EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 14 de abril de 2017

O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ

E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei à tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mando, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Gn 26.3-5

A NATUREZA DO CONCERTO
A Bíblia descreve o relacionamento entre Deus e seu povo em termos de "pacto" ou "concerto". Esta palavra aparece pela primeira vez em 6.18 e prossegue até o NT, onde Deus fez um novo concerto com a raça humana mediante Jesus Cristo (ver estudo O ANTIGO E O NOVO CONCERTO). Quando compreendemos o concerto entre Deus e os patriarcas (Abraão, Isaque e Jacó), aprendemos a respeito de como Deus quer que vivamos em nosso relacionamento pactual com Ele.
(1)- O nome especial de Deus, em relação ao concerto, conforme a revelação bíblica, é Jeová (traduzido "SENHOR"; ver 2.4 nota). Inerente neste nome pactual está a benignidade de Deus, sua solicitude redentora pela raça humana, sua contínua presença entre o seu povo, seu propósito de estar em comunhão com os seus e de ser o seu Senhor.
(2)- A divina e fundamental promessa do concerto é a seguinte: "...para te ser a ti por Deus e à tua semente depois de ti" (ver 17.7 nota). Desta promessa dependem todas as demais integrantes do concerto. Significa que Deus se compromete firmemente com o seu povo fiel a ser o seu Deus, e que por amor, Ele lhe concede graça, proteção, bondade e bênção (Jr 11.4; 24.7; 30.22; 32.38; Ez 11.20; Zc 8.8).
(3)- O alvo supremo do concerto entre Deus e a raça humana era salvar não somente uma nação (Israel), mas a totalidade da raça humana. No caso de Abraão, Deus já lhe prometera que nele "todas as nações da terra" seriam benditas (12.3; 18.18; 22.18; 26.4). Deus estendeu sua graça pactual à nação de Israel a fim de que esta fosse "para luz dos gentios" (Is 49.6; cf. 42.6). Isso cumpriu-se mediante a vinda do Senhor Jesus Cristo como Redentor, quando, então, os cristãos começaram a levar a mensagem do evangelho por todo mundo (Lc 2.32; At 13.46,47; Gl 3.8-14).
(4)- Nos diversos concertos que Deus fez com o ser humano através das Escrituras, há dois princípios atuantes: (a) era somente Deus quem estabelecia as promessas e condições do seu concerto, e (b) cabia ao ser humano aceitar por fé obediente essas promessas e condições. Em certos casos, Deus estabeleceu com muita antecipação as promessas e as responsabilidades de ambas as partes (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS); em tempo algum, porém, o povo conseguiu, junto a Deus, alterar as condições dos concertos para beneficiar-se.
O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO
(1)- Deus, ao estabelecer comunhão com Abraão, mediante o concerto (cap. 15), fez-lhe claramente várias promessas: Deus como escudo e recompensa de Abraão, (15.1), descendência numerosa (15.5) e a terra de Canaã como sua herança (15.7; ver 15.6 nota; 17.8 nota; cf.12.1-3; ver o estudo A CHAMADA DE ABRAÃO).
(2)- Deus conclamou Abraão a corresponder a essas promessas por fé, aceitá-las, e confiar nEle como seu Senhor. Por Abraão assim fazer, Deus o aceitou como justo (15.6) e foi confirmado mediante comunhão pessoal com Ele.
(3)- Não somente Abraão precisou, de início, expressar sua fé para a efetuação do concerto, como também Deus requereu que, para a continuação das bênçãos do referido concerto, Abraão devia, de coração, agradar a Deus, através de uma vida de obediência. (a) Deus requereu que Abraão andasse na sua presença e que fosse "perfeito" (ver 17.1 nota). Noutras palavras, se a sua fé não fosse acompanhada de obediência (Rm 1.5), ele estaria inabilitado para participar dos eternos propósitos de Deus. (b) Num caso especial, Deus provou a fé de Abraão ao ordenar-lhe que sacrificasse seu próprio filho, Isaque (22.1,2). Abraão foi aprovado no teste e, por conseguinte, Deus prometeu que o seu pacto com ele (Abraão) ia continuar (ver 22.18 nota). (c) Deus informou diretamente a Isaque que as bênçãos continuariam imutáveis e que seria transferida para ele porque Abraão foi obediente e guardou os seus mandamentos (26.4,5).
(4)- Deus ordenou diretamente a Abraão e aos seus descendentes que circuncidassem cada menino nascido na sua família (17.9-13). O Senhor determinou que cada criança do sexo masculino não circuncidada fosse excluída do seu povo (17.14) por violação do concerto. Noutras palavras, a desobediência a Deus levaria à perda das bênçãos do concerto.
(5)- O concerto entre Deus e Abraão foi chamado um "concerto perpétuo" (17.7). A intenção de Deus era que o concerto fosse um compromisso permanente. Era, no entanto, passível de ser violado pelos descendentes de Abraão, e assim acontecendo, Deus não teria de cumprir as suas promessas. Por exemplo, a promessa que a terra de Canaã seria uma possessão perpétua de Abraão e seus descendentes (17.8) foi quebrada pela apostasia de Israel e pela infidelidade de Judá e sua desobediência à lei de Deus (Is 24.5; Jr 31.32); Por isso, Israel foi levado para o exílio na Assíria (2 Rs 17), enquanto que Judá foi posteriormente levado para o cativeiro em Babilônia (2 Rs 25.2; 2 Cr 36; Jr 11.1-17; Ez 17.16-21).
O CONCERTO DE DEUS COM ISAQUE
(1)- Deus procurou estabelecer o concerto abraâmico com com cada geração seguinte, a partir de Isaque, filho de Abraão (17.21). Noutras palavras, não bastava que Isaque tivesse por pai Abraão: ele, também, precisava aceitar pela fé as promessas de Deus. Somente então é que Deus diria: "Eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua semente" (26.24). 
(2)- Durante os vinte primeiros anos do seu casamento, Isaque e Rebeca não tiveram filhos (25.20,26). Rebeca permaneceu estéril até que Isaque orou ao Senhor, pedindo que sua esposa concebesse (25.21). Esse fato demonstra que o cumprimento do concerto não se dá por meios naturais, mas somente pela ação graciosa de Deus, em resposta à oração e busca da sua face (ver 25.21 nota).
(3)- Isaque também tinha de ser obediente para continuar a receber as bênçãos do concerto. Quando uma fome assolou a terra de Canaã, por exemplo, Deus proibiu Isaque de descer ao Egito, e o mandou ficar onde estava. Se obedecesse a Deus, teria a promessa divina: "...confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai" (26.3; ver 26.5 nota).
O CONCERTO DE DEUS COM JACÓ
(1)- Isaque e Rebeca tinham dois filhos: Esaú e Jacó. Era de se esperar que as bênção do concerto fossem transferidas ao primogênito, i,e., Esaú. Deus, porém, revelou a Rebeca que seu gêmeo mais velho serviria ao mais novo, e o próprio Esaú veio a desprezar a sua primogenitura (ver 25.31 nota). Além disso ele ignorou os padrões justos dos seus pais, ao casar-se com duas mulheres que não seguiam ao Deus verdadeiro. Em suma:Esaú não demonstrou qualquer interesse pelas bênçãos do concerto de Deus. Daí, Jacó, que realmente aspirava às bênçãos espirituais futuras, recebeu as promessas no lugar de Esaú (28.13-15).
(2)- Como no caso de Abraão e de Isaque, o concerto com Jacó requeria "a obediência da fé" (Rm 1.5) para a sua perenidade. Durante boa parte da sua vida, esse patriarca serviu-se da sua própria habilidade e destreza para sobreviver e progredir. Mas foi somente quando Jacó, finalmente, obedeceu ao mandamento e à vontade do Senhor (31.13), no sentido de sair de Herã e voltar à terra prometida de Canaã e, mais expressamente, de ir a Betel (35.1-7), que Deus renovou com ele as promessas do concerto feito com Abraão (35.9-13); Para mais a respeito do concerto, ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).

O Senhor Jesus Cristo seja com o teu espírito. A graça seja convosco. Amém! 2 Tm 4.22

quinta-feira, 13 de abril de 2017

SENHOR MEU, E DEUS MEU


SENHOR MEU, E DEUS MEU

As Escrituras declaram que Jesus é Deus. Este é o alicerce da fé cristã e da máxima importância para a nossa salvação. Se Cristo não fosse Deus, não poderia ter feito a expiação pelos pecados do mundo. A divindade de Jesus Cristo é demonstrada pelos seguintes fatos:

(1)- Os nomes divinos são atribuídos a Ele, nas Escrituras: (a) Deus (Jo 20.28; Hb 1.8; Rm 9.5; Tt 2.13; Is 9.6); (b) o Filho de Deus (5.25; Mt 1616,17; 8.29; 27.40,43; Mc 14.61,62; Lc 22.70; (c) o Primeiro e o Último (Ap 1.17; Is 41.4); (d) o Santo (At 3.14; Os 11.9); (e) o Senhor (At 9.17; Lc 2.11; At 4.33; 16.31); (f) Senhor de todos e Senhor da glória (At 10.36; 1 Co 2.8; Sl 24.8-10).

(2)- Culto divino é prestado a Cristo (5.23;13.13; 20.28; Mt 14.33; Lc 5.8) e orações lhe são dirigidas (1 Co 1.2; 2 Co 12.8,9; At 7.59).

(3)- Funções divina são atribuídas a Cristo: (a) Criador do universo (1.3; Cl 1.16; Hb 1.8,10; Ap 3.14); (b) preservador de todas as coisas (Hb 1.3; Cl 1.17); (c) perdoador dos pecados (Mc 2.5,10; Lc 7.48-50); (d) doador da vida ressurreta (5.28,29; 6.39-44); (e) juiz de todos os homens (5.21-23; 2 Tm 4.1; Mt 25.31-46; At 17.31); (f) doador da salvação (5.24-26; 6.47;10.28; 17.2).

(4)- O NT atribui a Cristo declarações do AT referentes a Jeová. Compare Sl 102.24-27 com Hb 1.10-12; Jr 17.10 com Ap 2.23; Is 8.13,14 com 1 Pe 2.7,8; Sl 23.1 com Jo 10.11; Ez 34.11,12 com Lc 19.10.

(5)- O nome Jesus Cristo está associado com o de Deus Pai (14.1,23; 2 Co 13.13; Mt 28.19; Rm 1.7; Cl 2.2; 1 Ts 3.11; Tg 1.1; Ap 5.13; 7.10; Jl 2.32; At 2.21).

(6)- Sua impecabilidade e sua santidade dão testemunho da sua divindade (Lc 1.35; 2 Co 5.21).

(7)- Foi declarado Filho de Deus pela sua ressurreição (Rm 1.4). Estas provas conclusivas da divindade de Cristo significam que o crente deve portar-se diante de Cristo, exatamente da mesma maneira que se porta diante de Deus Pai. O crente deve crer nEle, reverenciá-lo e adorá-lo, orar a Ele, servi-lo e amá-lo (ver também 1.1 nota; Mc 1.1 nota sobre a Trindade).

A graça seja com todos vós. Amém!
Hb 13.25

quarta-feira, 12 de abril de 2017

A VOSSA SALVAÇÃO COM TEMOR E TREMOR


OPERAI A VOSSA SALVAÇÃO
Como crentes salvos pela graça, devemos concretizar a nossa salvação até o fim. Se deixarmos de fazê-lo, nós a perdemos.
(1)- Não desenvolvemos a nossa salvação por meros esforços humanos, mas por meio da graça de Deus e do poder do Espírito Santo que nos foram outorgados (ver o estudo FÉ E GRAÇA).
(2)- A fim de desenvolvermos a nossa salvação, devemos resistir ao pecado e atender os desejos do Espírito Santo em nosso íntimo.
 Isso envolve um esforço contínuo e ininterrupto, de usar todos os meios determinados por Deus para derrotarmos o mal e manifestarmos a vida de Cristo. Sendo assim, concretizar a nossa salvação é concentrar-nos na importância da santificação (ver Gl 5.17 nota; ver o estudo AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO).
(3)- Operamos a nossa salvação, chegando cada vez mais perto de Cristo. (ver Hb 7.25 nota) e recebendo seu poder para querer e efetuar a boa vontade de Deus (ver v. 13 nota). 
Deste modo, somos "cooperadores de Deus" (1 Co 3.9) para a nossa completa salvação no céu.
(4)- Desenvolver a nossa salvação é tão vital que deve ser feito "com temor e tremor" (ver a próxima nota).

TEMOR E TREMOR
Na salvação efetuada por Cristo, Paulo vê lugar para "temor e tremor" da nossa parte. 
Todo filho de Deus deve possuir um santo temor que faça tremer diante da Palavra de Deus (Is 66.2) e o leve a desviar-se de todo mal (Pv 3.7;8.13). 
O temor (gr. phobos) do Senhor não é de conformidade com a definição frequentemente usada, a mera "confiança reverente", mas inclui o santo temor do poder de Deus, da sua santidade e da sua justa retribuição, e um pavor de pecar contra Ele e das consequência desse pecado (cf. Êx 3.6; Sl 119.120; Lc 12.4,5). 
Não é um temor destrutivo, mas um temor que controla e que redime e que aproxima o crente de Deus, de sua bênçãos, da pureza moral, da vida e da salvação (cf. Sl 5.7; 85.9; Pv 14.27; 16.6; ver o estudo O TEMOR DO SENHOR).

DEUS EM CRISTO JESUS TE ABENÇOA. AMÉM!