EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

PELEJA CONTRA OS QUE PELEJAM CONTRA MIM


DAVI PEDE O CASTIGO DOS ÍMPIOS. DESCRIÇÃO DA MISÉRIA DESTES E SÚPLICA PARA QUE DEUS OS JULGUE
Salmos 35.1-28 Peleja contra os que pelejam contra mim. Este é um dos chamados salmos imprecatórios, em que o salmista ora a Deus para que Ele castigue os inimigos do seu povo e abata os ímpios (ver Sl 35; 69; 109; 137; Ne 6.14; 13.29; Jr 15.15; 17.18; Gl 5.12; 2 Tm 4.14; Ap 6.10). O crente é ensinado a perdoar seus inimigos (Lc 23.34) e a orar pela salvação deles (Mt 5.39,44), porém chega a hora em que devemos orar para que cesse o mal e prevaleça a justiça a favor do inocente. O crente deve estar seriamente preocupado com as vítimas da crueldade, da opressão e da injustiça. Necessário se torna uma maior explanação sobre os salmos imprecatórios:
1. São orações para que cessem a injustiça, o crime e a opressão. O crente tem o direito de orar rogando a proteção de Deus contra os maus.
2. São súplicas a Deus para que Ele aplique a justiça e inflija ao ímpio a penalidade de acordo com o seu crime (ver 28.4). Se a justa retribuição não vier da parte de Deus ou do governo humano, a violência e o caos dominará na sociedade (ver Dt 25.1-3; Rm 13.3,4; 1 Pe 2.13,14).
3. Ao ler essas orações, notamos que o salmista não executa vingança com suas próprias mãos, mas que confia na mão de Deus (cf. Dt 32.35; Pv 20.22; Rm 12.19).
4. Os salmos imprecatórios chamam a atenção para o fato de que, quando a iniquidade dos ímpios chega ao máximo, o Senhor, na sua justiça, com efeito julga e destrói (ver Gn 15.16; Lv 18.24; Ap 6.10,17).
5. Tenhamos em mente que essas orações são palavras inspiradas pelo Espírito Santo (cf. 2 Tm 3.16,17; 2 Pe 1.19-21), e não apenas a expressão de um propósito humano do salmista.
6. O anseio maior de uma oração imprecatória é o fim da injustiça e da crueldade, a extinção do mal, a derrota de Satanás, a exaltação da piedade, o estabelecimento da justiça e a vinda do reino de Deus. Este alvo é um assunto predominante no NT. O próprio Cristo afirma que o verdadeiro crente pode ora pedindo a vindicação dos justos. A oração da viúva: "Faz-me justiça contra o meu adversário" (Lc 18.3) teve resposta nas palavras de Jesus, afirmando que Deus "fara justiça aos seus escolhidos, que clamam a ele de dia e de noite" (Lc 18.7; cf. 6.9,10).
7. O Crente deve manter em pé de igualdade dois princípios bíblicos:
a. o desejo que todos venham a conhecer Jesus Cristo como seu Salvador (cf. 2 Pe 3.9), e
b. o desejo de ver o mal eliminado e o reino de Deus triunfante. Devemos orar fervorosamente pela salvação dos perdidos e chorar pelos que rejeitam o evangelho. Devemos, no entanto, saber também que a justiça a bondade e o amor nunca serão estabelecido segundos segundo o propósito de Deus enquanto o mal não for eternamente vencido, e Satanás e seus seguidores subjugados (Ap 6.10,17; 19 - 21). Os fiéis devem orar: "vem, Senhor Jesus" (Ap 22.20) como a solução final, definitiva, para o mal no mundo.

terça-feira, 3 de novembro de 2015

A CEIA DO SENHOR


A Ceia do Senhor é descrita em quatro trechos bíblicos: Mt 26.26-29; Mc 14.22-25; Lc 22.15-20; 1 Co 11.23-32. Sua importância relaciona-se com o passado, o presente e o futuro.
1. Sua importância no passado.
a. É um memorial (gr. anamnesis; vv. 24-26; Lc 22.19) da morte de Cristo no Calvário, para redimir os crentes do pecado e da condenação. Através da Ceia do Senhor, vemos mais uma vez diante de nós a morte salvífica de Cristo e seu significado redentor para nossa vida. A morte de Cristo é nossa motivação maior para não cairmos em pecado e para nos abstermos de toda a aparência do mal (1 Ts 5.22).
b. É um ato de ação de graças (gr. eucharistia) pelas bênçãos e salvação da parte de Deus, provenientes do sacrifício de Jesus Cristo na cruz por nós (v. 24; Mt 26.27,28; Mc 14.23; Lc 22.19).
2. Sua importância no presente.
a. A Ceia do Senhor é um ato de comunhão (gr. koinonia) com Cristo e de participação nos benefícios da sua morte sacrificial e, ao mesmo tempo, comunhão com os demais membros do corpo de Cristo (10.16,17). Nessa ceia com o Senhor ressurreto, Ele, como o anfitrião, faz-se presente de modo especial (cf. Mt 18-20; Lc 24.35). 
b. É o reconhecimento e a proclamação da Nova Aliança (gr. kaine diatheke) mediante a qual os crentes reafirmam o senhorio de Cristo e nosso compromisso de fazer a sua vontade, de permanecer leais, de resistir o pecado e de identificar-nos com a missão de Cristo (v. 25; Mt 26.28; Mc 14.24; Lc 22.20).
3. Sua importância no futuro.
a. A Ceia do Senhor é um antegozo do reino futuro de Deus e do banquete messiânico futuro, quando então, todos os crentes estarão presentes com o Senhor (Mt 8.11; 22.1-14; Mc 14.25; Lc 13.29; 22.17,18,30).
b. Antevê a volta iminente de Cristo para buscar o seu povo (v. 26) e encena a oração: "Venha o teu Reino" (Mt 6.10; cf. Ap 22.20). Na Ceia do Senhor, toda essa importância acima mencionada, só passa a ter significado se chegarmos diante do Senhor com fé genuína, oração sincera e obediência à Palavra de Deus e à sua vontade.

VIGIEMOS EM TODO O TEMPO


VIGIEMOS, IGREJA DE JESUS, NOIVA DO CORDEIRO DE DEUS
"Vigiar" (gr. gregoreo) significa manter-se acordado e alerta". O contexto (vv. 4-9) indica que Paulo não está exortando seus leitores a ficarem à espera do "Dia do Senhor" (v. 2), mas estarem espiritualmente preparados para escapar da ira do Dia do Senhor (cf. 2.11,12; Lc 21.34-36).
1. Se quisermos escapar da ira de Deus (v. 3), devemos permanecer espiritualmente acordados e moralmente alertas, e devemos continuar na fé, no amor e na esperança da salvação (vv. 8,9; ver Lc 21.36 nota; Ef 6.11 nota).
2. Visto que os fiéis serão protegidos da ira de Deus, por meio do arrebatamento da igreja (ver v. 2 nota; ver o estudo O ARREBATAMENTO DA IGREJA), não devem temer o "Dia do Senhor", mas "esperar dos céus a seu Filho... Jesus, que nos livrará da ira futura" (1.10).
SEJAMOS SÓBRIOS
A palavra "sóbrio" (gr. nepho) tinha dois significados nos tempos do NT.
1. O significado primário e literal, conforme explicam vários léxicos do grego, é "um estado de abstinência de vinho", "não beber vinho", "abster-se de vinho", "estar totalmente livre dos efeitos do vinho" ou "estar sóbrio, abstinente de vinho". A palavra tem um segundo sentido, metafórico, de alerta, vigilância ou domínio próprio, i.e., estar espiritualmente alerta e controlado, exatamente como alguém que não toma bebida alcoólica.
2. O contexto deste versículo deixa ver que Paulo tinha em mente o significado literal. As palavras "vigiemos e sejamos sóbrios" são contrastadas com as palavras do versículo seguinte: "os que se embebedam embebedam-se de noite" (v. 7). Sendo assim, o contraste que Paulo fez entre nepho e a embriaguez física indica que ele tinha em mente o sentido literal: "abstinência do vinho". Compare com a declaração de Jesus a respeito dos que comem e bebem com ébrios, e assim são apanhados desprevenidos na sua volta (Mt 24.48-51).