EVANGELHO DE JESUS CRISTO

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A IGREJA


A palavra grega ekklesia (igreja), literalmente, refere-se à reunião de um povo, por convocação (gr. ekkaleo). No NT, o termo designa principalmente o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef 2.19), com o propósito de adorar a Deus. A palavra "igreja" pode referir-se a uma igreja local (Mt 18.17; At 15.4) ou à igreja no sentido universal (16.18; At 20.28; Ef 2.21,22).
1. A igreja é apresentada como o povo de Deus (1 Co 1.2; 10.32; 1 Pe 2.4-10), o agrupamento dos crentes redimidos como fruto da morte de Cristo (1 Pe 1.18,19). 
É um povo peregrino que já não pertence a esta terra (Hb 13.12-14), cujo primeiro dever é viver e cultivar uma comunhão real e pessoal com Deus (1 Pe 2.5; ver Hb 11.6 nota).
2. A igreja foi chamada para deixar o mundo e ingressar no reino de Deus. A separação do mundo é a parte inerente da natureza da igreja e a recompensa disso é ter o Senhor por Deus e Pai (2 Co 6.16-18; ver estudo A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE).
3. A igreja é o templo de Deus e do Espírito Santo (ver 1 Co 3.16 nota; 2 Co 6.14 - 7.1; Ef 2.11-22; 1 Pe 2.4-10).
Este fato, no tocante à igreja, requer dela separação da iniquidade e da imoralidade.
4. A igreja é o corpo de Cristo (1 Co 6.15,16; 10.16,17; 12.12-27). Isto indica que não pode existir igreja verdadeira sem união vital dos seus membros com Cristo. A cabeça do corpo é Cristo ( Cl 1.18; Ef 1.22; 4.15; 5.23).
5. A igreja é a noiva de Cristo (2 Co 11.2; Ef 5.23-27; Ap 19.7-9). Este conceito nupcial enfatiza tanto a lealdade, devoção e fidelidade da igreja a Cristo, quanto o amor de Cristo à sua igreja e sua comunhão com ela.
6. A igreja é uma comunhão (gr. koinonia) espiritual (2 Co 13.14; Fp 2.1). Isto inclui a habitação nela do Espírito Santo (Lc 11.13; Jo 7.37-39; 20.22), a unidade do Espírito Santo (Ef 4.4) e o batismo com Espírito Santo (At 1.5; 2.4; 8.14-17; 10.44; 19.1-7).
Esta comunhão deve ser uma demonstração visível do mútuo amor e cuidado entre os irmãos (Jo 13.34,35).
7. A igreja é um ministério (gr. diakonia) espiritual. Ela ministra por meio de dons (gr. charismata) outorgados pelo Espírito Santo (Rm 12.6; 1 Co 1.7; 12.4-11,20-31; Ef 4.11).
8. A igreja é um exército engajado num conflito espiritual, batalhando com a espada e o poder do Espírito (Ef 6.17). 
Seu combate é espiritual, contra Satanás e o pecado (ver o estudo O REINO DE DEUS). 
O Espírito que está na igreja e a enche, é qual guerreiro manejando a Palavra viva de Deus, libertando as pessoas do domínio de Satanás, e anulando todos os poderes das trevas (At 26.18; Hb 4.12; Ap 1.16; 2.16; 19.15,21).
9. A igreja é coluna e o fundamento da verdade (1 Tm 3.15), funcionando, assim, como o alicerce que sustenta uma construção. A igreja deve sustentar a verdade e conservá-la íntegra, defendendo-a contra os deturpadores e os falsos mestres (ver Fp 1.17 nota; Jd 3 nota).
10. A igreja é um povo possuidor de uma esperança futura. Esta esperança tem por centro a volta de Cristo para buscar o seu povo (ver Jo 14.3 nota; 1 Tm 6.14; 2 Tm 4.8; Tt 2.13; Hb 9.28).

11. A igreja é tanto invisível como visível.
  • A igreja invisível é o conjunto dos crentes verdadeiros, unidos por uma fé viva em Cristo.
  • A igreja visível consiste de congregações locais, compostas de crentes vencedores e fiéis (Ap 2.11,17,26; ver 2.7 nota), bem como de crentes professos, porém falsos (Ap 2.2); "caídos" (Ap 2.5); espiritualmente "mortos" (Ap 3.1); e "mornos" (Ap 3.16; ver Mt 13.24 nota; At 12.5, nota sobre as características essenciais de uma igreja do NT).

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

AS OBRAS DA CARNE E O FRUTO DO ESPÍRITO


Nenhum trecho da Bíblia apresenta um mais nítido contraste entre o modo de vida do crente cheio do Espírito e aquele controlado pela natureza humana pecaminosa do que 5.16-26.
Paulo não somente examina a diferença geral do modo de vida desses dois tipos de crentes, ao enfatizar que o Espírito e a carne estão em conflito entre si, mas também inclui uma lista específica tanto das obras da carne, como do fruto do Espírito.

OBRAS DA CARNE

"Carne" (gr. sarax) é a natureza pecaminosa com seus desejos corruptos, a qual continua no cristão após a sua conversão, sendo seu inimigo mortal (Rm 8.6-8,13; Gl 5.17,21).
Aqueles que praticam as obras da carne não poderão herdar o reino de Deus (5.21).
Por isso, essa natureza carnal pecaminosa precisa se revestida e mortificada numa guerra espiritual contínua, que o crente trava através do poder do Espírito Santo (Rm 8.4-14; ver Gl 5.17 nota). As obras da carne (5.19-21) inclui:

1. "Prostituição" (gr. pornéia), i.e., imoralidade sexual de todas as formas. Isto inclui, também, gostar de quadros, filmes ou publicações pornográficos (cf. Mt 5.32; 19.19; At 15.20,29; 21.25; 1 Co 5.1). Os termos moichéias e pornéia são traduzidos por um só em português: prostituição.
2. "Impureza" (gr. akatharsia), i.e., pecado sexuais, atos pecaminosos e vícios, inclusive maus pensamentos e desejos do coração (Ef 5.3; Cl 3.5).
3. "Lascívia" (gr. aselgeia), i.e., sensualidade. É a pessoa seguir suas próprias paixões e maus desejos a ponto de perder a vergonha e a decência (2 Co 12.21).
4. "Idolatria" (gr. eidololatria), i.e., a adoração de espíritos, pessoas ou ídolos, e também a confiança numa pessoa, instituição ou objeto como se tivesse autoridade igual ou maior que Deus e sua Palavra (Cl 3.5).
5. "Feitiçarias" (gr. pharmakeia), i.e., espiritismo, magia negra, adoração de demônios e o uso de drogas e outros materiais, na prática da feitiçaria (Êx 7.11-22; 8.18; Ap 9.21; 18.23).
6. "Inimizades" (gr. echthra), i.e., intenções e ações fortemente hostis; antipatia e inimizade extremas.
7. "Porfias" (gr. eris), i.e., brigas, oposição, luta por superioridade (Rm 1.29; 1 Co 1.11; 3.3).
8. "Emulações" (gr. zelos), i.e., ressentimento, inveja amarga do sucesso dos outros (Rm 13.13; 1 Co 3.3).
9. "Iras" (gr. thumos), i.e., ira ou fúria explosiva que irrompe através de palavras e ações violentas (Cl 3.8).
10. "Pelejas" (gr. eritheia), i.e., ambição egoísta e a cobiça do poder (2 Co 12.20; Fp 1.16,17).
11. "Dissensões" (gr. dichostasia), i.e., introduz ensinos cismáticos na congregação sem qualquer respaldo na Palavra de Deus (Rm 16.17).
12.  "Heresias" (gr. hairesis), i.e., grupos divididos dentro da congregação, formando conluios egoístas que destroem a unidade da igreja (1 Co 11.19).
13. "Invejas" (gr. fthonos), i.e., antipatia ressentida contra outra pessoa que possui algo que não temos e queremos.
14. "Homicídios" (gr. phonos), i.e., matar o próximo por perversidade. A tradução do termo phonos na Bíblia de Almeida está embutida na tradução de methe, a seguir, por tratar-se de prática conexas.
15. "Bebedices" (gr. methe), i.e., descontrole das faculdades físicas e mentais por meio de bebida embriagante.
16. "Glutonarias" (gr. komos), i.e., diversões, festas com comida e bebida de modo extravagante e desenfreado, envolvendo drogas, sexo e coisas semelhantes.
As palavras finais de Paulo sobre as obras da carne são severas e enérgicas: quem se diz crente em Jesus e participa dessas atividades iníquas exclui-se do reino de Deus, i.e., não terá salvação (5.21; ver 1 Co 6.9 nota).

O FRUTO DO ESPÍRITO

Em contraste com as obras da carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama "o fruto do Espírito".
Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em comunhão com Deus (ver Rm 8.5-14 nota; 8.14 nota; cf. 2 Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12-15; 2 Pe 1.4-9).
O fruto do Espírito inclui:

1. "Caridade" (gr. agape), i.e., o interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (Rm 5.5; 1 Co 13; Ef 5.2; Cl 3.14).
2. "Gozo" (gr. chara), i.e., a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas promessas e na presença de Deus, bênção estas que pertencem àqueles que creem em Cristo (Sl 119.16; 2 Co 6.10; 12.9 1 Pe 1.8; ver Fp 1.14 nota).
3. "Paz" (gr. eirene), i.e., a quietude de coração e mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai celestial (Rm 15.33; Fp 4.7; 1 Ts 5.23; Hb 13.20).
4. "Longanimidade" (gr. makrothmia), i.e., perseverança, paciência, ser tardio para irar-se ou para o desespero (Ef 4.2; 2 Tm 3.10; Hb 12.1).
5. "Benignidade" (gr. chrestotes), i.e.,não querer magoar ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32; Cl 3.12; 1 Pe 2.3).
6. "Bondade" (gr. agathosume), i.e., zelo pela verdade e pela retidão, e repulsa ao mal; pode ser expressa em atos de bondade (Lc 7.37-50) ou na repreensão e na correção do mal 9Mt 21.12,13).
7. "Fé" (gr. pistis), i.e., lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa, compromisso, fidelidade e honestidade (Mt 23.23; Rm 3.3; 1 Tm 6.12; 2 Tm 2.2; 4.7; Tt 2.10).
8. "Mansidão" (gr. prautes), i.e., moderação associada à força e à coragem; descreve alguém que pode irar-se com equidade quando for necessário, e também humildemente submeter-se quando for preciso (2 Tm 2.25; 1 Pe 3.15; para a mansidão de Jesus, cf. Nm 12.3 com Êx 32.19,20).
9. "Temperança" (gr. egkateia), i.e., o controle ou domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos votos conjugais; também a pureza (1 Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
O ensino final de Paulo sobre o fruto de Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui indicado.
O crente pode -  e realmente deve - praticar essas virtudes continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os princípios aqui descritos.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

A ESPERANÇA DO CRENTE SEGUNDO A BÍBLIA


OS OLHOS DO SENHOR ESTÃO SOBRE OS QUE O TEMEM.

Embora os "olhos do SENHOR" estejam sobre todas as pessoas (vv. 13,14), eles repousam de modo especial sobre "os que o temem" (ver 34.15). Os "olhos" de Deus referem-se ao seu amor solícito e seu cuidado providente em nossa vida. 
"Livrar as sua almas da morte, e... fome" significa que enquanto temermos ao Senhor, confiarmos e esperarmos nEle, fizermos a sua vontade, Ele cuidará de nós e nos protegerá da morte, a menos que seu plano seja outro. Segue-se o estudo:

ESPERANÇA BÍBLICA DO CRENTE

A esperança, pela sua própria natureza, diz respeito ao futuro (cf. Rm 8.24,25). Porém, ele abrange muito mais do que uma simples vontade ou anseio por algo futuro.
Esta esperança consiste numa certeza na alma, i.e., uma firme confiança sobre as coisas futuras, porque tais coisas decorrem da revelação e das promessas de Deus.
Noutras palavras, a esperança bíblica do crente está intimamente vinculada a uma fé firme (Rm 15.13; Hb 11.1) e a uma sólida confiança em Deus (Sl 33.21,22).
O salmista expressa claramente este fato mediante um paralelo entre "confiança": "Não confieis em príncipes nem em filhos de homens, em quem não há salvação.
Bem-aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio e cuja esperança está posta no SENHOR, seu Deus" (Sl 146.3,5; cf. Jr 17.7).
Por conseguinte, a esperança firme do crente é uma esperança que "não traz confusão" (Rm 5.5; cf. Sl 22.4,5; Is 49.23); a esperança, portanto, é uma âncora para o crente através da vida (Hb ..19,20).

A BASE DA ESPERANÇA DO CRENTE

O alicerce da esperança segura do crente procede da natureza de Deus, de Jesus Cristo e da Palavra de Deus.

1. As Escrituras revelam como Deus sempre foi fiel, no passado, ao seu povo. O Salmo 22, por exemplo, revela a luta de Davi numa situação pessoal crítica, que ameaça a sua vida. 
Todavia, ao meditar nos feitos de Deus no passado ele confia que Deus o livrará: "Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livrastes" (22.4). 
O poder maravilhoso que o Deus Criador já manifestou em favor do seu povo está explicado no Êxodo, na conquista de Canaã, nos milagres de Jesus e dos apóstolos, e em casos semelhantes, os quais edificam a nossa confiança no Senhor como nosso Ajudador (cf. 105; 124.8; Hb 13.6; ver Êx 6.7 nota). 
Por outro lado, Aqueles que não conhecem a Deus não têm em que se firmar para terem esperança (Ef 2.12; 1 Ts 4.13).

2. A plenitude da revelação do novo concerto em Jesus Cristo acresce mais uma razão para a esperança inabalável em Deus. Para o crente, o Filho de Deus veio para destruir as obras do diabo (1 Jo 3.8), que é o "deus deste século" (2 Co 4.4; Hb 2.14; ver 1 Jo 5.19 nota;).
Jesus, ao expulsar demônios durante o seu ministério terreno demonstrou seu poder sobre Satanás. Além disso pela sua morte e ressurreição, Ele esmagou o poder de Satanás (cf. Jo 12.31) e demonstrou o poder do reino de Deus.
Não é de se estranhar, portanto, o que Pedro exclama a respeito da nossa esperança: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos" (1 Pe 1.3).
Jesus é, pois, chamado nossa esperança (Cl 1.27; 1 Tm 1.1); devemos depositar nEle a nossa, mediante o poder do Espírito Santo (Rm 15.12,13; cf. 1 Pe 1.13; ver Êx 17.11 nota).

3. A Palavra de Deus é a terceira base da esperança. Deus revelou sua Palavra através dos profetas e apóstolos no passado; Ele os inspirou pelo Espírito Santo para escreverem isentos de erros (2 Tm 3.16; 2 Pe 1.19-21).
Pelo fato de que sua eterna Palavra permanece firme nos céus (Sl 119.89), podemos depositar nossa esperança nessa Palavra (Sl 119.49,74,81,114,147; 130.5; cf. At 26.6; Rm 15.4).
De fato, tudo quanto sabemos a respeito de Deus e de Jesus Cristo vem da revelação infalível das Sagradas Escrituras.

A SUMA ESPERANÇA DO CRENTE

A suprema esperança e confiança do crente não deve estar em seres humanos (Sl 33.16,17; 147.10,11), nem em bens materiais, nem em dinheiro (Sl 20.7; Mt 6.19-21; Lc 12.13-21; 1 Tm 6.17; ver Nm 18.20 nota). Antes deve estar em Deus, no se Filho Jesus e na sua Palavra. E em que consiste esta esperança?

1. Temos esperança na graça de Deus e no livramento que Ele nos oferece, nas tribulações desta vida presente (Sl 133.18,19; 42.1-5; 71.1-5;,13,14; Jr 17.17,18).

2. Temos esperança de que chegará o dia em que nossas tribulações cessarão aqui na terra, quando esta não estará mais sujeita à corrupção, e terá lugar a redenção (ressurreição) do nosso corpo (Rm 8.18-25; cf. Sl 16.9,10; 2 Pe 3.12; ver At 24.15 nota).

3. Temos esperança da consumação da nossa salvação (1 Ts 5.8).

4. Temos a esperança de uma casa eterna nos novos céus (2 Co 5.1-5; 2 Pe 3.13; ver Jo 14.2 nota, naquela cidade cujo arquiteto e edificador é Deus (Hb 11.10).

5. Temos a bendita esperança da vinda gloriosa do nosso grande Deus e Salvador Jesus Cristo (Tt 2.13), quando, então, os crentes serão arrebatados da terra, para o encontro com Ele nos ares (1 Ts 4.13-18), e, quando, então, nós o veremos como Ele é e nos tornaremos semelhantes a Ele (Fp 3.20,21; 1 Jo 3.2,3).

6. Temos a esperança de receber a coroa da justiça (2 Tm 4.8), de glória (1 Pe 5.4) e da vida (Ap 2.10). Finalmente, temos a esperança da vida eterna (Tt 1.2; 3.7); da vida garantida a todos que confiam no Senhor Jesus Cristo e o obedecem (Jo 3.16,36; 6.47; 1 Jo 5.11-13).

Com promessas tão grandes reservadas àqueles que esperam em Deus e no seu Filho Jesus, Pedro nos conclama: 
"estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" 91 Pe 3.15).