EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O SOFRIMENTO DOS JUSTOS (PARTE 1)

E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza Jó 2.8.

A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 nota). Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2 Tm 3.12 nota). A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimento, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.
PORQUE OS CRENTES SOFREM?
São diversas razões por que os crentes sofrem.
1. O crente experimenta sofrimento como uma decorrência da queda de Adão e Eva. Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19). A Bíblia afirma o seguinte: "Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram" (Rm 5.12; ver nota). Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2 Pe 3.10-13). É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divino (cf. 1 Co 10.13).
2. Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem, i.e., consequência de seus próprios atos (ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA). A lei bíblica "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6.7) aplica-se a todos de modo geral. Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos. Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde. É nosso dever sempre proceder com sabedoria e de acordo co a Palavra de Deus e evitar tudo o que nos privaria do cuidado providente de Deus.
3. O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniquidade sobre tantas vidas (ver Ez 9.4; At 17.16; 2 Pe 2.8 nota). É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.
4. Os crentes enfrentam ataques do diabo.
a. As Escrituras claramente mostram que Satanás, como "o deus deste século" (2 Co 4.4), controla o presente século mau (ver 1 Jo 5.19 nota; cf. Gl 1.4; Fb 2.14). Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (cf. 1 Pe 5.8,9). Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (ver principalmente Jó 1 - 2). Jesus afirmou que uma das mulheres por Ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (cf. Lc 13.11,16). Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era "um mensageiro de Satanás, para mim esbofetear" (2 Co 12.7). À medida em que travamos guerra espiritual contra "os príncipes das trevas deste século" (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades. Por isso, Deus nos proveu de armaduras espiritual (Ef 6.10-18; ver 6.11 nota) e armas espirituais (2 Co 10.3-6). É o nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.
b. Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes. Os que amam ao Senhor Jesus e seguem os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé. Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (ver Mt 5.10 nota). É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguição e desprezo por causa da justiça, continuar firmes, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1 Co 15.58; 1 Pe 2.21,23).

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

OUVINDO EU TAL COISA


A reação de pesar de Esdras, acompanhada de oração, é um exemplo típico da ansiedade e aflição que todos os verdadeiros ministros de Deus devem sentir ao verem o povo de Deus conformar-se com os costumes mundanos e ímpios.
1. Esdras ficou atônito, envergonhado e profundamente entristecido por causa do pecado do povo (vv. 3-6; ver 1 Sm 15.35; Jr 9; 2 Co 11.29).
2. Esdras tinha uma profunda percepção da glória, justiça e amor de Deus, que o povo desprezava (vv. 3,5; 10.1; ver também a oração de Neemias, em Nm 9 e, Daniel, em Dn 9).
3. Esdras orou a Deus com humildade e com lágrimas (vv. 3.5; 10.1).
4. Esdras identificou-se com aqueles por quem ele orava, mediante a expressão "nossas iniquidades" e "nossas culpas" (vv. 6-15). Sentia, mais do que todos eles, a vergonha e a culpa da nação (cf. Is 53.12).
5. Esdras sabia que a graça e a misericórdia que Deus demonstrava para com o povo que retornara, reavivando a sua esperança e visão quanto ao futuro, levantando a Casa de Deus das ruínas, e provendo-lhes um muro de proteção, estavam agora em risco, por causa da desobediência do povo à Palavra de Deus (vv. 8-15).
6. Esdras tinha plena consciência da misericórdia e graça de Deus e, portanto, aguardava o perdão e a renovação espiritual do povo (vv. 8,9,12-14).
7. Finalmente, a aflição de Esdras atraiu outros que "tremiam das palavras do Deus de Israel" (v. 4) e compreendiam as consequências desastrosas que o pecado traria ao povo com suas famílias (vv. 7.13-15).

O TEMPLO DE SALOMÃO (PARTE 1)


O AT dedica muita atenção ao templo, por causa da sua vital importância na preservação da verdadeira fé em Israel e sua comunhão co Deus. ver Êx 25.9, nota sobre o significado do tabernáculo e suas interpretações tipológicas ante o novo concerto; segue-se o estudo O TEMPLO DE SALOMÃO.
HISTÓRIA DO TEMPLO
1. O percursor do templo foi o Tabernáculo, a tenda construída pelos israelitas enquanto acampados no deserto, junto ao monte Sinai (Êx 25 - 27; 30.36 - 38; 39.32 - 40.33). Após entrarem na terra prometida de Canaã, conservaram esse santuário móvel até os tempos do rei Salomão. Durante os primeiros anos do reinado deste, ele contratou milhares de pessoas para trabalharem na construção do templo do Senhor (1 Rs 5.13-18). No quarto ano do seu reinado, foram postos os alicerces; sete anos mais tarde, o templo foi terminado (1 Rs 6.37,38). O culto ao Senhor, e, especialmente, os sacrifícios oferecidos a Ele, tinham agora um lugar preciso na cidade de Jerusalém (ver o estudo A CIDADE DE JERUSALÉM, em breve).
2. Durante a monarquia, o templo passou por vários ciclos de profanação e restauração. Foi saqueado por Sisaque do Egito durante o reinado de Roboão (12.9) e foi restaurado pelo rei Asa (15.8,18). Depois doutro período de idolatria e de declínio espiritual, o rei Josias fez os reparos na Casa do Senhor (24.4-14). Posteriormente, o rei Acas removeu parte dos ornamentos do templo, enviou-os ao rei da Assíria como meio de apaziguamento político e cerrou as portas do templo (28.21,24). Seu filho Ezequias, voltou a abrir, consertar e purificar o templo (29.1-19), mas esse foi profanado de novo pelo seu herdeiro, Manassés (33.1-7). O neto de Manassés, Josias, foi o último rei de Judá que fez reparos no templo (34.1,8-13). A idolatria continuou entre seus sucessores, e finalmente Deus permitiu que o rei Nabucodonosor de Babilônia destruísse totalmente o templo em 586 a.C. (2 Rs 25.13-17; 2 Cr 36.18,19).
3. Cinquenta anos mais tarde, o rei Ciro autorizou o regresso dos judeus de Babilônia para a Palestina e a reconstrução do Templo (Ed 1.1-4). Zorobabel dirigiu as obras de reconstrução (Ed 3.8), mas sob a oposição dos habitantes daquela região (Ed 4.1-4). Depois de uma pausa de dez ou mais anos, o povo foi autorizado a reiniciar as obras (Ed 4.24 - 5.2), e em breve o templo foi completado e dedicado (Ed 6.14-18). No início da era do NT, o rei Herodes investiu muito tempo e dinheiro na reconstrução e embelezamento de um segundo templo (Jo 2.20). Foi este o templo que Jesus purificou em duas ocasiões (ver Mt 21.12,13; Jo 2.13-21). Em 70 d.C., no entanto, depois de frequentes rebeliões dos judeus contra as autoridades romanas, o templo e a cidade de Jerusalém, foram mais uma vez arrastados, ficando em ruínas.

Próximos: O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA OS ISRAELITAS (PARTE 2)
O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA A IGREJA CRISTÃ (PARTE FINAL 3)