EVANGELHO DE JESUS CRISTO

domingo, 11 de outubro de 2015

A CURA DIVINA


A PROVISÃO REDENTORA DE DEUS

(1) O problema das enfermidades e das doenças está fortemente vinculado do pecado e da morte, i.e., às consequências da queda. Enquanto a ciência médica considera as causas das enfermidades e das doenças em termos psicológicos ou psicossomáticos, a Bíblia apresenta as causas espirituais como sendo o problema subjacente ou fundamental desses males. Essas causas são de dois tipos: (a) O pecado, que afetou a constituição física e espiritual do homem (e.g., Jo 5.5,14), e (b) Satanás (e.g., At 10.38; cf. Mc 9.17,20.25; Lc 13.11; At 19.11,12).

(2) A provisão de Deus através da redenção é tão abrangente quanto as consequências da queda. Para o pecado, Deus provê o perdão; para a morte, Deus provê a vida eterna, e a vida ressurreta; e para a enfermidade, Deus provê a cura (cf. Sl 103.1-5; Lc 4.18; 5.17-26; Tg 5.14,15). Daí, durante a sua vida terrestre, Jesus ter tido um tríplice ministério: ensinar a Palavra de Deus, pregar o arrependimento (o problema do pecado) e as bênçãos do reino de Deus (a vida) e curar todo tipo de moléstia, doença e enfermidade entre o povo (4.23,24).

A REVELAÇÃO DA VONTADE DE DEUS SOBRE A CURA
A Vontade de Deus no tocante à cura divina é revelada de quatro maneiras principais nas Escrituras.

(1) A declaração do próprio Deus. Em Êx 15.26 Deus prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos (ver Êx 15.26, nota). Sua declaração abrange dois aspectos: (a) "Nenhuma das enfermidades porei sobre ti [como julgamento], que pus sobre o Egito"; e (b) "Eu sou o SENHOR, que te sara [como Redentor]". Deus continuou sendo o Médico dos médicos do seu povo, no decurso do AT, sempre que os seus sinceramente se dedicavam a buscar a sua face e obedecer à sua Palavra (cf. 2 Rs 20.5; Sl 103.3).

(2) O Ministério de Jesus. Jesus, como o Filho encarnado de Deus, era a exata manifestação da natureza e do caráter de Deus (Hb 1.3; cf. Cl 1.15; 2.9). Jesus no seu ministério terreno (4.23,24; 8.14-16; 9.35; 15.28; Mc 1.32-34,40,41; Lc 4.40; At 10.38), revela a vontade de Deus na prática (Jo 6.38; 14.10), e demonstrou que está no coração, na natureza e no propósito de Deus curar todos os que estão enfermos e oprimido pelo diabo.

(3) A provisão da expiação de Cristo. (Is 53.4,5; Mt 8.16,17; 1 Pe 2.24). A morte expiatória de Cristo foi um ato perfeito e suficiente para a redenção do ser humano total---espírito, alma e corpo. Assim como o pecado e a enfermidade são os gigantes gêmeos, destinados por Satanás para destruir o ser humano, assim também o perdão e a cura divina vêm juntos como bênção irmanadas, destinadas por Deus para nos redimir e nos dá saúde (cf. Sl 103.3; Tg 5.14-16). O crente deve prosseguir com humildade e fé e apropriar-se da plena provisão da expiação de Cristo, inclusive a cura do corpo.

(4) O ministério contínuo da igreja. Jesus comissionou seus doze discípulos para curar os enfermos, como parte da sua proclamação do reino de Deus (Lc 9.1,2,6). Posteriormente, Ele comissionou setenta discípulos para fazerem a mesma coisa (Lc 10.1,8,9,19). Depois do dia de Pentecoste o ministério de cura divina que Jesus iniciava teve prosseguimento através da igreja primitiva como parte da sua pregação do evangelho (At 3.1-10; 4.30; 5.16; 8.7; 9.34; 14.8-10; 19.11,12; cf. Mc 16.18; 1 Co 12.9,28,30; Tg 5.14-16). O NT registra três maneiras como o poder de Deus e a fé se manifestam através da igreja para curar: (a) a imposição de mãos (Mc 16.15-18; At 9.17); (b) a confissão de pecados conhecidos, seguida da unção do enfermo com óleo pelos presbíteros (Tg 5.14-16); e (c) os dona espirituais de cura concedidos à igreja (1 Co 12.9). Note que são os presbíteros da igreja que devem cuidar desta "oração da fé".


IMPEDIMENTOS À CURA


Às vezes há, na própria pessoa, impedimentos à cura divina, como:

(1) Pecado não confessado (Tg 5.16);
(2) Opressão ou domínio demoníaco (Lc 13.11-13);
(3) Medo ou ansiedade aguda (Pv 3.5-8; Fp 4.6,7);
(4) Insucessos no passado que debilitam a fé hoje (Mc 5.26; Jo 5.5-7);
(5) O povo (Mc 10.48); (6) Ensino antibíblico (Mc 3.1-5; 7.13);
(7) Negligência dos presbíteros no que concerne à oração da fé (Mc 11.22-24; Tg 5.14-16); (8) Descuido da igreja em buscar e receber os dons de operação de milagres e de curas, segundo a provisão divina (At 4.29,30; 6.8; 8.5,6; 1 Co 12.9,10,,29-31; Hb 2.3,4);
(9) Incredulidade (Mc 6.3-6; 9.19,23,24); e (10) Irreverência com as coisas santas do Senhor (1 Co 11.29,30). Caso há em que não está esclarecida a razão da persistência da doença física em crentes dedicados (e.g., Gl 4.13,14; 1 Tm 5.23; 2 Tm 4.20). Noutros casos, Deus resolve levar seus amados santos ao céu, durante uma enfermidade (cf. 2 Rs 13.14,20).

O QUE DEVEMOS FAZER QUANDO EM BUSCA DA CURA DIVINA

O que deve fazer o crente quando ora pela cura divina para si?

(1) Ter a certeza de que está em plena comunhão com Deus e com o próximo (6.33; 1 Co 11.27-30; Tg 5.16; ver Jo 15.7 nota).


(2) Buscar a presença de Jesus na sua vida, pois é Ele quem comunica ao coração do crente a necessária fé para cura (Rm 12.3; 1 Co 12.9; Fp 2.13; ver Mt 17.20, nota sobre a fé verdadeira).


(3) Encher sua mente e coração da Palavra de Deus (Jo 15.7;; Rm 10.17).


(4) Se a cura não ocorre, continuar e permanecer nEle (Jo 15.1-7), examinando ao mesmo tempo sua vida, para ver que mudanças Deus quer efetuar na sua pessoa.


(5) Pedir as orações dos presbíteros da igreja, bem como dos familiares e amigos (Tg 5.14-16).


(6) Assistir a cultos em que há alguém com autêntico e aprovado ministério de cura divina (cf. At 5.15,16; 8.5-7).


(7) Ficar na expectativa de um milagre, i.e., confiar no poder de Cristo (7.8; 19.26).


(8) Regozijar-se caso a cura ocorra na hora, e ao mesmo tempo manter-se alegre, se ela não ocorrer de imediato (Fp 4.14, 11-13).


(9) Saber que a demora de Deus em atender as orações não é uma recusa dEle às nossas petições. Às vezes, Deus tem em mente um propósito maior, que ao cumprir-se, resulta em sua maior glória (cf. Jo 9.13; 11.4,14,15,45; 2 Co 12.7-10) e em bem para nós (Rm 8.28).


(10) Reconhecer que, tratando-se de um crente dedicado, Deus nunca o abandonará, nem o esquecerá. Ele nos ama tanto que nos tem gravado na palma das suas mãos (Is 49.15,15).


Nota: A Bíblia reconhece o uso apropriado dos recursos médicos (9.12; Lc 10.34; Cl 4.14). 


Deus em Cristo Jesus te abençoa.


sábado, 10 de outubro de 2015

A VIRGEM DARÁ À LUZ


Tanto Mateus como Lucas concordam em declarar inequivocamente que Jesus nasceu de uma mãe virgem, sem a intervenção de pai humano, e que Ele foi concebido pelo Espírito Santo (v. 18; Lc 1.34,35). A doutrina do nascimento virginal de Jesus, de há muito vem sendo atacada pelos teólogos liberais. É inegável, no entanto, que o profeta Isaías vaticinou a vinda de um menino, nascido de uma virgem, que seria chamado "Emanuel", um termo hebraico que significa "Deus conosco". (Is 7.14). Essa predição foi feita 700 anos antes do nascimento de Cristo.

(1) A palavra "virgem" é a tradução correta da palavra grega parthenos, que empregada na Setuaginta, em Is 7.14. A palavra hebraica significando "virgem" (almah), empregada por Isaías, designa uma virgem em idade de casamento, e nunca é usada no AT para qualquer outra condição da mulher, exceto a da virgindade (cf. Gn 24.43; Ct 1.3; 6.8; Is 7.14). Daí Isaías, Mateus e Lucas a virgindade da mãe de Jesus (ver Is 7.14 nota).

(2) É de toda importância o nascimento virginal de Jesus. Para que o nosso Redentor pudesse expiar os nossos pecados e assim nos salvar, Ele teria que ser numa só pessoa, tanto Deus como homem impecável (Hb 7.25,26). O nascimento virginal de Jesus satisfaz essas duas exigências. (a) A única maneira de Ele nascer como homem era nascer de uma mulher. (b) A única maneira de Ele ser um homem impecável era ser concebido pelo Espírito Santo (v. 20; cf. Hb 4.15). (c) A única maneira de Ele ser deidade, era ter Deus como seu Pai. A concepção de Jesus, portanto, não foi por meios naturais, mas sobrenaturais, daí, "o Santo, que de ti há de nascer, será chamado Filho de Deus" (Lc 1.35). Por isso, Jesus Cristo nos é revelado como uma só Pessoa divina, com duas naturezas: divina e humana, mas impecável.

(3) Por ter vivido como ser humano, Jesus se compadece das fraquezas do ser humano (Hb 4.15,16). Como o divino Filho de Deus, Ele tem o poder para libertar o ser humano da escravidão do pecado e do poder de Satanás (At 26.18; Cl 2.15; Hb 2.14; 4.14,15; 7.25). Como ser divino e também homem impecável, Ele preenche os requisitos como sacrifício pelos pecado de cada um, e também como sumo sacerdote, para interceder por todos os que por Ele aproximam-se de Deus (Hb 2.9-18; 5.1-9; Lc 8.19,20).


A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS

NO VERSÍCULO 19 TEMOS UM ESBOÇO  DO LIVRO DE APOCALIPSE: AS COISAS QUE JOÃO VIU; AS COISAS QUE SÃO; AS COISAS QUE ACONTECERÃO NO FUTURO (EVENTOS ANTES E DEPOIS DA VINDA DE CRISTO À TERRA, CAPÍTULOS. 4-22)
A mensagem de cristo a sete igrejas locais existentes no oeste da Ásia Menor (ver 1.4 nota) é também para instrução, advertência e edificação dos crentes e igrejas da presente era (cf. 2.7,11,17,19; 3.6,13,22). O valor dessas mensagens para as igrejas de hoje vê-se nos pontos a seguir:
(1) É uma revelação do que Jesus ama e anela ver nas igrejas locais, mas também aquilo que Ele repele e condena.
(2) Uma declaração clara da parte de Cristo, no tocante: (a) às consequências da desobediência e descuido espiritual, e
(b) a recompensa da vigilância espiritual e fidelidade a Cristo. 
(3) Um padrão pelo qual toda igreja ou indivíduo pode julgar sua verdadeira condição espiritual diante de Deus.
(4) Um exemplo dos métodos de Satanás para atacar a igreja ou o cristão individualmente (ver também Jz 3.7 nota). Este estudo aborda cada um desses aspectos sob a forma de perguntas e respostas.
O QUE É QUE CRISTO APROVA?
(1) Cristo aprova a igreja que não tolera o ímpio no seu meio, como parte dela (2.3); que averígua a vida, doutrina e declarações dos líderes cristãos (2.2); que persevera na fé , no amor, no testemunho, no serviço e no sofrimento da causa de Cristo (2.3,10,13,19,26); que abomina aquilo que Deus abomina (2.6); que vence o pecado, Satanás e o mundo (2.7,11,17,26; 3.5,12,21); que não aceita conformar-se com a imoralidade do mundo nem com o mundanismo na igreja (2.24; 3.4); e que guarda a Palavra de Deus (3.8,10).
(2) Como Cristo recompensa as igrejas que perseveram e permanecem leais a Ele e à sua Palavra? Ele recompensa tais igrejas (a) livrando-as do período da tribulação que virá sobre o mundo inteiro (3.10), (b) concedendo-lhes seu amor, presença e estreita comunhão (3.4,21), e (c) abençoando-as com a vida eterna (2.10b).
O QUE É QUE CRISTO REPROVA?
(1) Cristo reprova a igreja que diminui sua profunda devoção pessoal a Deus (2.4); que se desvia da fé bíblica; que tolera dirigentes, mestres ou leigos imorais (2.14,15,20); que se torna espiritualmente morta (3.1) ou morna (3.15,16); e que substitui a verdadeira espiritualidade, i.e., a pureza, a retidão e a sabedoria espiritual (3.18) por sucesso e recursos materiais (3.17).
(2) Como Cristo castiga as igrejas (cf. 3.19) que entram em declínio espiritual e que toleram a imoralidade no seu meio?
 Ele as castiga mediante (a) a não renovação do seu lugar no reino de Deus (2.5; 3.16), (b) a perda da presença de Deus, do poder genuíno do Espírito Santo, da verdadeira mensagem bíblica de salvação e da proteção dos seus membros contra a destruição por Satanás (2.5,16; 3.15-19; ver Mt 13, notas a respeito do bem e do mal dentro do reino do céus durante esta era) e (c) seus líderes postos sob juízo divino (2.20-23).
(3) O que a mensagem de Cristo revela concernente à tendência natural das igrejas às estagnação espiritual , declínio e apostasia?
(a) As sete cartas sugerem que a tendência das igrejas á acomodar-se no erro, aceitar falsos ensinos e adaptar-se aos princípios anticristãos prevalecentes no mundo (ver Gl 5.17 nota).
(b) Além disso, observa-se que frequentemente homens e mulheres apóstata, vis e infiéis estragam as igrejas (2.2,14,15,20). 
Por essa razão, o progresso espiritual de uma igreja nunca deve ser revogado como prova de que ela está dentro da vontade de Deus, nem para se afirmar que anda na verdade e na doutrina do Senhor. O evangelho, i.e., a mensagem original de Cristo e dos apóstolos, é a autoridade suprema para avaliar o certo ou errado nesse campo.
(4) Como podem as igrejas evitar a decadência espiritual e o consequente julgamento por Cristo? Estas cartas revelam várias maneiras. (a) Primeira e mais importante: todas as igrejas devem estar dispostas a "ouvir o que o Espírito diz às igrejas" (2.7). A Palavra de Jesus Cristo sempre deve ser o guia da igreja (1.1-3,11), Pois esta Palavra, conforme revelada aos apóstolos do NT mediante o Espírito Santo, é o padrão segundo o qual as igrejas devem verificar suas crenças e atividades e renovar a sua vida espiritual (2.7,11,17,29;3.6,13,22). (b) As igrejas devem continuamente examinar seu estado espiritual diante de Deus e, se for o caso, corrigir seu erro de tolerância ao mundanismo e imoralidade entre os crentes (2.4,14,15,20; 3.1,2,14-18). (c) A frieza espiritual poderá ser extinguida em qualquer igreja ou grupo de crentes, quando houver arrependimento sincero do pecado e um retorno decidido ao primeiro amor, à verdade, pureza e poder da revelação bíblica de Jesus Cristo (2.5-7,16,17; 3.1-3,15-22).
Quem tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas.
(Ap 3.13)
DEUS EM CRISTO TE ABENÇOA.