à promessa do batismo no Espírito (cf. 2.14-42). Ver a nota seguinte, que trata do Espírito dando testemunho e o que isso representa em nossa vida pessoal.

SER-ME-EIS TESTEMUNHAS:
O batismo no Espírito Santo não somente outorga poder para pregar Jesus como Senhor e Salvador (ver nota anterior), como também aumenta a eficácia desse testemunho, fortalecido e aprofundado pelo nosso relacionamento com o Pai, o Filho e o Espírito Santo por termos sido cheios do Espírito (cf. Jo 14.26; 15.26,27).

(1) O Espírito Santo revela e torna mais real para nós a presença pessoal de Jesus (Jo 14.16-18). Uma comunhão íntima com o próprio Jesus Cristo resultará num desejo cada vez maior da nossa parte de amar, honrar e agradecer nosso Salvador.

(2) O Espírito Santo da testemunho da justiça (Jo 16.8,10) e da verdade (Jo 16.13), as quais glorificam a Cristo (Jo 16.14), não somente com palavras, mas também no modo de viver e no agir. Daí, quem tem o testemunho do Espírito Santo a respeito da obra redentora de Jesus Cristo, manifestará com certeza, à semelhança de Cristo, o amor, a verdade e a justiça em sua vida (cf. 1 Co 13).

(3) O batismo no Espírito Santo outorga poder para o crente testemunhar de Cristo e produz nos perdidos a convicção do pecado, da justiça e do juízo (ver Jo 16.8 nota). 
Os efeitos desta convicção se tornarão evidentes naqueles que proclamam com sinceridade a mensagem da Palavra e naqueles que a recebem (2.39,40).

(4) O batismo no Espírito Santo destina-se àqueles cujos corações pertencem a Deus por terem abandonados seus maus caminhos (2.38; 3.26), e é mantido mediante a mesma dedicação sincera a Cristo (ver 5.32 nota).

(5) O batismo no Espírito Santo é um batismo no Espírito que é santo (cf. "Espírito de santificação", Rm 1.4). 
Assim, se o Espírito Santo realmente estiver operando em nós plenamente, viveremos em maior conformidade com a santidade de Cristo.
À luz destas verdades bíblicas, portanto, quem for batizado no Espírito Santo, terá um desejo intenso de agradar a Cristo em tudo o que puder. Noutras palavras: a plenitude do Espírito complementa (i.e., complementa) a obra salvífica e santificadora do Espírito Santo em nossa vida. 
Aqueles que afirmam ter a plenitude do Espírito, mas vive uma vida contrária ao Espírito de santidade, estão enganados e mentindo. 
Aqueles que manifestam dons espirituais, milagres, sinais espetaculares, ou oratória inspiradora, mas não têm uma vida de verdadeira fé, amor e retidão, não estão agindo segundo o Espírito Santo, mas segundo um espírito impuro que não é de Deus (Mt 7.21-23; cf. Mt 24.24; 2 Co 11.13-15;).

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O SENHOR O ENSINARÁ

O tema principal deste salmo é a maneira como Deus dirige o crente fiel na sua sabedoria. Note aqui as seguintes verdades:

(1) Deus tem um plano para cada crente. Ele teve um plano para Adão (Gn 1.28; 2.18-25), Abraão (Gn 12.1-3), José (Gn 45.4-9) e seu povo Israel (Gn 50.24; Êx 6.6-8). Teve um plano para Jesus (Lc 18.31) e para Paulo (At 21.10-14; 22.14,15; 26.16-19; ver 21.14 nota). Deus tem um plano específico para cada um de seus filhos (1 Co 12; Ef 1.10; 2.10; 3.11; 4.11-13).

(2) O plano de Deus nos pode ser comunicado por meios extraordinários, tais como sonhos, visões e profecia (At 21.10, nota). Porém, a maneira normal de Ele nos guiar e comunicar sabedoria é através das Sagradas Escrituras (2 Tm 3.16), e por meio do Espírito Santo, habitando em nosso coração (Jo 14.26; At 8.29; 10.19; 13.2; 15.28; 16.6; 1Jo 2.20,27).

(3) O plano de Deus para o crente pode deixar de realizar-se caso a pessoa desconhece a Palavra de Deus ou a interprete erroneamente e tome decisões contrárias à vontade de Deus. Se as convicções, os posicionamentos e doutrinas básicas da Bíblia não estiverem solidamente arraigada em nosso espírito, cairemos no erro.

(4) Uma área fundamental na direção do crente é a sua santidade de vida (cf. v. 21; Rm 8.11-14), pois Deus nos guia "pelas veredas da justiça" (23.3).

PALAVRAS... QUE O ESPÍRITO SANTO ENSINA


Embora Paulo esteja escrevendo a respeito da origem divina da sua própria pregação, suas palavras nos vv. 9-13 sugerem os passos pelos quais o Espírito Santo inspirou as Sagradas Escrituras.
Passo 1: Deus deseja comunicar à humanidade a sua sabedoria (vv. 7-9). Essa sabedoria dizia respeito à nossa salvação e centrava-se em Cristo como a sabedoria de Deus (cf. 1.30; 2.2,5).
Passo 2: Foi somente pelo Espírito Santo que a verdade e a sabedoria de Deus foram revelada à humanidade (v. 10) O Espírito Santo conhece plenamente os pensamentos de Deus (v. 11)
Passo 3: A revelação de Deus foi concedida a crentes escolhidos, mediante a presença do Espírito Santo que neles habitava (v. 12; cf. Rm 8.11,15)
Passo 4: Os escritores da Bíblia usaram palavras ensinadas pelo Espírito Santo (v.13); o Espírito Santo guiava os escritores nas escolha das palavras que empregavam (cf. Êx 24.4; Is 51.16; Jr 1.9; 36.28,32; Ez 2.7; Mt 4.4). Ao mesmo tempo, a orientação do Espírito na comunicação da verdade divina, não era mecânica; pelo contrário, o Espírito usava o vocabulário e estilo pessoal de cada escritor.
Passo 5: As escrituras divinamente inspiradas são compreendidas pelos crentes espirituais, à medida que eles examinam o seu conteúdo pela iluminação do Espírito Santo (vv. 14-16).
Daí, tantos os pensamentos quanto a linguagem das Escrituras foram inspirados pelo Espírito de Deus. Nenhum escritor sequer, escreveu uma única palavra ou frase errada. A Palavra de Deus foi protegida de todo erro por meio do Espírito Santo.