EVANGELHO DE JESUS CRISTO

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS

Josué 6.21 "E tudo quanto na cidade havia destruíram totalmente a fio da espada, desde o homem até a mulher, desde o menino até ao velho, até ao boi e gado miúdo e ao jumento."

A DESTRUIÇÃO DOS CANANEUS.
(1) Antes de a nação de Israel entrar na terra prometida, Deus tinha dado instruções rigorosas quanto ao que deviam fazer com os moradores dali - deviam ser totalmente destruídos.
"Porém, das cidades destas nações, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança, nenhuma coisa que tem fôlego deixará com vida.
Antes, destruí-las-ás totalmente: aos heteus, e aos amorreus, e aos cananeus, e aos ferezeus, e as heveus, e aos jebuseus, como te ordenou o Senhor, teu Deus" (Dt 20.16,17; cf. Nm 33.51-53).
(2) O Senhor repetiu essa ordem depois dos israelitas atravessarem o Jordão e entrarem em Canaã. Em várias ocasiões, o livro de Josué declara que a destruição das cidades e dos cananeus pelos israelitas foi ordenadas pelo Senhor (Js 6.2; 8.1,2; 10.8).
Os crentes do novo concerto frequentemente argumentam sobre até que ponto essa destruição em massa de seres humanos é corrente com outras partes da Bíblia como revelação divina, que tratam do amor, justiça de Deus e do seu repúdio à iniquidade.
(3) A destruição de Jericó é um relato do justo juízo divino contra um povo iníquo em grau máximo e irremediável, cujo pecado chegara a atingir sua plena medida (Gn 15.16; Dt 9.4,5).
Noutras palavras, Deus aniquilou os moradores daquela cidade e outros habitantes de Canaã porque estes se entregaram totalmente à depravação moral. 
A arqueologia revela que os cananeus estavam envolvidos em todas as formas de idolatria, prostituição cultural, violência, a queima de crianças em sacrifício aos seus deuses e espiritismo (cf. Dt 12.31; 18.9-13; ver Js 23.12 nota).
(4) A destruição total dos cananeus era necessária para salvaguardar Israel da destruidora influência da idolatria e pecado dos cananeus.
Deus sabia que se aquelas nações ímpias continuassem a existir, ensinariam os israelitas "a fazer conforme todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses, e pequeis contra o Senho, vosso Deus" (Dt 20.18).
Este versículo exprime o princípio bíblico permanente, de que o povo de Deus deve manter-se separado da sociedade ímpia ao seu redor (Dt 7.2-4; 12.1-4; ver o estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE e O RELACIONAMENTO ENTRE O CRENTE E O MUNDO).
(5) A destruição das cidades cananeias e seus habitantes, demonstra um princípio básico de julgamento divino: quando o pecado de um povo alcança sua medida máxima, a misericórdia de Deus sede lugar ao juízo (cf. 11.20).
Deus já aplicara esse mesmo princípio, quando do dilúvio (Gn 6.5,11,12) e da destruição das cidades iníquas de Sodoma e Gomorra (Gn 18.20-33; 19.24,25).
(6) A história subsequente de Israel confirma a importância desse princípio e da ordem divina de que todas as nações pagãs fossem destruídas.
Na realidade, os israelitas desobedeceram ao mandamento do Senhor e não expulsaram completamente todos os habitantes de Canaã.
Como resultado, começaram a seguir seus caminhos detestáveis e a servir a seus deuses-ídolos (ver Jz 1.28 nota; 2.2,17 notas).
O livro de Juízes é a resposta daquilo que o Senhor fez em resposta a essa apostasia.
(7) Finalmente, a destruição daquela geração de cananeus tipifica e prenuncia o juízo final de Deus sobre os ímpios, no fim dos tempos.
O segundo e verdadeiro Josué da parte de Deus, i.e., Jesus Cristo, voltará em justiça, com os exércitos do céu a fim de julgar todos os ímpios e de batalhar contra eles (Ap 19.11-21).
Todos aqueles que rejeitarem a sua oferta de graça e de salvação e que continuarem no pecado, perecerão assim como os cananeus.
Deus abaterá todas as potências mundiais e estabelecerá na terra o seu reino da justiça (Ap 18.20,21; 20.4-10; 21.1-4).

DEUS EM CRISTO JESUS ABENÇOE VOCÊS. AMÉM!

sábado, 1 de dezembro de 2018

O CONCERTO DE DEUS COM DAVI

2 Samuel 7.16 "... a tua casa e o teu reino serão firmados para sempre diante de ti; teu trono será firme para sempre".
A NATUREZA DO CONCERTO COM DAVI.
(1) Embora a palavra "concerto" não ocorra literalmente em 2 Sm 7, é evidente que Deus estava estabelecendo um concerto com Davi.
Em Sl 89.3,4, por exemplo, Deus diz: "Fiz um concerto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi: a tua descendência estabelecerei para sempre e edificarei o teu trono de geração em geração" (ver também Sl 89.34-36). A promessa de que o trono do povo de Deus seria estabelecido para sempre através da descendência de Davi é exatamente a mesma que Deus fez a Davi em 2 Sm 7 (note-se especialmente no v. 14).
Além disso, posteriormente em 2 Samuel, o próprio Davi faz referência ao "concerto eterno" que Deus fez com ele (2 Sm 23.5), sem dúvida aludindo a 2 Sm 7.
(2) Os mesmos dois princípios que operam noutros concertos do AT também estão em evidência aqui: apenas Deus estabelecia as suas promessas e os deveres do seu concerto e esperava que do lado humano houvesse o aceite com fé obediente (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ, e O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS).
(a) Nesse concerto de Deus com Davi, Ele fez uma promessa de cumprimento imediato, que era estabelecer o reino do filho de Davi, Salomão, o qual edificaria uma casa para o Senhor, i.e., o templo (2 Sm 7.11-13).
(b) Ao mesmo tempo, a promessa de Deus de que a casa ou dinastia de Davi duraria para sempre sobre os israelitas estava condicionada à fiel obediência de Davi e dos seus descendentes.
Noutras palavras, esse concerto era eterno somente no sentido de Deus ter sempre um descendente de Davi no trono em Jerusalém, desde que os governantes de Judá permanecessem em obediência e fidelidade a Ele.
(3) Durante os quatro séculos seguintes, a linhagem de Davi permaneceu ininterrupta no trono de Judá. Quando, porém, os reis de Judá, especialmente Manassés e aqueles que reinaram depois do rei Josias, rebelaram-se continuamente contra Deus ao adorarem ídolos e desobedecerem à sua lei, Deus, por fim, os impediu de ocuparem o trono. Permitiu que o rei Nabucodonosor de Babilônia invadisse a terra de Judá, sitiasse a cidade de Jerusalém e, finalmente, destruísse a cidade juntamente com seu templo (2 Rs 25; 2 Cr 36). Agora, o povo de Deus estava primeira vez desde a escravidão no Egito, sob o domínio de governantes estrangeiros.
JESUS CRISTO EM RELAÇÃO A ESTE CONCERTO.
Havia porém, um aspecto do concerto de Deus com Davi que era condicional - que o reino de Davi seria por fim estabelecido para sempre.
(1) A culminância da promessa de Deus era que a linhagem de Davi viria um descendente que seria o Rei messiânico e eterno. Este Rei dominaria sobre os fiéis em Israel e sobre todas as nações (cf. Is 9.6,7; 11.1,10; Mq 5.2,4) Sairia da cidade de Belém (Mq 5.2,4), e seu governo se estenderia até os confins da terra (Zc 9.10). Ele seria chamado: "O SENHOR, Justiça Nossa" (Jr 23.5,6) e consumaria a redenção do pecado (Zc 13.1). O cumprimento da promessa davídica teve início com o nascimento de Jesus Cristo, anunciado pelo anjo Gabriel a Maria, uma piedosa descendente da família de Davi (Lc 1.30-33; cf. At 2.29-35).
(2) Essa promessa foi um desdobramento do concerto feito em Gn 3.15, que predisse a derrota de Satanás através de um descendente de Eva (Gn 3.15 nota); foi um prosseguimento do concerto feito com Abraão e seus descendentes (ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ).
(3) O cumprimento dessa promessa abrangia a ressurreição de Cristo dentre os mortos e sua exaltação à destra de Deus no céu (At 2.29-33), de onde Ele agora governa como Reis dos reis e Senhor dos senhores.
A primeira missão de Cristo como Senhor exaltado foi o derramamento do Espírito Santo sobre o seu povo (At 1.8; 2.4,33).
(4) O régio governo de Cristo caracteriza-se por um chamamento, dirigido a todas as pessoas, no sentido de largarem o pecado e o mundo perverso, aceitarem Cristo como Senhor e Salvador e receberem o Espírito Santo (At 2.32-40).
(5) O reino eterno de Cristo inclui:
(a) seu atual domínio sobre o reino de Deus e sua primazia sobre a igreja,
(b) seu futuro reino milenar sobre as nações (Ap 2.26,27; 20.4) e
(c) seu reino eterno nos céus e na nova terra (Ap 21 - 22).
DEUS ABENÇOE TODOS VOCÊS. AMÉM!

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A LEI DO ANTIGO TESTAMENTO

Êxodo 20.1,2 "Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão."
Um dos aspectos mais importante da experiência dos israelitas no monte Sinai foi o de receberem a lei de Deu através do seu líder, Moisés.
A Lei Moisaica (hb. Torah, que significa "ensino"), admite uma tríplice divisão:
(a) a lei moral, que trata das regras determinadas por Deus para um santo viver (20.1-17);
(b) a lei civil, que trata da vida jurídica e social de Israel como nação (21.1 - 23.33); e
(c) a lei cerimonial, que trata da forma e do ritual da adoração ao Senhor por Israel, inclusive o sistema sacrificial, que (24.12 - 31.18). Note os seguintes fatos no tocante à natureza e à função da lei no Antigo Testamento.
(1) A lei foi dada por Deus em virtude do concerto que Ele fez com o seu povo.
Ela expunha as condições do concerto a que o povo devia obedecer por lealdade ao Senhor Deus, a quem eles pertenciam.
Os israelitas aceitaram formalmente essas obrigações do concerto (24.1-8; ver o estudo O CONCERTO DE DEUS COM OS ISRAELITAS. BREVE).
(2) A obediência de Israel à lei devia fundamentar-se na misericórdia redentora de Deus e na sua libertação do povo (19.4).
(3) A lei revela a vontade de Deus quanto a conduta do seu povo (19.4-6; 20.1-17; 21.1- 24.8) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33).
A lei não foi dada como um meio de salvação com Deus (20.2). Antes, pela lei Deus ensinou ao seu povo como andar em retidão diante dEle como seu Redentor, e igualmente diante do seu próximo.
Os israelitas deviam obedecer à lei mediante a graça de Deus a fim de perseverarem na fé e cultuarem também por fé, ao Senhor (Dt 28.1,2; 30.15-20)
(4) Tanto no AT quanto no NT, a total confiança em Deus e na sua Palavra (Gn 15.6), e o amor sincero a Ele (Dt 6.5), formaram o fundamento para a guarda dos seus mandamentos.
Israel fracassou exatamente nesse ponto, pois constantemente aquele povo não fazia da fé em Deus, do amor para com Ele de todo o coração e do propósito de andar nos seus caminhos, o motivo de cumprirem a sua lei.
Paulo declara que Israel não alcançou a justiça que a lei previa, porque "não foi pela fé" que buscavam (Rm 9.32).
(5) A lei ressaltava a verdade eterna que a obediência a Deus, partindo de um coração cheio de amor (ver Gn 2.9 nota; Dt 6.5 nota) levaria a uma vida feliz e rica de bênçãos da parte do Senhor (cf. Gn 2.16 nota; Dt 4.1,40; 5.33; 8.1; Sl 119.45; Rm 8.13; 1 Jo 1.17).
(6) A lei expressava a natureza e o carácter de Deus, i.e., seu amor, bondade, justiça e repúdio ao mal. Os fiéis israelitas deviam guardar a lei moral de Deus, pois foram criados à sua imagem (Lv 19.2).
(7) A salvação no AT jamais teve por base a perfeição mediante a guarda de todos os mandamentos. 
Inerente no relacionamento entre Deus e Israel, estava o sistema de sacrifício, mediante os quais, o transgressor da lei obtinha o perdão, quando buscava a misericórdia de Deus, com sinceridade, arrependimento e fé, conforme a provisão divina expiatória mediante o sangue.
(8) A lei e o concerto do AT não eram perfeitos, nem permanentes. A lei funcionava como um tutor temporário para o povo de Deus até que Cristo viesse (Gl 3.22-26).
O antigo concerto agora foi substituído pelo novo concerto, no qual Deus revelou plenamente o seu plano de salvação mediante Jesus Cristo (Rm 3.24-26; ver Gl 3.19, nota com matéria adicional sobre a natureza e função da lei no AT).
(9) A lei foi dada por Deus e acrescentada à promessa "por causa das transgressões" (Gl 3.19); i.e., tinha o propósito (a) de prescrever a conduta de Israel; (b) definir o que era pecado; (c) revelar aos israelitas a sua tendência inerente de transgredir a vontade de Deus e de praticar o mal, e (d) despertar neles o sentimento da necessidade da misericórdia, graça e redenção divina (Rm 3.20; 5.20; 8.2).
Deus abençoe todos vocês em Cristo Jesus. Amém!