EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

OS ATRIBUTOS DE DEUS (PARTE 1)


PARA ONDE ME IREI DO TEU ESPÍRITO...?
O filho de não pode jamais ficar fora do alcance dos cuidados de Deus (ver v. 10, a chave da compreensão do v. 7). Ele está conosco em todas as situações e em tudo quanto o presente e o futuro nos reservam (7-12).
OS ATRIBUTOS DE DEUS
A Bíblia não procura comprovar que Deus existe. Em vez disso, ela declara a sua existência e apresenta numerosos atributos seus. Muitos desses atributos são exclusivos dEle, como Deus; outros existem em parte no ser humano, pelo fato de ter sido criado à imagem de Deus.

ATRIBUTOS EXCLUSIVOS DE DEUS
1. Deus é onipresente - i.e., Ele está presente em todos os lugares a um só tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos, Deus está ali (Sl 139.7-12; cf Jr 23.23,23; At 17.27,28); Deus observa tudo quanto fazemos.
2. Deus é onisciente - i.e., Ele sabe todas as coisas (Sl 139.1-6; 147.5). Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos (1 Sm 16.7; 1 Rs 8.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10). 
Quando a Bíblia fala da presciência de Deus (Is 42.9; At 2.23; 1 Pe 1.2), significa que Ele conhece com precisão a condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exequíveis, reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados (1 Sm 23.10-13; Jr 38.17-20). 
A presciência de Deus não subentende determinismo filosófico. Deus é plenamente soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e na história, segundo sua própria vontade e sabedoria. 
Noutras palavras, Deus não é limitado à sua própria presciência (ver Nm 14.11-20; 2 Rs 20.1-7; ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO). 
3. Deus onipotente - i.e., Ele é o Todo-poderoso e detém a autoridade total sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas (Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc 1.37). 
Isso não quer dizer, jamais, que Deus empregue todo o seu poder e autoridade em todos os momentos. 
Por exemplo, Deus tem poder para exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim até o final da história humana (ver 1 Jo 5.19 nota). 
Em muitos casos, Deus limita o seu poder depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele (ver Ef 3.20; nota; ver o estudo A PROVIDÊNCIA DIVINA).
4. Deus é transcendente - Ele é diferente e independente da sua criação (ver Êx 24.9-18; Is 6.1-3; 40.12-26; 55.8,9). 
Seus ser e sua existência são infinitamente maiores e mais elevados do que a ordem por Ele criada (1 Rs 8.27; Is 66.1,2; At 17.24,25). 
Ele subsiste de modo absolutamente perfeito e puro, muito além daquilo que Ele criou. Ele mesmo é criado e existe à parte da criação (ver 1 Tm 6.16 nota). 
A transcendência de Deus não significa, porém, que Ele não possa estar entre o seu povo como seu Deus (Lv 26.11,12; Ez 37.27; 43.7; 2 Co 6.16).
5. Deus é eterno - i.e., Ele é de eternidade à eternidade (Sl 90.1,2; 102.12; iS 57.12). Nunca houve nem haverá um tempo, nem no passado nem no futuro, em que Deus não existisse ou que não existirá; Ele não está limitado pelo tempo humano (cf Sl 90.4; 2 Pe 3.8), e é, portanto, melhor descrito como "EU SOU" (cf. Êx 3.14. Jo 8.58).
6. Deus é imutável - i.e., Ele é inalterável nos seus atributos, nas suas perfeições e nos seus propósitos para a raça humana (Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.4; Ml 3.6; Hb 1.11,12; Tg 1.17). 
Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. 
Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores (cf. Jn 3.6-10). 
Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às orações do seu povo. 
Em vários casos o Bíblia fala de Deus mudando decisão como resultado das orações perseverantes dos justos (e.g., Nm 14.1-20; 2 Rs 20.2-6; Is 38.2-6; Lc 18.1-8; ver o estudo ELEIÇÃO E PREDESTINAÇÃO e A ORAÇÃO EFICAZ). 

7. Deus é perfeito e santo - i.e., Ele é absolutamente isento de pecado e perfeitamente justo (Lv 11.44,45; Sl 85.13; 145.17; Mt 5.48). Adão e Eva foram criados sem pecado (cf. Gn 1.31), mas com a possibilidade de pecarem. Deus, no entanto, não pode pecar (Nm 23.19; 2 Tm 2.13; Tt 1.2; Hb 6.18). 

Sua santidade inclui, também, sua dedicação à realização dos seus propósitos e planos.
8. Deus é trino e uno - i.e., Ele é um só Deus (Dt 6.4; Is 45.21; 1 Co 8.5,6; Ef 4.6; 1 Tm 2.5), manifesto em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo (e.g., Mt 28.19; 2 Co 13.14; 1 Pe 1.2). Cada pessoa é plenamente divina, igual às duas outras; mas não são três deuses, e sim um só Deus (ver Mt 3.17 nota; Mc 1.11 nota).

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO (PARTE 1)

Guardando-a, não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste aos homens, mas sim a Deus At 5.4.
5.3 MENTISSES AO ESPÍRITO SANTO
A fim de obterem prestígio e reconhecimento, Ananias e Safira mentiram diante da igreja a respeito das suas contribuições. Deus considerou um delito grave essas mentiras contra o Espírito Santo. As mortes de Ananias e Safira ficaram como exemplos perpétuos da atitude de Deus para com qualquer coração enganoso entre aqueles que professam ser cristão. Note, também, que mentir ao Espírito Santo é a mesma coisa que mentir a Deus, logo o Espírito Santo também é Deus (vv. 3,4; ver Ap 22.15).
5.4 PORQUE FORMASTE ESTE DESÍGNIO EM TEU CORAÇÃO?
A raiz do pecado de Ananias e de Safira era seu amor ao dinheiro e elogio dos outros. Isso os fez tentar o Espírito Santo (v. 9). Quando o amor ao dinheiro e o aplauso dos homens tomam posse de uma pessoa, seu espírito fica vulnerável a todos os tipos de males satânicos (1 Tm 6.10). Ninguém pode estar cheio de amor ao dinheiro e, ao mesmo tempo, amar e servir a Deus (Mt 6.24; Jo 5.41-44).
é essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino de redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn 1.2; Jó 26.13; 33.4; Sl 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2 Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26, 1 Co 2.10) e nenhum poder para proclamar o evangelho (1.8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo. Este estudo examina alguns dos ensinamento básicos a respeito do Espírito Santo.
A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO
Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade (2 Co 3.17,18; Hb 9.14; 1 Pe 1.2). Ele é uma Pessoa divina como o Pai e o Filho (5.3,4). O Espírito Santo não é mera influência ou poder. Ele tem atributos pessoais, a saber: Ele pensa (Rm 8.27), sente (Rm 15.30), determina (1 Co 12.11) e tem a faculdade de amar e de deleitar-se na comunhão. Foi enviado pelo Pai para levar os crentes à íntima presença e comunhão com Jesus (Jo 14.16-18,26; ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO) À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nosso coração, digno da nossa adoração, amor e dedicação (ver Mc 1.11, nota sobre a Trindade).

terça-feira, 17 de novembro de 2015

O FALAR EM LÍNGUAS

O falar noutras línguas, ou a glossolalia (gr. glossais lalo), era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo (ver 2.4; 10.45-47; 19.6). Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.
O VERDADEIRO FALAR EM LÍNGUAS
1. As línguas como manifestação do Espírito. Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito Santo, i.e., uma expressão vocal inspiração inspirada pelo Espírito, mediante a qual o crente fala numa língua (gr. glossa) que nunca aprendeu (2.4; 1 Co 14.14,15). Estas línguas podem ser humanas, i.e., atualmente faladas (2.6), ou desconhecidas na terra (cf. 1 Co 13.1). Não é "fala extática" para referir-se ao falar noutras línguas pelo Espírito.
2. Língua como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo. Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada, mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem no louvor e/ou profecia. Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (2.4), de modo que os primeiros 120 crentes no dia do Pentecoste, e os demais batizados a partir de então, tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (cf. 10.45,46). Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento. No decurso da história da igreja sempre que as línguas como sinal foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecoste foram distorcidas, ou totalmente suprimidas. 
3. As línguas como dom. Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1 Co 12.4-10). Este dom tem dois propósitos principais:
a. O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público, como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1 Co 14.5,6,13-17).
b. O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, deste modo, edificar sua vida espiritual (1 Co 14.4). Significa falar ao nível do espírito (14.2,14), com o propósito de orar (14. 2,14,15,28), dar graças (14.16,17) ou entrar (14.15; ver 1 Co 14 notas; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE).
OUTRAS LÍNGUAS, PORÉM FALSAS
O  simples fato de alguém falar "noutras línguas", ou exercitar outra manifestação sobrenatural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo. O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossa experiência espirituais procedem realmente de Deus (ver 1 Jo 4.1 nota).
1. Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em 2.4. Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo. Não é algo aprendido, nem ensinado, como por exemplo instruir crente a pronunciar sílabas sem nexo.
2. O Espírito Santo nos adverte claramente que nestes últimos dias surgirá apostasia dentro de igreja (1 Tm 4.1,2); sinais e maravilhas operados por Satanás (Mt 7.22,23; cf. 2 Ts 2.9) e obreiros fraudulentos que fingem ser servos de Deus (2 Pe 2.1,2).
3. Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade das Escrituras, nem obedece à Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1 Jo 3.6-10; 4.1-3; cf. Gl 1.9 nota; Mt 24.11-24, Jo 8.31).