EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

NASCER DE NOVO, A REGENERAÇÃO

Em 3.1-8, Jesus trata de uma das doutrinas fundamentais da fé cristã: a regeneração (Tt 3.5), ou o nascimento espiritual. Sem o novo nascimento, ninguém pode ver o reino de Deus, receber a vida eterna e a salvação mediante Jesus Cristo. Apresentamos a seguir, importantes fatos a respeito do novo nascimento.

(1) A regeneração é a nova criação e transformação da pessoa (Rm 12.2; Ef 4.23,24), efetuadas por Deus e o Espírito Santo (3.6; Tt 3.5). Por esta operação, a vida eterna da parte do próprio Deus é outorgada  ao crente (3.16; 2 Pe 1.4; 1 Jo 5.11), e este se torna um filho de Deus (1.12; Rm 8.16,17; Gl 3.26) e uma nova criatura (2 Co 5.17; Cl 3.10). Já não se conforma com este mundo (Rm 12.2), mas é criado segundo Deus "em verdade justiça e santidade" (Ef 4.24).

(2) A regeneração é necessária porque, à parte de Cristo, todo ser humano, pela sua natureza inerente e pecadora, é incapaz de obedecer a Deus e de agradar-lhe (Sl 51.5; 58.3; Rm 8.7,8; 5.12; 1 Co 2.14).

(3) A regeneração tem lugar naquele que se arrepende dos seus pecados, volta-se para Deus (Mt 3.2) e coloca a sua fé pessoal em Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador (ver. 1.12 nota).

(4) A regeneração envolve a mudança da velha vida de pecado em uma nova vida de obediência a Jesus Cristo (2 Co 5.17; Ef 4.23,24; Cl 3.10). Aquele que realmente nasceu de novo está liberto da escravidão do pecado (ver. 8.36 nota; Rm 6.14-23), e passa a ter desejo e disposição espiritual de obedecer a Deus e de seguir a direção do Espírito (Rm 8.13,14). Vive uma vida de retidão (1 Jo 2.29), ama aos demais crentes (1 Jo 4.7), evita uma vida de pecado (1 Jo 3.9; 5.18) e não ama o mundo (1 Jo 2.15,16).

(5) Quem é nascido de Deus não pode fazer do pecado uma prática habitual na sua vida (ver. 1 Jo 3.9 nota). Não é possível permanecer nascido de novo sem o desejo sincero e o esforço vitorioso de agradar a Deus e de evitar o mal (1 Jo 2.3-11, 15-17,24-29; 3.6-24;4.7,8,20; 5.1), mediante uma comunhão profunda com Cristo (ver. 15.4 nota) e a dependência do Espírito Santo (Rm 8.2-14).

(6) Aqueles que continuam vivendo na imoralidade e nos caminhos pecaminosos do mundo, seja qual for a religião que professam, demonstram que ainda não nasceram de novo (1 Jo 3.6,7).

(7) Assim como uma pessoa nasce do Espírito ao receber a vida de Deus, também pode extinguir essa vida ao enveredar pelo mal e viver em iniquidade. As Escrituras afirmam: "se viverdes segundo a carne, morrereis" (Rm 8.13). Ver também Gl 5.19-21, atentando para a expressão "como já antes vos disse" (v, 21).

(8) O novo nascimento não pode ser equiparado ao nascimento físico, pois o relacionamento entre Deus e o salvo é questão do Espírito e não da carne (3.6). Logo, embora a ligação física entre um pai e um filho nunca possa ser desfeita, o relacionamento de pai para filho, que Deus quer manter conosco, é voluntário e dissolúvel durante nosso período probatório na terra (ver Rm 8.13 nota). Nosso relacionamento com Deus é condicionado pela nossa fé em Cristo durante nossa vida terrena; fé esta demonstrada numa vida de obediência e amor sinceros (Hb 5.9; 2 Tm 2.12).

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

SEU CORAÇÃO ESTÁ LONGE DE MIM


Os fariseus e os escribas cometiam o pecado do legalismo. O legalista substitui com palavras e práticas externas as atitudes internas requeridas por Deus, oriundas do novo nascimento, operado por Deus e pelo Espírito (ver Mt 5.20 nota; 5.27,28; 6.1-7; Jo 1.13; 3.3-6; ver Is 1.11 nota; Am 4.4,5 nota). 
Tais pessoas honram a Deus com seus lábios, enquanto de coração estão longe dEle; externamente parecem justos, mas no seu íntimo não o amam de verdade.

(1) Legalismo não é simplesmente a existência de leis, regulamentos, ou regras na comunidade cristã. 
Pelo contrário, legalismo tem a ver com os motivos pelos quais o cristão considera a vontade de Deus à luz da sua Palavra. 
Qualquer motivo para se cumprir mandamentos e regras que não parta de uma fé viva em Cristo, do poder regenerador do Espírito Santo e do desejo sincero do crente de obedecer e de agradar a Deus, é legalismo (Mt 6.1-7; Jo 14.21).

(2) O cristão, neste tempo da graça, continua sujeitando à instrução, à disciplina e ao dever da obediência à lei de Cristo e a sua Palavra. O NT fala da "lei perfeita da liberdade" (Tg 1.25), da "lei real" (Tg 2.8), da "lei de Cristo" (Gl 6.2) e da "lei do Espírito" (Rm 8.2). Na Palavra de Deus, há para o cristão:

(a) mandamentos positivos (1 Ts 5.16-18); 
(b) mandamentos negativos (Rm 12.2); 
(c) princípios básicos (1 Co 8.13); e 
(d) regras prescritas por líderes espirituais dotados de autoridade para legislar em assuntos espirituais (Ef 4.11,12; 1 Tm 3.5; Hb 13.7,17).

terça-feira, 11 de agosto de 2015

PERSEGUIDOS POR CAUSA DA JUSTIÇA


Todos que procura viver de acordo com a Palavra de Deus, por amor à justiça sofrerão perseguição.

 (1) Aqueles que conservam os padrões divinos da verdade, da justiça e da pureza e que, ao mesmo tempo, se recusam a transgredir com a presente sociedade pecaminosa e com o modo de vida dos crentes mornos (Ap 2; 3.1-4, 14-22) sofrerão impopularidade, rejeição e críticas. 
O mundo lhes moverá perseguição e oposição (10.22; 24.9; Jo 15.19) e, às vezes, da parte de membros da igreja professa (At 20.28-31; 2 Co 11.3-15; 2 Tm 1.15; 3.8-14; 4.16). 
Ao experimentar tal sofrimento, o cristão deve regozijar-se (5.12), porque Deus outorga a maior bênção àqueles que sofrem mais (2 Co 1.5; 2 Tm 2.12; 1 Pe 1.7; 4.13).

(2) O cristão deve precaver-se da tentação de transgredir quanto á vontade de Deus, a fim de evitar a vergonha, a ridicularização, o constrangimento, ou algum prejuízo (10.33; Mc 8.38; Lc 9.26; 2 Tm 2.12). 
Os princípios do reino de Deus nunca mudam: "Todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2 Tm 3.12). A promessa aos que enfrentam e suportam perseguições por causa da justiça é que dos tais é o reino dos céus.