EVANGELHO DE JESUS CRISTO

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

ATENTAR NUMA MULHER PARA A COBIÇA VENERADO SEJA... O MATRIMÔNIO

Disse-lhe Jesus: Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiça já em seu coração cometeu adultério com ela
(Mt 5.28).

Trata-se de cobiça carna, ou concupiscência ( gr. epithumia). O que Cristo condena aqui não é o pensamento repentino que Satanás pode colocar na mente de uma pessoa, nem um desejo impróprio que surge de repente. Trata-se, pelo contrário, de um pensamento ou desejo errado, aprovado pela nossa vontade. É um desejo imoral que a pessoa procurará realizar, caso surja a oportunidade. O desejo íntimo de prazer sexual ilícito, imaginado e não resistido, é pecado. O cristão deve tomar muito cuidado para não admirar cenas imorais como as de filmes e da literatura pornográfica (cf. 2 Tm 2.22; Tt 2.12; Tg 1.14; 1 Pe 2.11; 2 Pe 3.3; 1 Jo 2.15,16; 1 Co 6.18; Gl 5.19,21; Cl 3.5; Ef 5.5; Hb 13.4).

Quanto a manter a pureza sexual, a mulher, igualmente como homem, tem responsabilidade. A mulher cristã deve tomar cuidado para não vestir de modo a atrair a atenção para o seu corpo e deste modo originar tentação no homem e instigar a concupiscência. Vestir-se com imodéstia é pecado (1 Tm 2.9; 1 Pe 3.2,3).

VENERADO SEJA... O MATRIMÔNIO
Deus tem elevados padrões para seu povo, quanto ao casamento e à sexualidade.
O crente, antes de mais nada, precisa ser moral e sexualmente puro (cf. 2 Co 11.2; Tt 2.5; 1 Pe 3.2). A palavra "puro" (gr. hagnos ou amiantos) significa livre de toda mácula da lascívia. O termo refere-se a abstenção de todos os atos e pensamentos que incitam desejos incompatíveis com a virgindade e a castidade ou com os votos matrimoniais da pessoa. Refere-se, também, ao domínio próprio e a abstenção de qualquer atividade sexual que contamina a pureza da pessoa diante de Deus. Isso abrange o controle do corpo "em santificação e honra" (1 Ts 4.4) e não em "concupiscência" (4.5). Este ensino das Escrituras é tanto para os solteiros, como para os casados. No tocante ao ensino bíblico sobre a moral sexual, vejamos o seguinte:

(1) A intimidade sexual é limitada ao matrimônio. somente nesta condição ela é aceita e abençoada por Deus (ver Gn 2.24 nota; Ct 2.7 nota). Mediante o casamento, na marido e mulher tornam-se uma só carne, segundo a vontade de Deus. Os prazeres físicos e emocionais normais, decorrentes do relacionamento conjugal fiel, são ordenados por Deus e poe Ele honrados.

(2) O adultério, a fornicação, o homossexualismo, os desejos impuros e as paixões degradantes são pecados graves aos olhos de Deus por serem transgressões da lei do amor (Êx 20.14 nota) e profanação do relacionamento conjugal. Tais pecados são severamente condenados na Escrituras (ver Pv 5.3 nota) e colocam o culpado fora do reino de Deus (Rm 1.24-32; 1 Co 6.9,10; Gl 5.19-21).

(3) A imoralidade é a impureza sexual não somente incluem o ato sexual ilícito, mas também qualquer prática sexual com outra pessoa que não seja seu cônjuge. Há quem ensine, em nossos dias, que qualquer intimidade sexual entre jovens e adultos e solteiros, tendo eles mútuo "compromisso", é aceitável, uma vez que não haja ato sexual completo. Tal ensino peca contra a santidade de Deus e o padrão bíblico da pureza. Deus proíbe, explicitamente, "descobrir a nudez" ou "ver a nudez" de qualquer pessoa a não ser entre marido e mulher legalmente casados (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21; ver 18.6 nota).

(4) O crente deve ter autocontrole e abster-se de toda e qualquer prática sexual antes do casamento. Justificar intimidade pre-marital em nome de Cristo, simplesmente com base num "compromisso" real ou imaginário, é transigir abertamente com os padrões santos de Deus.
É igualar-se aos modos impuros do mundo e querer deste modo justificar a imoralidade. Depois do casamento, a vida íntima deve limitar-se ao cônjuge. A Bíblia cita a temperança como um aspecto do fruto do Espírito, no crente, i.e., a conduta positiva e pura, contrastando com tudo que representa prazer sexual imoral como libidinagem, fornicação, adultério e impureza. Nossa dedicação à vontade de Deus, pela fé, abre o caminho para recebermos a bênção do domínio próprio: "temperança" (Gl 5.22-24).

(5) Termos bíblicos descritivos da imoralidade e que revelam a extensão desse mal. (a) Fornicação (gr. porneia). Descreve uma ampla variedade de práticas sexuais, pré ou extramaritais. Tudo que significa intimidade e carícia fora do casamento é claramente transgressão dos padrões morais de Deus para seu povo (Lv 18.6-30; 20.11,17,19-21; 1 Co 6.18; 1 Ts 4.3). (b) A lascívia (gr. aselgeia) denota a ausência de princípios morais, principalmente o relacionamento pelo domínio próprio que leva à conduta virtuosa (ver 1 Tm 2.9 nota, sobre a modéstia). Isso inclui a inclinação à tolerância quanto a paixões pecaminosa ou ao seu estímulo, e deste modo a pessoa torna-se partícipe de uma conduta antibíblica (Gl 5.19; Ef 4.19; 1 Pe 2.2,18). (c) Enganar, i.e., aproveitar-se de uma pessoa, ou explorá-la (gr. pleonekteo, e.g., 1 Ts 4.6), significa privá-la da pureza moral que Deus pretendeu para essa pessoa, para a satisfação de desejos egoístas. Despertar noutra pessoa estímulos sexuais que não possam ser correta e legitimamente satisfeitos, significa explorá-la ou aproveitar-se dela (1 Ts 4.6; Ef 4.19). (d) A lascívia ou cobiça carnal (gr. epithumia) é um desejo carnal imoral que a pessoa daria vazão se tivesse oportunidade (Ef 4.22; 1 Pe 4.3; 2 Pe 2.18; ver Mt 5.28 nota).

domingo, 27 de setembro de 2015

PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS

Um dos destaques principais do Evangelho segundo Marcos é o propósito firme de Jesus: derrotar Satanás e suas hostes demoníacas. Em 3.27, isto é descrito como "manietar o valente" (i.e., Satanás) e, "roubará a sua casa" (i.e., liberta os escravos de Satanás). O poder de Jesus sobre Satanás fica claramente demonstrado na expulsão de demônios (gr. daimonion) ou espíritos malignos.


OS DEMÔNIOS.


(1) O NT menciona muitas vezes pessoas sofrendo de opressão ou influência maligna de Satanás, devido a um espírito maligno que neles habita; menciona também o conflito de Jesus com os demônios. O Evangelho segundo Marcos, e.g., descreve muitos desses casos: 1.23-27,32,34,39; 3.10-12,15; 5.1-20; 6.7,13;7.25-30;9.17-29; 16.17.

(2) Os demônios são seres espirituais com personalidade e inteligencia. Como súditos de Satanás, inimigos de Deus e dos seres humanos (Mt 12.43-45), são malignos, destrutivos e estão sob a autoridade de Satanás (ver Mt 4.10 nota).

(3) Os demônios são a força motriz que está por trás da idolatria, de modo que adorar falsos deuses é praticamente o mesmo que adorar demônios (ver Co 10.20 nota).

(4) O NT mostra que o mundo está alienado de Deus e controlado por Satanás (ver Jo 12.31 nota; 2 Co 4.4; Ef 6.10-12). Os demônios são parte das potestades malignas; o cristão tem de lutar continuamente contra eles (ver Ef 6.12 nota).

(5) Os demônios podem habitar no corpo dos incrédulos, e, constantemente, o fazem (ver Mc 5.15; Lc 4.41; 8.27,28; At 16.18) e falam através das vozes dessas pessoas. Escravizam tais indivíduos e os induzem à iniquidade, à imoralidade e à destruição.

(6) Os demônios podem causar doenças físicas (Mt 9.32,33; 12.22; 17.14-18; Mc 9.17-27; Lc 13.11,16), embora nem todas as doenças e enfermidades procedam de espíritos maus (Mt 4.24; Lc 5.12,13).

(7) Aqueles que se envolvem com espiritismo e magia (i.e., feitiçaria) estão lidando com espíritos malignos, o que facilmente leva à possessão de demoníaca (cf. At 13.8-10; 19.19; Gl 5.20; Ap 9.20,21).

(8) Os espíritos malignos estarão grandemente ativos nos últimos dias desta era, na difusão do ocultismo, imoralidade, violência e crueldade; atacarão a Palavra de Deus e a sã doutrina (Mt 24.24; 2 Co 11.14,15; 1 Tm 4.1). O maior surto de atividade demoníaca ocorrerá através do Anticristo e seus seguidores (2 Ts 2.9; Ap 13.2-8; 16.13,14).

JESUS E OS DEMÔNIOS.

(1) Nos seus milagres, Jesus frequentemente ataca o poder de Satanás e os demonismo (e.g., Mc 1.25,26,34,39; 3.10,11; 5.1-20; 9.17-29; cf. Lc 13.11,12,16). Um dos seus propósitos ao vir à terra foi subjugar Satanás e libertar seus escravos (Mt 12.29; Mc 1.27; Lc 4.18).

(2) Jesus derrotou Satanás em parte pela expulsão de demônios e, de modo pleno, através da sua morte e ressurreição (Jo 12.31; 16.17; Cl 2.15; Hb 2.14). Deste modo, Ele aniquilou o domínio de Satanás e restaurou do reino de Deus.

(3) O inferno (gr. Gehenna), o lugar de tormento, está preparado para o diabo e seus demônios (Mt 8.29; 25.41). Exemplos do termo Gehenna no grego: Mc 9.43,45,47; Mt 10.28; 18.9.

O CRENTE E OS DEMÔNIOS.

(1) As Escrituras ensinam que nenhum verdadeiro crente, em quem habita o Espírito Santo, pode ficar endemoniado; i.e.: o Espírito e os demônios nunca poderão habitar no mesmo corpo (ver 2 Co 6.15,16 nota). Os demônios podem, no entanto, influenciar os pensamentos, emoções e atos dos crentes que não obedecem aos ditames do Espírito Santo (Mt 16.23; 2 Co 11.3,14).

(2) Jesus prometeu aos genuínos crentes autoridades sobre o poder de Satanás e das suas hostes. Ao nos depararmos com eles, devemos aniquilar o poder que querem exercer sobre nós e sobre outras pessoas, confrontando sem trégua pelo poder do Espírito Santo (ver Lc 4.14-19). Desta maneira, podemos nós livrar dos poderes das trevas.

(3) Segundo a parábola em Mc 3.27, o conflito espiritual contra Satanás envolve três aspectos: (a) declarar guerra contra Satanás segundo o propósito de Deus (ver Lc 4.14-19); (b) ir onde Satanás está (qualquer lugar onde ele tem uma fortaleza), atacá-lo e vencê-lo pela oração e pela proclamação da Palavra, e destruir suas armas de engano e tentação demoníacos (cf. Lc 11.20-22); (c) apoderar-se de bens ou posses, i.e., libertando os cativos do inimigo e entregando-os a Deus para que recebam perdão e santificação mediante a fé em Cristo (Lc 11.22; At 26.18).

(4) Seguem-se os passos que cada um deve observar nesta luta contra o mal: (a) Reconhecer que não estamos num conflito contra a carne e o sangue, mas contra forças espirituais do mal (Ef 6.12). (b) Viver diante de Deus uma vida fervorosamente dedicada à sua verdade e justiça (Rm 12.1,2; Ef 6.14). (c) Crer que o poder de Satanás pode ser aniquilado seja onde for o seu domínio (At 26.18 Ef 6.16; 1 Ts 5.8) e reconhecer que o crente tem armas espirituais poderosas dadas por Deus para a destruição das fortalezas de Satanás (2 Co 10.3-5). (d) Proclamar o Evangelho do reino, na plenitude do Espírito Santo (Mt 4.23; Lc 1.15-17; At 1.8; 2.4; 8.12; Rm 1.16; Ef 6.15). (e) Confrontar Satanás e o seu poder de modo direto, pela fé no nome de Jesus (At 16.16-18), ao usar a Palavra de Deus (Ef 6.17), ao orar no Espírito (At 6.4; Ef 6.18), ao jejuar (ver Mt 6.16 nota; Mc 9.29) e ao expulsar demônio (ver Mt 10.1 nota; 12.28; 17.17-21; Mc 16.17; Lc 10.17; At 5.16; 8.7; 16.18; 19.12). (f) Orar, principalmente, para que o Espírito Santo convença os perdidos, no tocante ao pecado, à justiça e ao juízo vindouro (Jo 16.7-11). (g) Orar, com desejo sincero, pelas manifestações do Espírito, mediante os dons de curar, de línguas, de milagres e de maravilhas (At 4.29-33; 10.38; 1 Co 12.7-11).

sábado, 26 de setembro de 2015

PORTANTO, VIGIAI, NÃO SABEIS A QUE HORA VEM O SENHOR

"Vigiai" (gr. gregoreo) é um imperativo presente e denota uma vigília constante no tempo atual. A razão para a vigília constante, hoje, e não apenas no futuro, é que os crentes dos dias atuais não sabem quando o Senhor virá buscá-los (ver v. 37 nota). Nunca devem presumir que Ele não poderá vir hoje (ver v. 44 nota; cf. Mc 13.33-37). A volta de Jesus Cristo para buscar a igreja pode ocorrer a qualquer dia.
A advertência de Cristo aos seus discípulos para estarem sempre apercebidos para a sua vinda, por não saberem quando ela se dará, cremos ser uma referência à volta de Cristo, vindo do céu, para tira do mundo os santos da Igreja, i.e., o arrebatamento (ver Jo 14.3 nota).

(1) Jesus afirma claramente que sua vinda para levar os santos antes da tribulação será numa ocasião inesperada. Ele não somente declara que eles não sabem a hora (v. 42), mas também que Ele voltará "à hora em que não pensais" (v. 44). Isto claramente fala de surpresa, espanto, e que os fiéis não saberão o momento certo da sua vinda. Assim sendo, para os santos da igreja, Jesus virá num momento inesperado (v. 44). Isto claramente fala de surpresa, pasmo, e rapidez nesta específica fase da vinda de Cristo. Este evento é chamado de primeira fase da segunda vinda de Cristo.

(2) Quanto à vinda de Cristo com poder e grande glória, para julgar o mundo depois da tribulação (v. 30; Ap 19.11-21), ela será aguardada e prevista (v. 33 nota; Lc 21.28). O cumprimento dos eventos e sinais durante a tribulação suscitará nos santos a certeza e a expectativa da ocasião da volta de Cristo, ao passo que os santos da igreja dos dias atuais terão surpresa por ocasião do seu arrebatamento (ver 24.44 nota; Jo 14.3 nota). A vinda de Cristo depois da tribulação é comumente chamada a segunda fase da vinda de Cristo.