EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sábado, 21 de novembro de 2015

O TEMPLO DE SALOMÃO (PARTE 3)

O AT dedica muita atenção ao templo, por causa da sua vital 
importância na preservação da verdadeira fé em Israel e sua comunhão com Deus. ver Êx 25.9, nota sobre o significado do tabernáculo e suas interpretações tipológicas ante o novo concerto; segue-se o estudo O TEMPLO DE SALOMÃO.
HISTÓRIA DO TEMPLO
O SIGNIFICADO DO TEMPLO PARA A IGREJA CRISTÃ
A importância do templo no Nt deve ser considerada no contexto daquilo que o templo simbolizava no AT.
1. O próprio Jesus, assim como os profetas do AT, censurou o uso indevido do templo. Seus primeiro grande ato público (Jo 2.13-17) e o seu último (Mt 21.12,13) foram expulsar do templo aqueles que estavam pervertendo o seu verdadeiro propósito espiritual (ver Lc 19.45 nota). Passou a predizer o dia em que o templo seria completamente destruído (Mt 24.1,2; Mc 13.1,2; Lc 21.5,6).
2. A igreja primitiva em Jerusalém estava frequentemente no templo à hora da oração (At 2.46; 3.1; 5.21,42). Assim faziam segundo o costume, sabendo, contudo, que esse não era o único lugar onde os crentes podiam orar (ver At 4.23-31). Estêvão, e posteriormente Paulo, testemunharam que o Deus vivo não poderia ser confinado a um templo feito por mãos humanas (At 7.48-50; 17.24).
3. A ênfase do culto, para os cristãos, transferiu-se do templo para o próprio Jesus Cristo. É Ele, e não o templo, quem agora representa a presença de Deus entre o seu povo. Ele é o Verbo de Deus que se fez carne (Jo 1.14), e nEle habita toda a plenitude de Deus (Cl 2.9), O próprio Jesus declara se Ele o próprio templo (Jo 2.19-22). Mediante o seu sacrifício na cruz, Ele cumpriu todos os sacrifícios que eram oferecidos no templo (cf. Hb 9.1 - 10.18). Note também que na sua fala à mulher samaritana, Jesus declarou que a adoração dentro em breve seria realizada, não num prédio específico, mas "em espírito e em verdade". i.e., onde as pessoas verdadeiramente cressem na verdade da Palavra de Deus e recebessem o Espírito de Deus por meio de Cristo (ver Jo 4.23 nota).
4. Posto que Jesus Cristo personificou em si mesmo o significado do templo, e posto que a igreja é o seu corpo (Rm 12.5; 1 Co 12.12-27; Ef 1.22,23; Cl 1.18), ela é denominada "o templo de Deus", onde habita Cristo e o seu Espírito (1 Co 3.16; 2 Co 6.16; cf. Ef 2.21,22). Mediante o seu Espírito, Cristo habita na sua igreja, e requer que o seu corpo seja santo. Assim como no AT, Deus não tolerava qualquer profanação do seu templo, assim também Ele promete que destruirá quem destruir a sua igreja (ver 1 Cr 3.16,17 nota), para exemplos de corrupção e destruição da igreja por pessoas.
5. O Espírito Santo não somente habita na igreja, mas também no crente contra qualquer contaminação do corpo humano por imoralidade ou impureza (ver 1 Co 6.18,19 notas).
6. Finalmente, note que não há necessidade de um templo na nova Jerusalém (Ap 21.22). A razão disso é evidente. O templo era apenas um símbolo da presença de Deus entre o seu ´povo, e não a plena realidade. Portanto, o templo não será necessário quando Deus e o Cordeiro estiverem habitando entre o seu povo: "o seu templo é o Senhor, Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro" (Ap 21.22).
FINAL

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

DONS MINISTERIAIS PARA A IGREJA (PARTE 1)

O DOADOR
Este versículo alista os dons de ministério (i.e., líderes espirituais dotados de dons) que Cristo deu à igreja. Paulo declara que Ele deu esses dons:
1. Para preparar o povo de Deus ao trabalho cristão (4.12)
2. Para o crescimento e desenvolvimento espirituais do corpo de Cristo, segundo o plano de Deus (4.13-16; ver o estudo DONS ESPIRITUAIS PARA O CRENTE).
APÓSTOLOS
 O título "apóstolo" se aplica a certos líderes cristão no NT. O verbo apostello significa enviar alguém em missão especial como mensageiro e representante pessoal de quem o envia. O título é usado para Cristo (Hb 3.1), os doze discípulos escolhidos por Jesus (Mt 10.2), o apóstolo Paulo (Rm 1.1; 2 Co 1.1; Gl 1.1) e outros (At 14.4,14; Rm 16.7; Gl 1.19; 2.8,9; 1 Ts 2.6,7).
1. O termo "apóstolo" era usado no NT em sentido geral, para um representante designado por uma igreja, como, por exemplo, os primeiros missionários cristãos. Logo, no NT o termo se refere a um mensageiro nomeado e enviado como missionário ou para alguma outra responsabilidade especial (ver At 14.4,14; Rm 16.7; cf. 2 Co 8.23; Fp 2.25). Eram homens de reconhecida e destacada liderança espiritual, ungidos com poder para defrontar-se com os poderes das trevas e confirmar o Evangelho com milagres. Cuidavam do estabelecimento de igreja segundo a verdade e pureza apostólica. Eram servos itinerantes que arriscavam suas vidas em favor do nome de nosso Senhor Jesus Cristo e da propagação do evangelho (At 11.21-26; 13.50; 14.19-22; 15.25,26). Eram homens de fé e de oração, cheios do Espírito Santo (ver At 11.23-25; 13.2-5;46-52; 14.1-7,21-23).
2. Apóstolos, no sentido geral, continuam sendo essenciais para o propósito de Deus na igreja. Se as igrejas cessarem de enviar pessoas assim, cheias do Espírito Santo, a propagação do evangelho em todo o undo ficará estagnada. Por outro lado, enquanto a igreja produzir e enviar tais pessoas, cumprirá a sua tarefa missionária e permanecerá fiel à grande comissão do Senhor (Mt 28.18-20).
3. O termo "apóstolo" também é usado no NT em sentido especial, em referência àqueles que viram Jesus após a sua ressurreição e que foram pessoalmente comissionados por Ele a pregar o evangelho e estabelecer a igreja (e.g., os doze discípulos e Paulo). Tinham autoridade ímpar na igreja, no tocante à revelação divina e à mensagem original do evangelho, como ninguém mais até hoje (ver 2.20 nota). O ministério de apóstolo nesse sentido restrito é exclusivo, e dele não há repetição. Os apóstolos originais do NT não têm sucessores (ver 1 Co 15.8 nota).

A SEGUIR:
PARTE 2. PROFETAS
PARTE 3. EVANGELISTAS E PASTORES
PARTE 4. DOUTORES E MESTRES.

ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO (PARTE 1)

INTRODUÇÃO
Com este versículo, Paulo começa uma extensa análise da maneira de Deus lidar com a nação de Israel e da razão da sua descrença atual.
Em Rm 9-11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: como as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo.
SÍNTESE
Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano de salvação.
1. O primeiro (9.6-29) é um exame da releição de Israel no passado.
a. Em 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa.
b. Em 9.14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhe a salvação, se Ele assim decidir.
2. O segundo elemento (9.30 - 10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro da não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas á sua própria incredulidade e desobediência (ver 10.3 nota).
3. Finalmente, Paulo explica (11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em Cristo. O argumento dele contém vários passos.
a. Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, ois Ele permaneceu fiel ao "remanescente" que permanece fiel a Ele, aceitando a Cristo (11.1-6).
b. No presente, Deus endureceu a maior  parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a Cristo (11.7-10; cf. 9.31 - 10.21).
c. Deus transformou a transgressão de Israel (i.e., a crucificação de Cristo) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (11.11,12,15).
d. Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como os gentios (cf. 10.12,13) depende da fé em Jesus Cristo (11.13-24).
e. A fé em Jesus Cristo, por uma parte do Israel nacional, acontecerá no futuro (11.25-29).
f. O propósito sincero de Deus é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que creem em Cristo (11.30-36; cf. 10.12,13; 11.20-24).