EVANGELHO DE JESUS CRISTO

domingo, 15 de novembro de 2015

OS SOFRIMENTOS DOS JUSTOS (PARTE 2)

Jó 2.7,8 "Então, saiu Satanás da presença do SENHOR e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó, tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza."
A fidelidade a Deus não é garantia de que o crente não passará por aflições, dores e sofrimentos nesta vida (ver At 28.16 nota). 
Na realidade, Jesus ensinou que tais coisas poderão acontecer ao crente (Jo 16.1-4,33; ver 2 Tm 3.12 nota). 
A Bíblia contém numerosos exemplos de santos que passaram por grandes sofrimento, por diversas razões e.g., José, Davi, Jó, Jeremias e Paulo.
5. De um ponto de vista essencialmente bíblico, o crente também sofre porque "nós temos a mente de Cristo" (ver 1 Co 2.16 nota). Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com Ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (ver 1 Pe 2.21 nota). 
Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos os habitantes se recusavam a arrepender-se e aceitar a salvação (ver Lc 19.41 nota), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana. Paulo inclui na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2 Co 11.23-32; ver 11.23 nota) a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: "quem enfraquece, que eu também não enfraqueça? 
Quem se escandaliza, que eu não me abrase?" (2 Co 11.29). Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: "chorai com os que choram" (Rm 12.15). 
Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17). É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também nosso é o seu consolo (2 Co 1.5).
6. Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual.
a. Frequentemente, Ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento dos seus pecados e renovação espiritual (ver o livro de Juízes). 
É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos e examinar nossa vida ver se há alguma coisa que desagrada o Espírito Santo.
b. Deus, às vezes, usa o sofrimento para testar a nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a Ele. A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são "a prova da vossa fé" (Tg 1.3; ver 1.2 nota); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (ver Dt 8.3 nota; 1 Pe 1.7 nota). É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em "louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo" (1 Pe 1.7).
c. Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no desenvolvimento do caráter cristão e da retidão. Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3). 
No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (ver Rm 5.3 nota; 2 Co 12.9 nota). 
É nosso dever estar afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento.
d. Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (ver 2 Co 1.4 nota). É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.

sábado, 14 de novembro de 2015

PROVAS... GENUÍNO BATISMO... ESPÍRITO SANTO (PARTE 1)

E os fiéis que eram da circuncisão, todos quantos tinham vindo com Pedro, maravilharam-se de que o dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios (At 10.45).
A família gentio de Cornélio ouve e recebe a Palavra com fé salvadora (vv. 34-48; 11.14).
1. Deus imediatamente derrama sobre ela o Espírito Santo (v.44) como seu testemunho de que creram e receberam a vida regeneradora de Cristo (cf. 11.17; 15.8,9).
2. A vinda do Espírito Santo sobre a família de Cornélio teve o mesmo propósito que o dom do Espírito Santo para os discípulos no dia de Pentecoste (cf. 1.8; 2.4). Esse derramamento do Espírito Santo não é a obra de Deus na regeneração do pecador, mas sua vinda sobre eles para revesti-los de poder. Note as palavras de Pedro posteriormente, ressaltando a semelhança entre essa experiência e a do dia de Pentecoste (11.15,17).
3. Evidentemente, é possível uma pessoa ser batizada no Espírito Santo imediatamente depois de receber a salvação (ver v. 46 nota; cf. 11.17).

PROVAS DO GENUÍNO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
As Escrituras ensinam que o crente deve examinar e provar tudo o que se representa como sendo da parte de Deus (1 Ts 5.21; cf. 1 Co 14.29). "Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus" (1 Jo 4.1). Seguem-se alguns princípios bíblicos para provar ou testar se é de Deus um caso declarado de batismo no Espírito Santo.
1. O autêntico batismo no Espírito Santo levará a pessoa a amar, exaltar e glorificar a Deus Pai e Senhor Jesus Cristo mais do que antes (ver Jo 16.13,14; At 2.11,36; 10.44-46).
2. O verdadeiro batismo no Espírito Santo aumentará a convicção da nossa filiação com o Pai celestial (1.4; Rm 8.15,16), levará a uma maior percepção da presença de Cristo em nossa vida diária (Jo 14.16,23; 15.26) e aumentará o clamor da alma "Aba, Pai"! (Rm 8.15; Gl 4.6). Por sua vez, um batismo no Espírito Santo que não leva a uma maior comunhão com Cristo e a uma mais intensa comunhão com Deus como nosso Pai não vem dEle.
3. O real batismo no Espírito Santo aprofundará nosso amor e apreço pelas Escrituras. O Espírito da verdade (Jo 14.7), que inspirou as Escrituras (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.20,21), aprofundará nosso amor à verdade da Palavra de Deus (Jo 16.13; At 2.42; 3.22; 1 Jo 4.6). Por outro lado, qualquer suposto batismo no Espírito que diminui o nosso interesse em ler a Palavra de Deus e cumpri-la, não provém de Deus.
4. O real batismo no Espírito Santo aprofundará nosso amor pelos os demais seguidores de Cristo e a nossa preocupação pelo seu bem-estar (2.38,44-46; 4.32-35). A comunhão e fraternidade cristã, de que nos fala a Bíblia, somente podem existir através do Espírito (2 Co 13.13).

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE (PARTE 1)


PERSPECTIVA GERAL
Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais conhecidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à dedicação da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
1. As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).
2. Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidade específicas. O crente deve desejar "dons", e não apenas um dom (12.31; 14.1).
3. É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
4. Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servo de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11,24; 2 Co 11.13-15; 2 Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve "provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo" (1 Jo 4.1; cf. 1 Ts 5.20,21).