EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 23 de outubro de 2015

SINAIS DOS CRENTES


As Escrituras ensinam claramente que Cristo quer que seus seguidores operem milagres ao anunciarem o evangelho do reino de Deus (ver Mt 10.1; Mc 3.14,15; Lc 9.2 nota; 10.17; Jo 14.12 nota).

1. Estes sinais (gr. semeion), realizados pelos discípulos verdadeiros, confirmam que a mensagem do evangelho é genuína, que o reino de Deus chegou à terra com poder (ver o estudo O REINO DE DEUS), e que o Senhor Jesus vivo e ressurreto está presente entre os seus, operando através deles (ver Jo 10.25; At 10.38).

2. Cada um destes sinais (exceto a ingestão de veneno) ocorreu na igreja primitiva:
  • Falar novas línguas (ver At 2.4; 10.46; 19.6; 1 Co 12.30; 14).
  • Expulsar demônios (At 5.15,16; 16.18; 19.11,12).
  • Escapar da morte por picada de serpente (At 28.3,5).
  • Curar os enfermos (At 3.1-7; 8.7; 9.33,34; 14.8-10; 28.7,8).
3. Essas manifestações espirituais devem continuar na igreja até a volta de Jesus. Conforme vemos nas Escrituras, esses sinais não foram limitado ao período que se seguiu à ascensão de Jesus (ver 1 Co 1.7 nota; Gl 3.5).

4. Os discípulos de Cristo não somente deviam pregar o evangelho do reino e levar a salvação àqueles que creem (Mt 28.19,20; Mc 16.15,16; Lc 24.47), mas também concretizar o reino de Deus, como fez Jesus (At 10.38) ao expulsar demônios e curar doenças e enfermidade (ver o estudo O REINO DE DEUS).

5. Jesus deixa claro, me Mc 16.15-20, que esses sinais não são dons especiais para apenas alguns crentes, mas que seriam concedidos a todos os crentes que, em obediência a Cristo, dão testemunho do evangelho e reivindicam as suas promessas.

6. A ausência desses "sinais" na igreja, hoje, não significa que Cristo falhou no cumprimento de suas promessas. A falta, conforme Jesus declara, esta na vida dos seus seguidores (ver Mt 17.17 nota).

7. Cristo prometeu que sua autoridade, poder e presença nos acompanharão à medida que lutamos contra o reino de Satanás (Mt 28.18-20; Lc 24.47-49). Devemos libertar o povo do cativeiro do pecado pela pregação do evangelho, mediante uma vida de retidão (Mt 6.33; Rm 6.13; 14.17) e pela operação de sinais e milagres através do poder do Espírito Santo (ver Mt 10.1 nota; Mc 16.16-20; At 4.31-33; ver o estudo PODER SOBRE SATANÁS E OS DEMÔNIOS).

O ARREBATAMENTO DA IGREJA


O termo "arrebatamento" deriva da palavra raptus em latim, que significa "arrebatado rapidamente e com força". 
O termo latino raptus equivale a harpazo em grego, traduzido por "arrebatado" em 1 Ts 4.17. Esse evento, descrito aqui e em 1 Co 15, refere-se à ocasião em que a igreja do Senhor será arrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares. O arrebatamento abrange apenas os salvos em Cristo.

1. Instantes antes do arrebatamento, ao descer Cristo do céu para buscar a sua igreja, ocorrerá a ressurreição dos "que morreram em Cristo" (1 Ts 4.16). Não se trata da mesma ressurreição referida em Ap 20.4, a qual somente ocorrerá depois de Cristo voltar à terra, julgar os ímpios e prender Satanás (Ap 19.11 - 20.3). 
A ressurreição de Ap 20.4 tem a ver com os mártires da tribulação e possivelmente com os santos do AT (ver Ap 20.6 nota).

2. Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade 15.51,53. Isso acontecerá num instante, "num abrir e fechar de olhos" 15.52.

3. Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão "arrebatados juntamente" (1 Ts 4.17) para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.

4. Estarão literalmente unidos com Cristo 1 Ts 4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (ver Jo 14.2,3 notas), e reunidos aos queridos que tinham morrido (1 Ts 4.13-18)

5. Estarão livres de todas as aflições (2 Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (ver Ap 3.10 nota), de todo domínio do pecado e da morte (15.51-56); o arrebatamento os livra da "ira futura" (ver 1 Ts 1.10 nota; 5.9), ou seja: da grande tribulação.

6. A esperança de que nosso Salvador logo voltará para nos tirar do mundo, a fim de estarmos "sempre com o Senhor" ( 1 Ts 4.17), é a bem-aventurada esperança de todos os redimidos (Tt 2.13).
É fonte principal de consolo para os crentes que sofrem (1 Ts 4.17,18; 5.10).

7. Paulo emprega o pronome "nós" em 1 Ts 4.17 por saber que a volta do Senhor poderia acontecer naquele período, e comunica aos tessalonicenses essa mesma esperança.
A Bíblia insiste que anelemos e esperemos contínua e confiadamente a volta do nosso Senhor (cf. Rm 13.11; 1 Co 15.51,52; Ap 22.12,20).

8. Quem está na igreja mas não abandona o pecado e o mal, sendo assim infiel a Cristo, será deixado aqui, no arrebatamento (ver Mt 25.1 nota; Lc 12.45 nota). Os tais ficarão neste mundo e farão parte da igreja apóstata (ver Ap 17.1 nota), sujeitos à ira de Deus.

9. Depois do arrebatamento, virá o Dia do Senhor, um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (1 Ts 5.2-10; ver 5.2 nota). Seguir-se-á a segunda fase da vinda de Cristo, quando, então, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a terra (ver Mt 24.42,44 notas).

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A PROVIDÊNCIA DIVINA


DEUS ME ENVIOU
José revela que muitas vezes Deus sobrepõe sobrenaturalmente a sua providência e controla as más ações dos seres humanos a fim de executar a sua vontade (50.20 segui-se o estudo).

A PROVIDÊNCIA DIVINA
Depois de o Senhor criar os céus e a terra (1.1), Ele não deixou o mundo à sua própria sorte. Pela contrário, Ele continua interessado na vida dos seus, cuidando da sua criação.
Deus não é como um hábil relojoeiro que formou o mundo, deu-lhe corda e deixa acabar essa corda lentamente até o fim; pelo contrário, Ele é o Pai amoroso que cuida daquilo que criou. O constante cuidado de Deus por sua criação e por seu povo é chamado, na linguagem doutrinal, a providência divina.

ASPECTOS DA PROVIDÊNCIA DIVINA
Há, pelo menos, três aspectos da providência divina.

1. Preservação. Deus, pelo seu poder, preserva o mundo que Ele criou. A confissão de Davi fica clara: "A tua justiça é como as grandes montanhas; os teus juízos são um grande abismo; SENHOR, tu conservas os homens e os animais" (Sl 36.6).
O poder preservador de Deus manifesta-se através do seu filho Jesus Cristo, conforme Paulo declara em Cl 1.17:
Cristo "é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por Ele". Pelo poder de Cristo, até mesmo as minúsculas de vida mantêm-se coesas.
2. Provisão. Deus não somente preserva o mundo que Ele criou, como também provê as necessidades das suas criaturas.
Quando Deus criou o mundo, criou também as estações (1.14) e proveu alimento aos seres humanos e aos animais (1.29,30).
Depois de o Dilúvio destruir a terra, Deus renovou a promessa da provisão, com estas palavras: 
"Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite não cessarão" (8.22). Vários dos salmos dão testemunho da bondade de Deus em suprir do necessário a todas as criaturas (e.g., Sl 104; 145).
O mesmo Deus revelou a Jó seu poder de criar e de sustentar (Jó 38 -- 41), e Jesus asseverou em termos bem claros que Deus cuida das aves do céu e dos lírios do campo (Mt 6.22-30; 10.29).
Seu cuidado abrange, não somente as necessidades físicas da humanidade, como também as espirituais (Jo 3.16,17).
A Bíblia revela que Deus manifesta um amor e cuidado especiais pelo seu próprio povo, tendo cada um dos seus em alta estima (e.g., Sl 91; ver Mt 10.31 nota). 
Paulo escreve de modo inequívoco aos crentes de Filipos: "O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus" (ver Fp 4.19 nota). De conformidade com o apóstolo João, Deus quer que o seu povo tenha saúde, e que tudo lhe vá bem (ver 3 Jo 2 nota).
3. Governo. Deus, além de preservar sua criação e prover-lhe o necessário, também governa o mundo. Deus como Soberano que é, dirige, os eventos da história que acontecem segundo a sua vontade permissiva e seu cuidado. Em certas ocasiões, Ele intervém diretamente segundo o seu propósito redentor.
Mesmo assim, até Deus consumar a história, Ele tem limitado seu poder e governo supremo neste mundo.
As Escrituras declaram que Satanás é "o deus deste século" [mundo] (2 Co 4.4) e exerce acentuado controle sobre a presente era maligna (ver 1 Jo 5.19 nota; Lc 13.16; Gl 1.4; Ef 6.12; Hb 2.14). Noutras palavras, o mundo, hoje, não está submisso ao poder regente de Deus, mas, em rebelião contra Ele e escravizado por Satanás. Note, porém, que essa auto-limitação da parte de Deus é apenas temporária; na ocasião que Ele já determinou na sua sabedoria, Ele aniquilará Satanás e todas as hostes do mal (Ap 19 -- 20).

A PROVIDÊNCIA DIVINA E O SOFRIMENTO HUMANO
A revelação bíblica demonstra que a providência de Deus não é uma doutrina abstrata, mas que diz respeito à vida diária num mundo mau decaído.

1. Toda pessoa experimenta o sofrimento em certas ocasiões da vida e daí surge a inevitável pergunta "Por quê?" (cf. Jó 7.17-21; Sl 10.1; 74.11,12; Jr 14.8,9,19). Essas experiências alvitram o problema do mal e do seu lugar nos assuntos de Deus.

2. Deus permite que os seres humanos experimentem as consequências do pecado que penetrou no mundo através da queda de Adão e Eva. José, por exemplo, sofreu muito por causa da inveja e da crueldade dos seus irmãos. 
Foi vendido como escravo pelos seus irmãos e continuou como escravo de Potifar, no Egito (37; 39). Vivia no Egito uma vida temente a Deus, quando foi injustamente acusado de imoralidade, lançado no cárcere (39) e mantido ali por mais de dois anos (40.1 - 41.14).
Deus pode permitir o sofrimento em decorrência das más ações do próximo, embora Ele possa soberanamente controlar tais ações, de tal maneira que seja cumprida a sua vontade.
Segundo o testemunho de José, Deus estava agindo através dos delitos dos seus irmãos, para a preservação da vida (45.5; 50.20).

3. Não somente sofremos as consequências dos pecados dos outros, como também sofremos as consequências dos nossos próprios atos pecaminosos. Por exemplo: 
O pecado da imoralidade e do adultério, frequentemente resulta no fracasso do casamento e da família do culpado. 
O pecado da ira desenfreada contra outra pessoa pode levar à agressão física, com ferimentos graves ou até mesmo o homicídio de uma das partes envolvidas, ou de ambas.
O pecado da cobiça pode levar ao fruto ou desfalque e daí à prisão e cumprimento de pena.

4. O sofrimento também ocorre no mundo porque Satanás, o deus deste mundo, tem permissão para executar a sua obra de segar as mentes dos incrédulos e de controlar as sua vidas (2 Co 4.4; Ef 2.1-3). O NT está repleto de exemplos de pessoas que passaram por sofrimento por causa dos demônios que as atormentavam com aflições mental (e.g., Mc 5.1-14) ou com enfermidades físicas (Mt 9.32,33; 12.22; Mc 9.14-22; Lc 13.11,16).

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Dizer que Deus permite o sofrimento não significa que Deus origina o mal que ocorre neste mundo, nem que Ele pessoalmente determina todos os infortúnios da vida.
Deus nunca é o instigador do mal ou da impiedade (Tg 1.13). Todavia, Ele, às vezes, o permite, o dirige e impera soberanamente sobre o mal a fim de cumprir a sua vontade, levar a feito seu propósito redentor e fazer com que todas as coisas contribuam para o bem daqueles que lhe são fiéis (ver Mt 2.13 nota; Rm 8.28 nota).

O RELACIONAMENTO DO CRENTE COM A PROVIDÊNCIA DIVINA
O crente para usufruir os cuidados providenciais de Deus em sua vida, tem responsabilidades a cumprir, conforme a Bíblia revela.

1. Ele deve obedecer a Deus e a sua vontade revelada. No caso de José, por exemplo, fica claro que por ele honrar a Deus, mediante sua vida de obediência, Deus o honrou ao estar com ele (39.2,3,21,23). Semelhantemente, para o próprio Jesus desfrutar do cuidado divino protetor ante as intenções assassinas do rei Herodes, seus pais terreno tiveram de obedecer a Deus e fugir para o Egito (ver Mt 2.13 nota). Aqueles que temem a Deus e o reconhece em todos os seus caminhos têm a promessa de que Deus endireitará as sua veredas (Pv 3.5-7).

2. Na sua providência, Deus dirige os assuntos da igreja e de cada um de nós como seus servos. O crente deve estar em constante harmonia com a vontade de Deus para a sua vida, servindo-o e ajudando outras pessoas em nome dEle (At 18.9,10; 23.11; 26.15-18; 27.22-24).

3. Devemos amar a Deus e submeter-nos a Ele pela fé em Cristo, se quisermos que Ele opere para o nosso bem em todas as coisas (ver Rm 8.28).
Para termos sobre nós o cuidado de Deus quando em aflição, devemos clamar a Ele em oração e fé perseverante.
Pela oração e confiança em Deus, experimentamos a sua paz (Fp 4.6,7), recebemos a sua força (Ef 3.16; Fp 4.13), a misericórdia, a graça e ajuda em tempos de necessidade (Hb 4.16; ver Fp 4.6 nota).
Tal oração de fé, pode se em nosso próprio favor ou em favor do próximo (Rm 15.30-32; ver Cl 4.3 nota).
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