EVANGELHO DE JESUS CRISTO

terça-feira, 1 de setembro de 2015

A VINDA DO FILHO DO HOMEM


As declarações de Jesus sobre a "vinda do Filho do Homem" revelam que ela abrange dois aspectos. "A vinda do Filho do Homem" refere-se, tanto à primeira faze da sua volta, numa data desconhecida, antes da tribulação (Ap 3.10), para buscar os santos da igreja, o arrebatamento, "Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor." Ap 3.42. (Jo 14.3; 1 Ts 4.14), como também a segunda faze da sua vinda, que ocorrerá depois da tribulação, para julgar os ímpios e recolher os justo no seu reino (Ap 19.11-20.4). Que Cristo se referiu a dois eventos, tanto à sua volta imprevisível (vv. 42,44), como também à sua volta previsível (vv. 29,30), vê-se pelo fato que Ele cita três diferentes categorias de pessoas nos versículos 37-44, ilustrando os "dias de Noé". As três categorias de pessoas e seu relacionamento com a vinda de Cristo são:
(1) As vítimas do dilúvio nos dias de Noé, representando os descrentes da tribulação. Não sabem a ocasião da volta de Cristo e estão despreparados. Serão destruídos no tempo do fim (vv. 38,39,43; cf. Lc 17.26-29) trata-se de uma referência à segunda fase da sua volta depois da tribulação.

(2) Noé, representando os crentes da tribulação. Por causa dos sinais do tempo do fim, os santo da tribulação sabem, quase exatamente, o momento da volta do Senhor, e estarão preparados e serão salvos. A ocasião da volta de Cristo para eles ocorre no tempo previsto (v 27; cf. Gn 7.4). Aqui trata-se da segunda volta de Cristo depois da tribulação.

(3) Os discípulos de Jesus. Eles representam os crentes dos nossos dias, os crentes da igreja, entes da tribulação, que não saberão o tempo da volta de Cristo para levá-los ao céu. Não haverá sinais específicos precedidos à vinda do Senhor para buscá-los, pois Cristo declara que ela ocorrerá inesperadamente. Note que Jesus assemelha os discípulos ( os santos da igreja), não como Noé ( os crentes da tribulação), mas como o povo do dilúvio. Eles não saberão o tempo da volta de Cristo e, semelhantemente, serão surpreendidos quando Ele vier. Devem, portanto, aplicar toda a diligência a fim de estarem prontos para qualquer momento.

BEM-AVENTURADO O VARÃO

O Sl 1 serve como introdução a todo o livro dos Salmos. Ele contrasta os dois únicos tipos de pessoas do ponto de vista de Deus, tendo cada tipo um conjunto distintivo de princípios de vida: (1) os justos, que são caracterizados pela retidão, pelo amor, pela obediência à Palavra de Deus e pela separação do mundo; (2) os ímpios, que representam o modo de ser e as idéias do mundo, que não permanecem na Palavra de Deus, e que por isso não têm parte na assembléia do povo de Deus. Deus conhece e abençoa o justo, mas o ímpio não tem parte no Reino de Deus (1 Co 6.9) e perecerá. A separação entre esses dois grupos de pessoas existirá no decurso da história da redenção e continuará na eternidade.
O primeiro versículo do livro dos Salmos ressalta a distinção entre os justos e os ímpios, Os crentes verdadeiros podem ser conhecidos pelas coisas que praticam, pelos lugares que frequentam e pelas pessoas pelas quais convivem. Ninguém pode experimentar a bênção de Deus sem evitar as coisas danosas ou destrutivas.

AQUELE QUE FAZ A VONTADE DE MEU PAI

Jesus ensinava enfaticamente que cumprir a vontade do seu Pai celestial é uma condição prévia essencial para a entrada no reino dos céus (cf. vv. 22-25; 19.16-26; 25.31-46). Isto, no entanto, não significa que a pessoa pode ganhar ou merecer a salvação mediante seus próprios esforço ou obras. Isto é verdadeiro pelas seguintes razões:
(1) O perdão divino o homem obtém mediante a fé e o arrependimento, concedidos pela graça de Deus e a morte vicária de Cristo por nós (ver 26.28 nota Lc 15.11-32; 18.9-14).
(2) A obediência a vontade de Deus à vontade de Deus, requerida por Cristo, é uma condição básica conducente à salvação, mas Cristo também declara ser ela uma dádiva ligada à salvação dentro do reino. Embora seja a salvação uma dádiva de Deus, o crente deve buscá-la continuamente; recebê-la mediante uma fé sincera e decidido esforço. Esse fato é visto na Oração Dominical (6.9-13) e nas muitas exortações para que o crente mortifique o pecado e se apresente a Deus como sacrifício vivo (cf. Rm 6. 1-23; 8. 1-17; 12. 1,2; ver 5.6, nota sobre a fome e sede de justiça).
(3) O crente deve fazer a vontade de Deus e viver uma vida justa em virtude dessa dádiva, a graça e o poder de Deus e a vida espiritual que lhe são comunicados continuamente mediante Cristo. As Escrituras declaram:
"Pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus... Porque somos feitura sua" (Ef 2. 8-10).
(4) Deus sempre torna possível a prática da obediência que Ele requer de nós. Isto é atribuído à ação redentora de Deus. "Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade" (ver Fp 2.13 nota).
Todavia, o dom da graça de Deus não anula a responsabilidade nem a ação humanas. O crente deve corresponder positivamente ao dom divino da obediência (ver Fp 2. 12 nota; Jd 20,21,24; Ef 4.22-32), todavia ele é livre para rejeitar a graça de Deus, para recusar aproximar-se de Deus por meio de Cristo
(ver Hb 7.25 nota), e para recusar orar por uma vida de obediência e viver essa vida (ver Mt 5.6 nota).