EVANGELHO DE JESUS CRISTO

domingo, 18 de outubro de 2015

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO


Uma das doutrinas principais das Escrituras é o batismo no Espírito Santo (ver 1.4 nota sobre "batismo no", ao invés de "batismo com", o Espírito Santo). A respeito do batismo no espírito Santo, a Palavra de Deus ensina o seguinte:

  1. O batismo no Espírito Santo é para todos que professam sua fé em Cristo; que nasceram de novo, e, assim, receberam o Espírito Santo para neles habitar (Aguarde o estudo A REGENERAÇÃO DOS DISCÍPULOS).
  2. Um dos alvos principais de Cristo na sua missão terrena foi batizar seu povo no Espírito (Mt 3.11; Mc 1.8; Lc 3.16; Jo 1.33). Ele ordenou aos discípulos não começarem a testemunhar até que fossem batizados no Espírito Santo e revestidos do poder do alto (Lc 24.49; At 1.4,5,8).
  3. O batismo no Espírito Santo é uma obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. Assim como a obra santificadora do Espírito é distinta e completiva em relação à obra regeneradora e santificadora do Espírito. No mesmo dia em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou sobre os seus discípulos e disse: "Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22), indicando que a regeneração e a nova vida estavam-lhes sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser "revestidos de poder" pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). Portanto, este batismo é uma experiência subsequente à regeneração (ver 11.17 nota; 19.6 nota).
  4. Ser batizado no Espírito significa experimentar a plenitude do Espírito, (cf. 1.5; 2.4). Este batismo teria lugar somente a partir do dia de Pentecostes. Quanto aos que foram cheios do Espírito Santo antes do dia de Pentecostes (e.g. Lc 1.15,67), Lucas não emprega a expressão "batizados no Espírito Santo". Este evento só ocorrerá depois da ascensão de Cristo (1.2-5; Lc 24.49-51; Jo 16.7-14).
  5. O livro de Atos descreve o falar noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo (2.4; 10.45,46); 19.6).
  6. O batismo no Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação (cf. 1.8; 2.14-41; 4.31; 6.8; Rm 15.18,19; 1 Co 2.4). Esse poder não se trata de uma força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença, a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16-18; 16.14; 1 Co 12.7).
OUTROS RESULTADOS GENUÍNO DO BATISMO NO ESPÍRITO SANTO SÃO:
  • Mensagem proféticas e louvores (2.4,17; 10.46; 1 Co 14.2,15).
  • Maior sensibilidade contra o pecado que entristece o Espírito Santo, uma maior busca da retidão e uma percepção mais profunda do juízo divino contra a impiedade (ver Jo 16.8 nota; At 1.8 nota).
  • Uma vida que glorifica a Jesus Cristo (Jo 16.13,14; At 4.33).
  • Visões da parte do Espírito Santo (2.17).
  • Manifestação dos vários dons do Espírito Santo (1 Co 12.4-10).
  • Maior desejo de orar e interceder (2.41,42; 3.1; 4.23-31; 6.4; 10.9; Rm 8.26).
  • Maior amor à Palavra de Deus e melhor compreensão dela (Jo 16.13; At 2.42).
  • Uma convicção cada vez maior de Deus como nosso Pai (At 1.4; Rm 8.15; Gl 4.16).
CONDIÇÕES PRÉVIAS PARA O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
A palavra de Deus cita várias condições prévias para o batismo no Espírito Santo:
  • Devemos aceitar pela fé a Jesus Cristo como Senhor e Salvador e apartar-nos do pecado e do mundo (2.38-40; 8.12-17). Isto importa em submeter a Deus a nossa vontade ("àqueles que lhe obedecem", 5.32). Devemos abandonar tudo o que ofende a Deus, para então podermos se "vaso para honra, santificado e idôneo para o uso do Senhor" (2 Tm 2.21).
  • É preciso querer o batismo. O crente deve ter grande fome e sede pelo batismo no Espírito Santo (Jo 7.37-39; cf. Is 44.3; Mt 5.6; 6.33).
  • Muitos recebem o batismo como resposta à oração neste sentido (Lc 11.13; At 1.14; 2.1-4; 4.31;8.15-17).
  • Devemos esperar convicto que Deus nos batizará no Espírito Santo (Mc 11.24; At 1.4,5).
O batismo no Espírito Santo permanece na vida do crente mediante a oração 94.31), o testemunho (4.31,33), a adoração no Espírito (Ef 5.18,19) e uma vida santificada (ver Ef 5.18 notas).
Por mais poderosa que seja a experiência inicial do batismo no Espírito Santo sobre o crente, e se ela não for expressa numa vida de oração, de testemunho e de santidade, logo se tornará numa glória desvanecente.

O batismo no Espírito Santo ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de Deus, para, assim, testemunhar com poder e retidão.
A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do Espírito Santo (ver 4.31 nota; cf. 2.4; 4.8,31; 13.9; Ef 5.18). O batismo no Espírito Santo, portanto, conduz o crente a um relacionamento com o Espírito que deve ser renovado (4.31) e conservado (Ef 5.18).

sábado, 17 de outubro de 2015

OS PASTORES E SEUS DEVERES


Nenhuma igreja poderá funcionar sem dirigentes para dela cuidar. Logo, conforme 14.23, a congregação local, cheia do Espírito, buscando a direção de Deus em oração e jejum, elegiam certos irmãos para o cargo de presbítero ou bispo de acordo com as qualificações espirituais estabelecidas pelo Espírito Santo em 1 Tm 3.1-7; Tt 1.5-9.
Na realidade é o Espírito que constitui o dirigente de igreja. O discurso de Paulo diante dos presbíteros de Éfeso (20.17-35) é um trecho básico quanto a princípios bíblicos sobre o exercício do ministério de pastor de uma igreja local.

PROPAGANDO A FÉ

  1. Um dos deveres principais do dirigente é alimentar as ovelhas mediante o ensino da Palavra de Deus. Ele deve ter sempre em mente que o rebanho que lhe foi entregue é a congregação de Deus, que Ele comprou para si com o sangue precioso do seu Filho amado (cf. 20.28; 1 Co 6.20; 1 Pe 1.18,19; Ap 5.9).
  2. Em 20.19-27, Paulo descreve de que maneira serviu como pastor da igreja de Éfeso; tornou patente toda a vontade de Deus, advertindo e ensinando fielmente os cristãos efésios (20.27). Daí, ele poder exclamar: "estou limpo do sangue de todos" (20.26; ver nota). Os pastores de nossos dias também devem instruir sua igrejas em todo o desígnio de Deus. Que "pregues a palavra, inste a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, dizendo apenas aquilo que estes desejam ouvir (2 Tm 4.3).
GUARDANDO A FÉ

Além de alimentar o rebanho de Deus, o verdadeiro pastor deve diligentemente resguardá-lo de seus inimigos. Paulo sabe que no futuro Satanás levantará falsos mestres dentro da própria igreja, e, também falsários vindos de fora, infiltrar-se-ão e atingirão o rebanho com doutrinas antibíblicas, conceitos mundanos e idéias pagãs e humanistas.
Os ensinos e a influência destes dois tipos de elementos arruinarão a fé bíblica do povo de Deus. Paulo os chama de "lobos cruéis", indicando que são fortes, difíceis de subjugar, insaciáveis e perigosos (ver 20.29 nota; cf. Mt 10.16).
Tais indivíduos desviarão as pessoas dos ensinos de Cristo e os atrairão a si mesmos e ao seu evangelho distorcido. O apelo veemente de Paulo (20.28-31) impõe uma solene distorcem a revelação sobre todos os obreiros da igreja, no sentido de defendê-la e opôr-se aos que distorcem a revelação original e fundamental de fé, segundo o NT.
  1. A igreja verdadeira consiste somente daqueles que, pela graça de Deus e pela comunhão do Espírito Santo, são fiéis ao Senhor Jesus Cristo e à Palavra de Deus. Por isso, é de grande importância na prevenção da pureza da igreja de Deus que os seus pastores mantenham a disciplina corretiva com amor (Ef 4.15), e reprovem com firmeza (2 Tm 4.1-4); Tt 1.9-11) quem na igreja fale coisas perversas contrárias à Palavra de Deus e ao testemunho apostólico (20.30).
  2.  Líderes eclesiásticos, pastores de igrejas locais e dirigentes administrativos da obra devem lembrar-se de que o Senhor Jesus os têm como responsáveis pelo sangue de todos os que estão sob seus cuidados (20.26,27; cf. Ez 3.20,21). Se o dirigente deixar de ensinar e pôr em prática todo o conselho de Deus para a igreja (20.27), principalmente quanto á vigilância sobre o rebanho (20.28), não estará "limpo do sangue de todos" (20.26, ver nota; cf. Ez 34.1-10). Deus o terá por os falsificadores da Palavra (ver também 2 Tm 1.14 nota; Ap 2.2 nota).
  3. É altamente importante que os responsáveis pela direção da igreja mantenham a ordem quanto a assuntos teológicos doutrinários e morais na mesma. A pureza da doutrina bíblica e de vida cristã deve ser zelosamente mantida nas faculdades evangélicas, institutos bíblicos, seminários, editoras e demais seguimentos administrativos da igreja (2 Tm 1.13,14).
  4. A questão principal aqui é nossa atitudes para com as Escrituras divinamente inspiradas, que Paulo chama a "Palavra da sua graça" (20.32). Falsos mestres, pastores e líderes tentarão enfraquecer a autoridade da Bíblia através de seus ensinos corrompidos e princípios antibíblicos. Ao rejeitarem a autoridade absoluta da Palavra de Deus, negam que a Bíblia é verdadeira e fidedigna em tudo que ela ensina 920.28-31; ver Gl 1.6 nota; 1 Tm 4.1; 2 Tm 3.8). A bem da igreja de Deus, tais pessoas devem ser excluídas da comunhão (2 Jo 9-11; ver Gl 1.9 nota).
  5. A igreja que perde o zelo ardente do Espírito Santo pela sua pureza (20.18-35), que se recusa a tomar posição firme em prol da verdade e que se omite em disciplinar os que minam a autoridade da Palavra de Deus, logo deixará de existir como igreja neotestamentária (ver 12.5 nota).

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

A SEPARAÇÃO ESPIRITUAL DO CRENTE


O conceito de separação do mal é fundamental para o relacionamento entre Deus e o seu povo.
Segundo a Bíblia, a separação abrange duas dimensões, sendo uma negativa e outra positiva:
A separação moral e espiritual do pecado e de tudo quanto é contrário a Jesus Cristo, à justiça e à Palavra de Deus. Acercar-se de Deus em estreita e íntima comunhão, mediante a dedicação, a adoração e o serviço a Ele.

1. No NT, a separação era uma exigência contínua de Deus para o seu povo (Lv 11.44 nota; Dt 7.3 nota, Ed 9.2 nota). O povo de Deus deve ser santo, diferente e separado de todos os outros povos, a fim de pertencer exclusivamente a Deus. 
Uma principal razão por que Deus castigou o seu povo com o desterro na Assíria e Babilônia foi seu obstinado apego à idolatria e ao modo pecaminoso de vida dos povos vizinhos (ver 2 Rs 17.7,8 notas; 24.3 nota; 2 Cr 36.14 nota; Jr 2.5,13 notas; Ez 23.2 nota; Os 7.8 nota).

2. No NT, Deus ordenou a separação entre o crente e
. o sistema mundial corrupto e a transigência ímpia (Jo 17.15,16; 2 Tm 3.1-5; Tg 1.27; 4.4).
. Aqueles que na igreja pecam não se arrependem de seus pecados (Mt 18.15-17; 1 Co 5.9-11; 2 Ts 3.6-15).
. Os mestres, igrejas ou seitas falsas que aceitam erros teológico e negam as verdades bíblicas (ver Mt 7.15; Rm 16.17; Gl 1.9 nota; Tt 3.9-11; 2 Pe 2.17-22; 1 Jo 4.1; 2 Jo 10,11; Jd vv. 12,13).

3. Nossa atitude nessa separação do mal, deve ser de:
. Ódio ao pecado, à impiedade e á conduta de vida corrupta do mundo (Rm 12.9; Hb 1.9; 1 Jo 2.15).
. Oposição à falsa doutrina (Gl 1.9),
. Amor genuíno para com aqueles de quem devemos nos separar (Jo 3.16; 1 Co 5.5; Gl 6.1; cf. Rm 9.1-3; 2 Co 2.1-8; Jd v. 22).
. Temor de Deus ao nos aperfeiçoarmos na santificação (7.1).

4. Nosso propósito na separação do mal, o próprio Deus nos recompensará, acercando-se de nós com sua proteção, sua bênção e seu cuidado paternal. Ele promete ser tudo o que um bom Pai deve ser. Ele será nosso Conselheiro e Guia; Ele nos amará e de nós cuidará como seus próprios filhos (6.16-18).

5. O crente que deixa de separar-se da prática do mal, da impureza, o resultado inevitável será a perda da sua comunhão com Deus (6.16), da sua aceitação pelo Pai (6.17), e de seus direitos de filho (6.18; cf. Rm 8.15,16).