EVANGELHO DE JESUS CRISTO

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ISRAEL NO PLANO DIVINO PARA A SALVAÇÃO (PARTE 1)

INTRODUÇÃO
Com este versículo, Paulo começa uma extensa análise da maneira de Deus lidar com a nação de Israel e da razão da sua descrença atual.
Em Rm 9-11, Paulo trata da eleição de Israel no passado, da sua rejeição do evangelho no presente, e da sua salvação futura. Esses três capítulos foram escritos para responder à pergunta que os crentes judaicos faziam: como as promessas de Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecer válidas, quando a nação de Israel, como um todo, não parece ter parte no evangelho? O presente estudo resume o argumento de Paulo.
SÍNTESE
Há três elementos distintos no exame que Paulo faz de Israel no plano de salvação.
1. O primeiro (9.6-29) é um exame da releição de Israel no passado.
a. Em 9.6-13, Paulo afirma que a promessa de Deus a Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis da nação. Visava somente o verdadeiro Israel, aqueles que eram fiéis à promessa (ver Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há um Israel dentro de Israel, que tem recebido a promessa.
b. Em 9.14-29, Paulo chama a nossa atenção para o fato de que Deus tem o direito de fazer o que Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem o direito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o direito de usar de misericórdia para com os gentios, oferecendo-lhe a salvação, se Ele assim decidir.
2. O segundo elemento (9.30 - 10.21) analisa a rejeição presente do evangelho por Israel. Seu erro da não voltar-se para Cristo, não se deve a um decreto incondicional de Deus, mas á sua própria incredulidade e desobediência (ver 10.3 nota).
3. Finalmente, Paulo explica (11.1-36) que a rejeição de Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fim aceitará a salvação divina em Cristo. O argumento dele contém vários passos.
a. Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, ois Ele permaneceu fiel ao "remanescente" que permanece fiel a Ele, aceitando a Cristo (11.1-6).
b. No presente, Deus endureceu a maior  parte de Israel, porque os israelitas não quiseram aceitar a Cristo (11.7-10; cf. 9.31 - 10.21).
c. Deus transformou a transgressão de Israel (i.e., a crucificação de Cristo) numa oportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo (11.11,12,15).
d. Durante esse tempo presente da incredulidade nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tanto os judeus como os gentios (cf. 10.12,13) depende da fé em Jesus Cristo (11.13-24).
e. A fé em Jesus Cristo, por uma parte do Israel nacional, acontecerá no futuro (11.25-29).
f. O propósito sincero de Deus é ter misericórdia de todos, tanto dos judeus como dos gentios, e incluir no seu reino todas as pessoas que creem em Cristo (11.30-36; cf. 10.12,13; 11.20-24). 

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO (PARTE 2)

E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito Joel 2.29.
O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
O Espírito Santo é a terceira pessoa de Deus Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11 nota). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de Jesus (ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO) e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do Espírito Santo.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia descreve várias atividades do Espírito Santo no Antigo Testamento.
CONTINUAÇÃO
3. A liderança do povo de Deus no AT era fortalecida pelo Espírito do Senhor. Moisés, por exemplo, estava em tão estreita harmonia com o Espírito de Deus que compartilhava dos próprios sentimentos de Deus; sofria quando Ele sofria, e ficava irado contra o pecado quando Ele se irava (ver Êx 33.11 nota; cf. Êx 32.19). Quando Moisés escolheu, em obediência à ordem do Senhor, setenta anciãos para ajudá-lo a liderar os israelitas, Deus tomou do Espírito que estava sobre Moisés, e o colocou sobre eles (Nm 11.16,17; ver 11.12 nota). Semelhantemente, quando Josué foi comissionado para que sucedesse Moisés como líder, Deus indicou que "o Espírito" (i.e., o Espírito Santo) estava nele (Nm 27.18 ver nota). O mesmo Espírito veio sobre Gideão (Jz 6.34), Davi (1 Sm 16.13) e Zorobabel (Zc 4.6). Noutras palavras, no AT a maior qualificação para a liderança era a presença do Espírito de Deus.
4. O Espírito de Deus também vinha sobre indivíduos a fim de equipá-los para serviços especiais. Um exemplo notável, no AT, era José, a quem fora outorgado o Espírito para capacitá-lo a agir de modo eficaz na casa de Faraó (Gn 41.38-40). Note, também, Bezalel e Ooliabe, aos quais Deus concedeu a plenitude do seu Espírito para que fizessem o trabalho artístico necessário à construção do Tabernáculo, e também para ensinarem aos outros (ver Êx 31.1-11; 35.30-35). A plenitude do Espírito Santo, aqui, não é exatamente a mesma coisa que o batismo no Espírito Santo no NT (ver O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO). No AT, o Espírito Santo vinha sobre uns poucos indivíduos selecionados para servirem a Deus de modo especial, e os revestia de poder (ver Êx 31.3 nota). O Espírito do Senhor veio sobre muitos dos juízes, tais como Otniel (Jz 3.9,10). Gideão (Jz 6.34), Jefté (Jz 11.29) e Sansão (Jz 14.5,6; 15.14-16). Estes exemplos revelam o princípio divino que ainda perdura: quando Deus opta por usar grandemente uma pessoa, o seu Espírito vem sobre ela.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO (PARTE 1)

E também sobre os servos e sobre as servas, naqueles dias, derramarei o meu Espírito Joel 2.29.
DERRAMAREI O MEU ESPÍRITO
Joel prediz um dia em que Deus derramará o seu Espírito sobre todo aquele que "invocar o nome do Senhor" (v. 32). Este derramamento resultará num fluir sobrenatural do Espírito Santo entre o povo de Deus. Pedro citou este trecho no dia de Pentecoste, e explicou que o derramamento do Espírito Santo, naquele dia, era o começo do cumprimento da profecia de Joel (At 2.14-21). Esta profecia é uma promessa perpétua para todos quanto aceitem a Cristo como Senhor, pois todos os crentes podem e devem receber a plenitude do Espírito Santo, (cf. At 2.38,39; 10.44-48; 11.15-18; ver o estudo O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO; O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO e A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO
VOSSOS FILHOS E VOSSAS FILHAS PROFETIZARÃO
Joel prevê que um dos principais resultados do derramamento do Espírito Santo será a distribuição dos dons espirituais, entre estes o de profetizar. A manifestação do Espírito, através dos dons, torna conhecida a presença de Deus entre o seu povo. O apóstolo Paulo declarou que se a igreja profetiza, o incrédulo será compelido a declarar "que Deus está verdadeiramente entre vós" (1 Co 14.24,25).
O ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
O Espírito Santo é a terceira pessoa de Deus Eterno, Trino e Uno (ver Mc 1.11 nota). Embora a plenitude do seu poder não tivesse sido revelada antes do ministério de Jesus (ver o estudo JESUS E O ESPÍRITO SANTO) e, posteriormente, no Pentecoste (ver At 2), há trechos do AT que se referem a Ele e à sua obra. Este estudo examina os ensinamentos do AT a respeito do Espírito Santo.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO NO ANTIGO TESTAMENTO
A Bíblia descreve várias atividades do Espírito Santo no Antigo Testamento.
1. O Espírito Santo desempenhou um papel ativo na criação. O segundo versículo da Bíblia diz que "o Espírito de Deus se movia sobre a face das águas" (Gn 1.2), preparando tudo para que a palavra criadora de Deus desse forma ao mundo. Tanto o Verbo de Deus (i.e., a segunda pessoa da Trindade) quanto o Espírito de Deus, foram agentes na criação (ver Jó 26.13; Sl 33.6; ver em breve o estudo A CRIAÇÃO). O Espírito também é o autor da vida. Quando Deus criou Adão, foi indubitavelmente o seu Espírito quem soprou no homem o fôlego da vida (Gn 2.7; cf. Jó 27.3). O Espírito Santo continua a dar vida às criaturas de Deus (Jó 33.4; Sl 104.30).
2. O Espírito estava ativo na comunicação da mensagem de Deus ao seu povo. Era o Espírito, por exemplo, quem instruía os israelitas no deserto (Ne 9.20). Quando os salmistas de Israel compunham seus cânticos, faziam-no mediante o Espírito do Senhor (2 Sm 23.2; cf. At 1.16,20; Hb 3.7-11). Semelhantemente, os profetas eram inspirados pelo Espírito de Deus a declarar sua palavra ao povo (Nm 11.29; 1 Sm 10.5,6,10; 2 Cr 20.14; 24.19,20; Ne 9.30; Is 61.1-3; Mq 3.8; Zc 7.12; cf. 2 Pe 1.20,21). Ezequiel ensina que os falsos profetas "seguem o seu próprio espírito" ao invés de andarem segundo o Espírito de Deus (Ez 13.2,3). Era possível, entretanto, o Espírito de Deus vir sobre alguém que não tinha um relacionamento genuíno com Deus para levá-lo a entregar uma mensagem verdadeira ao povo (ver Nm 24.2 nota).