EVANGELHO DE JESUS CRISTO

terça-feira, 1 de setembro de 2015

AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI

Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus (cf. vv. 22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforço ou obras. Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
(1) O perdão divino o homem obtém mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós (ver 26.28 nota Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A obediência a vontade de Deus à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o crente deve buscá-la continuamente; recebê-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. Esse fato é visto na Oração Dominical (6.9-13) e nas muitas exortações para que o crente mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo (cf. Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12. 1,2; ver 5.6, nota sobre a fome e sede de justiça).
(3) O crente deve fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus... Porque somos feitura sua" (Ef 2. 8-10).
(4) Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isto é atribuído à ação redentora de Deus. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (ver Fp 2.13 nota).
Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas. O crente deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência (ver Fp 2. 12 nota; Jd 20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo
(ver Hb 7.25 nota), e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida (ver Mt 5.6 nota).

ESTAI EM MIM

Quando uma pessoa  crê em Cristo e recebe o seu perdão, recebe a vida eterna e o poder de estar ou permanecer nEle. Tendo esse poder, o crente precisa aceitar sua responsabilidade quanto à salvação e permanecer em Cristo. Assim como a vara só tem vida enquanto a vida da videira flui na vara, o crente tem a vida de Cristo somente enquanto esta vida flui nele pela sua permanência em
 Cristo. A palavra grega aqui é meno, que significa "continuar", "permanecer", "ficar", "habitar". As condições mediante as quais permanecemos em Cristo são: (1) conservar a Palavra de Deus continuamente em nosso coração e mente, tendo-a como o guia das nossas ações; (2) cultivar o hábito da comunhão constantemente e profunda com Cristo, a fim de obtermos dEle forças e graça; (3) obedecer aos seus mandamentos e permanecer no seu amor e amar uns aos outros; (4) conservar nossa vida limpa, mediante a Palavra, resistindo a todo pecado, ao mesmo tempo submetendo-nos à orientação do Espírito Santo (v. 3; 17.17; Rm 8.14; Gl5.16-18; Ef 5.26; 1 Pe 1.22)

À MENINA DO OLHO


Aqui o salmista emprega duas figuras de linguagem que relembra o amor de Deus por seus fiéis, e seu cuidado por eles. 

(1) "A menina do olho" é a pupila, sendo aqui uma metáfora em hebraico, expressando algo muito valioso e querido.

(2) "À sombra das tuas asas" é uma metáfora oriunda da sena de uma galinha, protegendo seus filhotes sob asas, significa, pois, amorável proteção. 
Cristo empregou esta metáfora para expressar seu amor por Israel. Todo crente deve orar para que Deus lhe estenda sua mão protetora em tempos de perigo, exatamente como alguém instintivamente reage a sua pupila em qualquer caso de perigo, e para que o Pai celestial sempre lhe abrigue e proteja como a galinha cobre seus filhotes. (Sl 91.4; Mt 23.37)